segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Argus (o disco)

Resenha de Marcio Abbes

"Argus" (da Banda Wishbone-ash) é um disco brilhante! Isso ninguém duvida dentro do mundo do rock.

A banda tem uma discografia extensa. 
Apesar de não conhecê-la toda, dificilmente outro disco da banda é capaz de alcançar o nível de musicalidade apresentado no magnífico "Argus". 

O disco traz 7 faixas poderosas e que colocaram a banda em outro patamar na sua carreira musical. 

O disco começa com o violão e o coro em "This Was", apenas um lindo arranjo para começar a detonar a sonoridade pesada que mescla hard, progressivo e blues-rock, talvez a banda nunca tenha estado tão perto do hard progressivo como no belíssimo disco, além da convicção de que a banda apresentou a bela sonoridade das guitarra gêmeas adotadas por grandes bandas. 

Uma maravilha de audição para quem é amante de rock de extrema qualidade. Entra a segunda música, "Sometime World", que já aponta a linda estrutura da banda em compor para o álbum. A música começa novamente lenta, como uma balada fosse, e se transforma num belo rock com um instrumental grandioso, através do qual o Martin Turner vem arregaçando uma levada no baixo e o Andy Powell faz um dos solos de guitarra mais avassaladores do rock. Extrema conexão de notas em favor da genialidade musical. 

O disco já poderia parar na segunda música. Jogo ganho. 
Porém, é apenas o começo de um grande clássico do rock. "Blowin' Free" entra para selar que só se pode esperar o melhor pela frente. 
Mais um petardo para os meus ouvidos.

A próxima música é um dos mais belos trabalhos realizados no rock. "The King Will Come" é puxada por um rufo de bateria para trazer uma linda melodia conduzida por uma belíssima vocalização e um fantástico solo de guitarra com efeito de wah wah. Mais uma música linda e excepcional. 

Fico esperando se o time vai cometer apenas algum erro, mas acho bem improvável. "Leaf and Stream" traz a música da banda voltada para o folk, num lindo arranjo de cordas.

A música "Warrior" vem com toda a fúria de um soldado para mostrar o Wishbone Ash mais pesado com o pé, ou melhor, a lança fincada quase no Metal. 
A guitarras gêmeas só dão brilho na música. 
Os vocais quase num chamado de guerra me deixa completamente chapado. Isso me faz perceber o porquê da minha paixão pelo rock. 
O discaço chega ao fim com a "Throw Down the Sword", que fecha a estupendo trabalho com uma linda canção bem apropriada para terminar um dos maiores discos da história do rock.

O produtor da peróla é o competente Martin Birch. E o Martin Turner realizou as letras. Não é à toa que a revista Melody Maker considerou o "Argus" como o melhor álbum inglês em 1972. 
A capa é linda! Simplesmente genial e obrigatório! 

aqui o disco na íntegra!



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