Resenha de Marcio Abbes:
1975. Ainda me lembro do primeiro contato que tive com o primeiro disco do Rainbow.
Vi a capa com o castelo e o arco-íris e logo tentei descartar a possibilidade do Blackmore realizar um som à altura do Purple.
Coisa de torcedor (Fã doente) do Purple.
Nunca tinha escutado falar no nome do Dio.
Fiquei chapado com a entrada da primeira música, " The Man on the Silver Mountain", que começa com um belo riff de intro! e a voz divina do mago Dio.
Difícil até hoje lembrar da severa crítica do André Forastieri, que estampou como título do seu artigo na época do falecimento do cantor: "Ronnie James Dio, o deus ridículo do rock". ???
Dio é o maior cantor de rock pesado (hard Rock ou Classic Rock) de todos os tempos. Não há como negar isso.
A sua extensão vocal incorpora a música com uma vibração que nenhum outro vocalista conseguiu atingir.
Qualidade extraordinária que aparece logo na primeira música.
Senti que a banda entrou no mercado para ficar.
Não poderia faltar o matador solo de Blackmore, para que ficasse bem claro que era o dono da nova potência do rock mundial.
A poderosa "Self Portrait", que só vem confirmar o potencial vocal de Dio e a maravilhosa levada que iria perpetuar pelos outros discos posteriores da banda.
Detalhe: Dio trouxe praticante todos os musicos do ELF que assim toparam o desafio de encarar o temperamento intempestivo de Mr. Blackmore. E tudo deu certo!
Mas na época, (fazendo um paralelo) tive a mesma sensação de raiva e fascinação quando o álbum "Burn" foi lançado.
Será que o Purple iria conseguir lançar algo de bom com a nova formação?
A pergunta já era outra: será que Blackmore será capaz de formar uma banda tão especial como o Purple?
A resposta era sim!
Estava entusiasmado com a pegada da versão de "Black Sheep of the Family", do Quatermass, mas a confirmação categórica da minha pergunta veio com a entrada de "Catch the Rainbow".
O vocal de Dio quase num lindo lamento emocionante, bem amparado por um teclado de forma alucinante meio à penumbra, e a entrada gloriosa de um solo melódico simplesmente vindo lá do céu e os backings vocals de shoshanna uma japoneizinha desconhecida das GIGs de studio!
Dio volta a cantar com o coração e trazer de volta as notas sublimes da guitarra do Blackmore.
Música perfeita e que coloca a banda como algo importante que estava chegando no mundo do rock.
Depois de outro ótimo rock, "Snake Charmer", começa a desenrolar a magnífica "Temple of the King", nada mais poderia tirar o título de Deus do Rock do mestre Dio.
Acho que ele divide o olimpo do rock com ian Gillan.
O disco ainda traz o belo e balançante rock "If You Don't Like Rock 'n' Roll", a bem marcada "Sixteenth Century Greensleeves" e o solo avassalador de Blackmore e fecha com a ótima versão de "Still I'm Sad", dos Yardbirds, onde abre uma onda para o Blackmore surfar com um solo maravilhoso da sua inigualável sonoridade de guitarra.
Nada melhor para terminar a primeira grande pérola do Rainbow e demonstrar que a banda veio para ficar e ganhar.
Disco de cabeceira!
- Ronnie James Dio - vocal (1975-1978)
- Craig Gruber - baixo (1975)
- Mickey Lee Soule - teclado (1975)
- Gary Driscoll - bateria (1975)
FOTOSSSSSSSSS
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