quinta-feira, 2 de julho de 2009
DEEP PURPLE HISTORY
HOMENAGEM À MINHA BANDA PREDILETA!!! Fonte Mega Rock - Mr. Spedini
atualizado até julho de 2009
O “Deep Purple” é uma banda de rock inglesa, surgida em 1968 e considerada uma das criadoras do heavy metal e do hard rock, embora seus componentes rejeitem qualquer tipo de rótulo. Contemporânea de grupos como “Led Zeppelin”, “Black Sabbath”, “Uriah Heep” e tantos outros grandes nomes, a marca da banda sempre foi a mistura de guitarra e teclado, com riffs simples e fortes, bem como, solos vigorosos.
Durante sua longa trajetória, a banda teve várias formações. Vários dos mais talentosos músicos do rock passaram pelo grupo, e, por causa disso, cada formação teve elementos distintos em sua sonoridade.
O “Deep Purple” é com certeza,, uma das bandas mais bem conceituadas no cenário do rock mundial e uma das que mais possuem bootlegs e por isso alguns destes, serão postados dentro de seus vários períodos.
A IDÉIA
O que viria a ser o “Deep Purple” começou a ser engendrado em 1967, quando Chris Curtis (ex-baterista da banda “The Searchers”), teve a idéia (um tanto quanto estranha!) de reunir vários músicos talentosos em um grupo, o qual seria chamado, “Roundabout”. Eles se revezariam em torno do baterista, como em um carrossel (daí o nome “Roundabout”).
Essa idéia foi encampada pelo produtor Tony Edwards e o primeiro músico a topar a tal idéia foi o tecladista Jon Lord, colega de Curtis no grupo “The Flowerpot Men”.
No mesmo grupo também tocava o baixista Nick Simper, o qual, pelas mãos de Lord, veio integrar-se à nova banda.
NICK SIMPER (War Horse)
Era o final dos anos 60 e Curtis entrara no espírito da época. Certa vez, Lord entrou no apartamento de Curtis e encontrou as paredes cobertas de papel alumínio. Seu colega havia “redecorado” a casa para mudar o astral. Liga, desliga, cai na estrada: Curtis desapareceu.
A partir daí, Lord e Simper encontraram um guitarrista, Ritchie Blackmore (ex “The Outlaws” e outras bandas), que conhecia um baterista, Ian Paice (ex “The Maze”), que trouxe um colega da mesma banda, o vocalista Rod Evans, (Captain Beyond)
O NOME
Com o desaparecimento de Curtis, acabou a idéia do rodízio e a banda precisou trocar de nome. Em Fevereiro de 1968, depois de analisarem uma lista de nomes, dentre os quais “Orpheus”, acabou vencendo o título da música favorita da avó de Blackmore, “Deep Purple”.
O primeiro disco, “Shades Of Deep Purple”, foi lançado em Setembro de 1968. Recheado de regravações (incluindo versões progressivas de “Help”, do “The Beatles”, e “Hey Joe”, de Jimi Hendrix), o disco estourou nas paradas de sucesso dos Estados Unidos com uma música de Joe South, “Hush”, o primeiro single da banda.
SHADES OF DEEP PURPLE (1968)
Rod Evans, Ritchie Blackmore, Nic Simper, Jon Lord, Ian Paice
1 And the Address
2 Hush
3 One More Rainy Day
4 Prelude: Happiness/I'm So Glad
5 Mandrake Root
6 Help!
7 Love Help Me
8 Hey Joe
9 Shadows (album out take)
10 Love Help Me (instrumental version)
11 Help! (alternate take)
12 Hey Joe (BBC Top Gear session
13 Hush (Live US TV)
Em pouquíssimo tempo, foi lançado o segundo disco da banda, “The Book Of Taliesyn”. Esse álbum também trazia regravações, como, “River Deep”, ”Mountain High” (sucesso na voz de Tina Turner), “We Can Work it Out” (com “The Beatles”) e “Kentucky Woman” (com Neil Diamond).
A canção “Wring That Neck” teve seu nome alterado nos Estados Unidos, para “Hard Road”, devido à vilolência de seu nome e tornou-se uma das mais inspiradas trocas de solos entre a guitarra de Blackmore e os teclados de Lord.
THE BOOK OF TALIESYN (1968)
Rod Evans, Ritchie Blackmore, Nic Simper, Jon Lord, Ian Paice
1 Listen, Learn, Read On
2 Wring That Neck
3 Kentucky Woman
4 Expoisition / We Can Work It Out
5 Shield
6 Anthem
7 River Deep, Mountain High
8 Oh No No No (studio out take)
9 It's All Over (BBC Top Gear session)
10 Hey Bop A Re Bop (BBC Top Gear session)
11 Wring That Neck (BBC Top Gear session)
12 Playground (remixed instrumental studio out take)
Em Dezembro do mesmo ano, (1968), o “Deep Purple” realizou sua primeira tournê aos Estados Unidos, acompanhando o grupo “Cream”. Nessa tournê, além de visitar a mansão de Hugh Hefner, criador da revista “Playboy”, o grupo também descobriu que outro motivo de seu sucesso no “Novo Mundo” vinha do nome da banda: na época, “deep purple” era o nome de uma droga, então muito popular na Califórnia.
= outros
LIVE INGLEWOOD (1968)
Rod Evans, Ritchie Blackmore, Nic Simper, Jon Lord, Ian Paice
1 Hush
2 Kentucky Woman
3 Mandrake Root
4 Help !
5 Wring That Neck
6 River Deep, Mountain High
7 Hey Joe
Em 1969, Blackmore e Lord estavam descontentes com a sonoridade do grupo. O terceiro disco do grupo, chamado simplesmente “Deep Purple”, acabou refletindo essa tensão, ou seja, uma banda que tinha os pés na atualidade do rock inglês dos anos 60, mas a cabeça em algo que ainda estava por ser criado. Ambos (Blackmore e Lord) queriam experimentar mais com volume e eletricidade, mas consideravam que a voz de Evans não acompanharia as mudanças. Sob convite do baterista Mick Underwood, em Junho de 1969, Blackmore e Lord foram conferir uma apresentação do grupo “Episode Six”, de cujo vocalista (Ian Gillan) o ex-colega de Blackmore havia falado muito bem. Os dois membros do “Deep Purple” chegaram a subir ao palco para uma jam. Logo depois, Blackmore, Lord e Paice combinaram um teste com Ian Gillan. Este levou seu amigo Roger Glover, baixista também do “Episode Six”. Juntos, os cinco gravaram o single “Hallellujah”.
Aprovados os dois (Gillan e Glover), o “Deep Purple” passou a ter vida dupla: durante o dia, o que viria a ser a segunda formação (Fase II) ensaiava no “Hanwell Community Centre”, enquanto à noite, a primeira (Fase I) continuava se apresentando como se nada estivesse ocorrendo.
Evans e Simper não sabiam o que estava por acontecer, até a véspera da estréia da Fase II nos palcos, em 10 de Julho.
A situação era tão maluca que, em 10 de Julho de 1969, “Episode Six” e “Deep Purple” se apresentaram em bailes de Cambridge. O “Deep Purple” fez 11 apresentações entre a escolha dos novos membros e a estréia da nova fase; o “Episode Six”, oito. Mas Gillan e Glover ainda fizeram outros quatro shows para cumprir contrato com o “Episode Six” até o dia 26 de Julho, intercalando com os três primeiros shows da Fase II.
DEEP PURPLE (1969)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Chasing Shadows
2 Blind
3 Lalena
4 Fault Line / The Painter
5 Why Didn't Rosemary
6 Bird Has Flown
7 April
Os projetos que já vinham ocorrendo, porém, continuaram. O terceiro disco da banda "DEEP PURPLE (1969)" tinha acabado de ser lançado na Inglaterra quando
Jon Lord havia finalizado “Concerto For Group And Orchestra”, que seria apresentado no “Royal Albert Hall”, com a “Royal Philharmonic Orchestra”, no dia 24 de Setembro. Nesse dia, além de mostrarem o novo tipo de composição idealizado por Lord (unindo as linguagens da música erudita e do rock), os ingleses de todas as classes sociais conheceram “Child In Time”, composta ainda em Hanwell. A composição mostra tudo o que a nova formação trazia de novo em relação à anterior: mudanças de ritmo, solos poderosos, gritos de banshee.
CONCERTO FOR GROUP AND ORCHESTRA (1969)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Wring Thar Neck
2 Child In Time
3 First Movement: Moderato - Allegro
4 Second Movement: Andante
5 Third Movement: Vivace - Presto
Décadas após, esse álbum contendo o show foi editado em DVD.
A nova formação do “Deep Purple” era mais elétrica e explosiva, e isso ficou muito claro no disco seguinte dessa formação, “In Rock”, lançado em abril de 1970.
Os ingleses puderam conhecer faixa por faixa do novo disco via “BBC”, durante os vários meses que levaram ao lançamento. Conheceram, inclusive, faixas inéditas, como “Jam Stew”, e uma versão primitiva de “Speed King”, chamada “Kneel and Pray”, com uma letra completamente diferente e muito mais maliciosa do que a conhecida e cantada até hoje.
IN ROCK (1970) - um marco na História do Rock and Roll
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Speed King
2 Bloodsucker
3 Child in Time
4 Flight of the Rat
5 Into the Fire
6 Living Wreck
7 Hard Lovin' Man
8 Black Night (original single version)
9 studio chat
10 Speed King (piano version)
11 studio chat
12 Cry Free (Roger Glover remix)
13 studio chat
14 Jam Stew (Unreleased instrumental)
15 studio chat
16 Flight Of The Rat (Roger Glover remix)
17 studio chat
18 Speed King (Roger Glover remix)
19 studio chat
20 Black Night (Unedited Roger Glover remix)
SCANDINAVIAN NIGHTS (1970)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Disc 1
1 Wring That Neck
2 Speed King
3 Into The Fire
4 Paint It Black
Disc 2
1 Mandrake Root
2 Child In Time
3 Black Night
O próximo álbum da banda foi “Fireball”, que manteve a eletricidade, mas que também enveredou por um caminho mais experimental, incluindo até um country ("Anyone's Daughter") ao lado de longos instrumentais (como a canção "Fools") e rocks mais próximos dos que havia no disco anterior (como "Strange Kind of Woman").
FIREBALL (1971)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Fireball
2 No No No
3 Strange Kind Of Woman
4 Anyone's Daughter
5 The Mule
6 Fools
7 No One Came
Os shows da turnê de 1971, disponíveis apenas em gravações bootlegs, mostraram uma banda mais madura e mais ousada.
É nessa turnê que Ian Gillan começou a fazer duelos de sua voz com a guitarra de Blackmore.
UMA IDÉIA, UM INCÊNDIO E O SUCESSO!!!
Em seguida, o grupo resolveu fazer uma experimentação, no mínimo, ousada: gravar um disco de estúdio, mas feito nas mesmas condições de uma apresentação ao vivo; todos juntos, em um mesmo ambiente, criando e gravando como nas longas jams instrumentais que faziam no palco.
Inclusive, eles já tinham algumas músicas quase prontas, como por exemplo, "Highway Star", que começou a ser criada dentro de um ônibus, quando um jornalista perguntou como eles criavam suas músicas. Blackmore disse: "assim", e começou a tocar um riff agitado. Gillan entrou na farra e começou a improvisar uma letra: "We're on the road, we're on the road, we're a rock'n'roll band!".
Em setembro, a primeira versão do que seria “Highway Star” já estava começando a ser experimentada no palco e no programa de TV alemão “Beat Club”. É dessa apresentação que vem o clipe de “Highway Star” em que Blackmore usa um chapéu de bruxo e Gillan balbucia palavras sobre Mickey Mouse e Steve McQuinn. "Lazy" é outra canção que começou a ser testada no palco antes de ir para o estúdio.
Em dezembro de 1971, eles haviam achado o local certo para criar e gravar o disco de estúdio, mas dentro de uma atmosfera de apresentação ao vivo: Montreux, na Suíça (onde anualmente ocorre o famoso festival de jazz). O melhor lugar para gravar seria o cassino da cidade, onde tradicionalmente havia apresentações musicais. O cassino, na ocasião, ainda não estava liberado para o “Deep Purple” quando eles chegaram, pois faltava uma última apresentação, a de Frank Zappa, para encerrar a temporada. Aproveitando a oportunidade, o grupo resolveu assistir ao show, pois Frank Zappa sempre foi um inovador do rock e naquela apresentação, em especial, ele usava um sintetizador de última geração.
Durante o show, nas palavras do próprio Roger Glover, que narra essa história em um dos DVDs da banda, deu para se notar uma fumaça, mas até aí todos pensavam tratar-se de efeito, contudo, pouco tempo depois, alguém chegou junto a Zappa e lhe falou algo no ouvido. Imediatamente a banda parou e Zappa chegou ao microfone da forma mais calma e disse: “Por favor, mantenham-se calmos, mas ...... FOOOOOOOGGGGGGOOOOOOOOOO!” e em seguida orientou o público (juntamente com Claude Nobs – que é o organizador do “Festival de Jazz de Montreux”) a evacuar o local.
O próprio Roger Glover conta que todos realmente estavam calmos - o suficiente para que ele próprio ainda pudesse dar uma olhada no sintetizador antes de sair do prédio.
O “Deep Purple” foi transferido então para o “Grand Hotel Montreux”, onde inclusive, das janelas dos quartos os músicos conseguiam ver o incêndio que tomou conta do cassino. Como era inverno, o hotel estava vazio e todos os móveis estavam guardados. Eles estacionaram do lado de fora a unidade móvel de gravação dos “Rolling Stones”, puxaram alguns fios, instalaram confortavelmente seus instrumentos nos corredores do hotel e começaram a ensaiar. O resultado é que até hoje todos os shows do “Deep Purple” contêm músicas do disco “Machine Head”.
A história inteira da gravação é contada em poucas palavras na música "Smoke on the Water", a última a ser gravada no disco. Blackmore havia criado um riff que não fora usado, apelidado então de "durrh-durrh". Não havia letra. Então veio a idéia de escrever sobre o que acontecera na gravação do disco. Gillan afirma que eles estavam num bar quando Roger Glover escreveu num guardanapo o título da música (que significava "fumaça sobre a água", uma boa descrição da fotografia que um jornal publicou no dia seguinte ao incêndio). Glover diz que a expressão lhe surgiu em um sonho e que Gillan lhe respondeu: "não vai rolar; parece nome de música sobre drogas, mas nós somos uma banda que bebe".
Apesar de ter sido gravada em dezembro, “Smoke On The Water” só entrou no set-list em 09 de março, em um show do grupo na “BBC”.
MACHINE HEAD (1972)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Highway Star
2 Maybe I'm A Leo
3 Pictures Of Home
4 Never Before
5 Smoke On the Water
6 Lazy
7 Space Truckin'
Décadas depois, foi editado em DVD o show de apresentação de “Machine Head”.
Em 1972 o “Deep Purple” excursionou pela primeira vez no Japão, onde foi gravado seu mais famoso disco ao vivo, “Made in Japan”.
MADE IN JAPAN (1972)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Highway Star
2 Child In Time
3 Smoke On The Water
4 The Mule
5 Strange Kind Of Woman
6 Lazy
7 Space Truckin'
Ainda em 1972 o “Deep Purple” preparou na Itália o seu próximo álbum. O ritmo de trabalho da banda, porém, custou caro aos seus membros, já que por diversas vezes ficaram doentes. Randy California chegou a substituir Blackmore em um show e Roger Glover substituiu Gillan em outro (em um dvd, durante a entrevista, Glover dá “graças à Deus” de não ter nenhuma gravação deste show com ele aos vocais, de tão ruim que foi). Contudo, nesse ano foi lançado mais um álbum da banda, “Who Do We Think We Are”.
WHO DO WE THINK WE ARE ! (1973)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Woman From Tokyo
2 Mary Long
3 Super Trouper
4 Smooth Dancer
5 Rat Bat Blue
6 Place In Line
7 Our Lady
Nessa época, os relacionamentos entre os membros da banda começaram a estremecer, sobretudo entre Blackmore e Gillan, chegando ao ápice em Dezembro, quando Gillan entregou seu pedido de demissão, avisando que deixaria o grupo no final de Junho de 1973, dando aos empresários e aos colegas seis meses para decidir o que fazer do grupo.
Embora todos esperassem por um acerto no relacionamento entre os membros da banda, isso acabou não ocorrendo. Então, em 29 de Junho de 1973, na segunda viagem do grupo ao Japão e após um show impecável (em que Jon Lord incluiu o "Parabéns a você", para Ian Paice em seu solo de teclado, já que era a data de aniversário do baterista da banda), Ian Gillan voltou ao palco e informou ao público que aquele havia sido o último show do “Deep Purple”. Durante o show, não houve nenhum outro sinal de desgaste, no máximo o silêncio de Gillan na hora de cantar o verso "no matter what we get out of this" ("não importa o que possamos tirar disso"), em "Smoke On The Water", que poderia ter sido um aviso que tudo o que ele poderia tirar daquilo já havia acabado.
Para piorar a situação, o baixista Roger Glover também decidiu abandonar a banda, passando a se dedicar à produção, no departamento artístico da “Purple Records”, a gravadora do grupo. Não podemos esquecer que Glover entrou para o “Deep Purple” trazido por Ian Gillan, quando os dois ainda eram membros do “Episod Six”.
MUDANÇAS RADICAIS
O primeiro novo integrante recrutado para o “Deep Purple” foi Glenn Hughes, que antes era o vocalista e baixista da banda “Trapeze”.
Essa dupla habilidade de Hughes (diga-se de passagem, um excelente baixista e um soberbo vocalista, dono de uma voz possante) empolgou Blackmore e Lord, mas mesmo assim ficou decidido que a banda manteria a formação com cinco membros, sendo um encarregado somente do vocal principal.
O plano era buscar a voz de Paul Rodgers, do grupo “Free”. Após um primeiro contato, ele pediu um tempo para pensar e decidiu continuar com sua banda.
Enquanto seguia a busca pelo novo vocalista, Blackmore e Hughes iam se conhecendo e tocando juntos. O que se tornaria o blues "Mistreated", sem a letra, foi composto durante esse período.
Por outro lado, os empresários do “Deep Purple” não paravam de receber fitas de pretendentes a vocalista da banda, já que os mesmos haviam colocado anúncios até nos jornais em busca da nova voz do grupo. Uma delas foi enviada por um rapaz de 21 anos, gordinho e cheio de espinhas, que cantava desde os 15 anos e que trabalhava como balconista em uma boutique; seu nome, David Coverdale.
Na verdade, David Coverdale e o “Deep Purple” já haviam se cruzado em Novembro de 1969 (época em que Gillan e Glover haviam acabado de entrar para o grupo), durante um show realizado na “Universidade Bradford”, quando Coverdale e sua banda (“Skyliners”) também participaram desse evento.
O teste de Coverdale ocorreu em Agosto de 1973. Durante seis horas, eles tocaram material do “Deep Purple” e rocks mais conhecidos, como "Long Tall Sally" e "Yesterday". Quando Coverdale foi para casa, o restante do grupo saiu para beber e decidiu: era o gordinho mesmo (nos meses seguintes, os empresários da banda lhe deram alguns remédios para afinar a aparência).
Em 09 de Setembro, o novo grupo se trancou por duas semanas no “Castelo de Clearwell” para compor. Empolgadíssimo, Coverdale escreveu quatro letras diferentes para a música que seria "Burn". Uma delas se chamava "The Road".
No dia 23, um dia depois de Coverdale completar 22 anos, a Fase III foi apresentada à imprensa inglesa.
Em Novembro, foi gravado o disco “Burn”, novamente em Montreux, com a mesma unidade móvel dos “Rolling Stones” com que foi gravado o álbum “Machine Head”.
A nova formação estreiou no palco em 08 de Dezembro, na Dinamarca e o disco só foi lançado em 1974.
BURN (1974)
David Coverdale, Ritchie Blackmore, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
1 Burn
2 Might Just Take Your Life
3 Lay Down, Stay Down
4 Sail Away
5 You Fool No One
6 What’s Goin’ On Here
7 Mistreated
8 “A” 200
O som dessa nova formação foi marcado pela maior velocidade de Blackmore na guitarra e pela tensão entre os dois vocalistas. No estúdio, os duetos eram perfeitos, contudo no palco, Hughes punha a trabalhar toda a potência de seus pulmões sempre que podia, muitas vezes chegando a intimidar Coverdale.
Gleen Hugues também acrescentou ao “Deep Purple” um estilo mais funkeado, o qual, Blackmore inicialmente aceitou a contragosto, pois embora tal estilo estivesse fazendo sucesso nas paradas da época, o mesmo não constituía uma característica da banda.
Em 06 de Abril de 1974, o grupo se apresentou na Califórnia para uma platéia de duzentas mil pessoas. Foi o “Festival California Jam”, que durou doze horas e que teve como principal atração o “Deep Purple”.
Para sorte dos fãs do “Deep Purple”, décadas após esse show, foi editado o CD e o DVD do mesmo.
CALIFORNIA JAMMING (1974)
David Coverdale, Ritchie Blackmore, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
1 Burn
2 Might Just Take Your Life
3 Mistreated
4 Smoke On The Water
5 You Fool No One / The Mule
6 Space Truckin’
Esse show, “Califórnia Jam”, acabou entrando para a história do rock, principalmente devido ao mau humor de Ritchie Blackmore. Tudo aconteceu devido ao fato do grupo ter sido chamado antes do horário previsto para sua entrada, já que uma das bandas que iria se apresentar faltou. Dessa forma, antes de anoitecer o “Deep Purple” teve de entrar no palco, inclusive com a intervenção policial, que foi chamada para acalmar os ânimos de Blackmore e da produção que exigia a entrada da banda. Devido a claridade ainda reinante, as luzes do show acabaram inicialmente ficando prejudicadas, daí a fúria de Blackmore.
Não bastasse isso, durante o show, um câmera ficou todo o tempo apontando seu equipamento para Blackmore, bem próximo à ele, enquanto Blackmore pedia para que o mesmo lhe desse mais espaço. Já pelo final da apresentação e com o tal câmera continuando a irritar Blackmore, eis que o guitarrista começou a “apunhalar” o equipamento com o braço de sua guitarra, quebrando inclusive o foco da máquina; logo depois ateou fogo em sua própria guitarra e ao final esplodiu o amplificador. Aliás, com a explosão do mesmo, Blackmore chegou a ser projetasdo à frente. A silhueta do guitarrista em frente às chamas do amplificador é uma das cenas mais poderosas de toda a iconografia do rock.
No ano seguinte, essa terceira formação do “Deep Purple”, lançou o LP “Stormbringer”, um álbum com músicas lindas, mas também, para desagrado de Blackmore, ainda mais “funkeado”.
STORMBRINGER (1974)
David Coverdale, Ritchie Blackmore, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
1 Stormbringer
2 Love Don't Mean A Thing
3 Holy Man
4 Hold On
5 Lady Double Dealer
6 You Can't Do It Right
7 High Ball Shooter
8 The Gypsy
9 Soldier Of Fortune
Infelizmente, em plena tournê européia do álbum “Stormbringer”, mais precisamente em 07 de Abril de 1975, o grupo recebeu o aviso de Blackmore (uma semana antes dele completar 30 anos de idade) que este não continuaria mais na banda. Na verdade, Blackmore já tinha algumas idéias e uma nova banda formada (“Rainbow”).
= outros
LIVE IN LONDON (1974)
David Coverdale, Ritchie Blackmore, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
1 Burn
2 Might Just Take Your Life
3 Lay Down, Stay Down
4 Mistreated
5 Smoke On The Water
6 You Fool No One
Ainda em 1975, foi lançado o disco, ao vivo, “Made In Europe”, com a presença de Blackmore na guitarra.
MADE IN EUROPE (1975)
David Coverdale, Ritchie Blackmore, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
1 Burn
2 Mistreated (interpolating Rock Me Baby)
3 Lady Double Dealer
4 You Fool No One
5 Stormbringer
Agora, sem um de seus fundadores e o principal criador de todos os riffs que consagraram o “Deep Purple” em todo o planeta, o restante da banda entrou em um grave dilema: desistir de tudo ou aproveitar o momento de sucesso (nessa ocasião, a banda era uma das mais lucrativas de toda a história do rock), buscando um novo guitarrista.
A segunda opção (para nossa alegria!) foi a escolhida e para isso convidaram o guitarrista norte americano (até então, todos eram britânicos, como a banda) Tommy Bolin (guitarrista da banda “James Gang”) à integrar o grupo, surgindo dessa forma, a quarta fase do “Deep Purple”.
Essa formação ficou conhecida como a Fase IV. ou "Mark IV".
Gravaram o álbum, “Come Taste The Band”, ainda mais suingado.
COME TASTE THE BAND (1975)
David Coverdale, Tommy Bolin, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
1 Coming Home
2 Lady Luck
3 Gettin' Tighter
4 Dealer
5 I Need Love
6 Drifter
7 Love Child
8 This Time Around / Owed To G
9 You Keep On Moving
Contudo, durante a tounê, ficou evidente que os problemas de relacionamento e comportamento não haviam terminado. Bolin e Hughes enfrentaram problemas com drogas: em vários shows, Bolin não conseguiu tocar porque seu braço estava anestesiado de tantas drogas aplicadas.
Além disso, Bolin tinha dois agravantes: insegurança e baixa auto-estima. Tudo isso apesar de ter gravado belíssimos discos solos, ser considerado um gênio da guitarra e ter tocado com magos do jazz, como o baterista Billy Cobham. Bolin não suportava ser comparado pelos fãs aos carismáticos antecessores que teve em grandes grupos de rock (na “James Gang”, subistituiu Joe Walsh e no “Deep Purple”, à Ritchie Blackmore). No “Deep Purple”, ele chegou a discutir com a platéia por algumas vezes, durante apresentações.
Todos esses problemas culminaram em um diálogo entre Coverdale e Lord, ao final de um show realizado em 15 de Março de 1976, em Liverpool, quando Coverdale falou para Lord: “não há mais clima para continuar com o Deep Purple”; ao qual, Lord respondeu: “não há mais um Deep Purple para continuar”.
Dessa forma, terminou, em clima de confidência, a banda criada oito anos antes e que chegou a figurar no “Guinness” como a mais barulhenta do mundo.
= outros
DAYS MAY COME AND DAYS MAY GO (1975)
David Coverdale, Tommy Bolin, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
1 Owed To G
2 If You Love Me Woman
3 The Orange Juice Song
4 I Got Nothing For You
5 Statesboro’ Blues
6 Dance To The Rock & Roll
7 Drifter Rehearsal Sequence
8 Drifter version I
9 The Last Of The Long Jams
10 Unnamed
THIS TIME AROUND – LIVE IN TOKYO (1975)
David Coverdale, Tommy Bolin, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
Disc 1
1 Burn
2 Lady Luck
3 Lovechild
4 Gettin' tighter
5 Smoke On The Water
6 Wild Dogs
Disc 2
1 I Need Love
2 Soldier Of fortune
3 Jon Lord solo
4 Lazy / drums solo
5 This Time Around
6 Owed To G
7 Tommy Bolin solo
8 Drifter
9 You Keep On Moving
10 Stormbringer
11 Highway Star
LIVE IN LIVERPOOL (1976)
David Coverdale, Tommy Bolin, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
Disc 1
1 Burn
2 Lady Luck
3 Getting’ Tighter / You’ve Gotta Dance To The Rock’n’Roll
4 Love Child
5 Jon Lord solo / Lazy / Ian Paice solo
6 Smoke On The Water / Georgia On My Mind
7 Homeward Strut
Disc 2
1 This Time Around
2 Owed To ‘G’
3 Tommy Bolin solo
4 Stormbringer
5 Highway Star / Not Fade Away
Mesmo após o fim do grupo, uma triste notícia abalou a estrutura do rock: no dia 03 de Dezembro de 1976, em Miami, Bollin abriu um show de Jeff Beck, tirou fotos no backstage e voltou para o “Resort Hotel”. Lá, tomou vários drinks e foi para o quarto com a namorada. Pela manhã, foi encontrado morto, vítima de overdose de heroína e álcool. Tommy Bolin estava com apenas 25 anos de idade.
O FIM DO DEEP PURPLE??? 1976 - 77
Após o encerramenbto das atividades do “Deep Purple”, seus membros seguiram seus caminhos, alguns com trabalhos solos, outros formando suas próprias bandas ou participando de bandas já existentes. Coverdade, por exemplo, formou a sua “Whitesnake”, que depois teve entre seus integrantes Jon Lord e Ian Paice. Glover tocou na banda de Ritchie Blackmore (“Rainbow”). Dessa forma, sempre ocorreram encontros entre os ex “Deep Purple”.
Entre tantos contatos e a certeza que seus fãs ainda sonhavam com uma possível volta, é claro que tudo ficou mais fácil para um retorno.
E isso ocorreu!!!!
RECOMEÇO
Em 1984, para a imensa alegria de seus milhões de fãs, foi anunciada a volta do “Deep Purple” com a sua formação de maior sucesso (Fase II), trazendo Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord e Ian Paice.
Imediatamente, a banda lançou o excelente disco “Perfect Strangers”, um álbum recheado de músicas marcantes e passagens extraordinárias.
PERFECT STRANGERS (1984)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Knocking At Your Back Door
2 Under The Gun
3 Nobody's Home
4 Mean Streak
5 Perfect Strangers
6 Gypsy's Kiss
7 Wasted Sunsets
8 Hungry Daze
9 Not Responsible
10 Son Of Alerik
O “Deep Purple” alcançou, em pouco tempo, o mesmo sucesso e respeito de outrora, demonstrando que o período em que estiveram separados não foi grande o suficiente para que fossem esquecidos, ao contrário; bem como, esses oito anos não os fizeram perder a criatividade e a sensibilidade em criar riffs poderosos.
Em 1986 lançaram o álbum “The House Of Blue Light”, trazendo canções, como sempre, marcantes, dentre as quais, “Bad Attitude” e ”Hard Lovin’ Woman”.
THE HOUSE OF BLUE LIGHT (1986)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Bad Attitude
2 The Unwritten Law
3 Call Of The Wild
4 Mad Dog
5 Black & White
6 Hard Lovin' Woman
7 The Spanish Archer
8 Strangeways
9 Mitzie Dupree
10 Dead Or Alive
Dois anos depois foi lançado o álbum ao vivo, “Nobody’s Perfect”, que retratou bem essa época.
NOBODY’S PERFECT (1988)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Highway Star
2 Strange Kind Of Woman
3 Perfect Strangers
4 Hard Lovin' Woman
5 Knocking At Your Back Door
6 Child In Time
7 Lazy
8 Black Night
9 Woman From Tokyo
10 Smoke On The Water
11 Hush
Mas, na verdade, nem tudo eram flores, até porque Gillan e Blackmore continuaram não se relacionando a contento.
Em uma dessas desavenças Ian Gillan resolveu largar a banda.
Para os vocais foi chamado Joe Lynn Turner, ex vocalista da banda que Blackmore havia formado após sua saída do “Deep Purple” (o “Rainbow”). Aliás, tudo indicou que tenha sido o próprio Blackmore quem sugeriu e chamou Turner para a vaga.
Essa nova formação (que é a fase V) lançou o álbum “Slaves & Masters”, álbum esse, que não foi tão bem aceito pelos fãs do “Deep Purple”. Na verdade, Turner é um bom vocalista, talvez até um excelente vocalista, contudo sua performance e seu timbre vocal soam totalmente diferente do que foi durante décadas ouvido pelos fãs do “Deep Purple” na voz de Ian Gillan.
SLAVES & MASTERS (1990)
Joe Lynn Turner, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 King Of Dreams
2 The Cut Runs Deep
3 Fire In The Basement
4 Fortuneteller
5 Truth Hurts
6 Love Conquers All
7 Breakfast In Bed
8 Too Much Is Not Enough
9 Wicked Ways
Turner era do estilo “garotão”, com chutes no ar, agudos e com os holofotes sobre si; enquanto o “Deep Purple” sempre foi uma banda coesa, com seus integrantes mais preocupados com o som do que com a aparência (no máximo, com Lord querendo “trepar” com o sintetizador ......... rsrsrsrs).
Foi exatamente com essa formação que o “Deep Puple” se apresentou em 1991, pela primeira vez no Brasil. (EU TAVA LÁ)!!!
Os shows foram realizados em São Paulo (16 e 17 de Agosto), Curitiba (18 de Agosto), São Paulo (20 e 21 de Agosto), Porto Alegre (23 de Agosto) e Rio de Janeiro (24 de Agosto).
Após uma fraca tournê, foi dado um ultimato a Ritchie Blackmore pelos membros da banda e seu empresário: ou Ian Gillan voltava, ou era ele quem iria embora.
Para alegria dos fãs, Gillan voltou e Blackmore permaneceu.
Novamente com a Fase II em ação, o grupo lançou o disco “The Battle Rages On ...”.
Esse álbum trouxe a canção “Anya”, que estaria presente no set list de todas as excursões realizadas pelos anos futuros.
THE BATTLE RAGES ON ... (1993)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 The Battle Rages On
2 Lick It Up
3 Anya
4 Talk About Love
5 Time To Kill
6 Ramshackle Man
7 A Twist In The Tale
8 Nasty Piece Of Work
9 Solitaire
10 One Man's Meat
No mesmo ano foi lançado o disco ao vivo “Come Hell Or High Water”.
COME HELL OR HIGH WATER (1993)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Highway Star
2 Black Night
3 A Twist In The Tail
4 Perfect Strangers
5 Anyone's Daughter
6 Child In Time
7 Anya
8 Speed King
9 Smoke On The Water
Este album também foi lançado, na época, em VHS e mais tarde em DVD.
C-O-N-T-U-D-O, não podemos esquecer que no palco estavam Ian Gillan e Ritchie Blackmore.
Se o planeta já é pequeno demais para comportar esses dois, imagina um palco!
Infelizmente, uma vez mais, vem à tona o conflito de egos dessas duas grandes criaturas do rock’n’roll.
O pior aconteceu e em plena tournê da banda, Blackmore abandonou o “Deep Purple” e resolveu remontar o “Rainbow”.
Para o restante do grupo, restou a agenda a cumprir, agora sem seu guitarrista.
= outros
COME HELL OR HIGH WATER VOLUME 2 (1993)
Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Talk About Love
2 Twist In The Tale
3 Parfect Strangers
4 Beethoven
5 Knocking At Your Back Door
6 The Battle Rages On
7 Lazy
8 Space Truckin'
9 Woman Fron Tokyo
10 Paint It Black
11 Smoke On The Water
Por sorte, DEUS é rockeiro ! E ninguém mais, ninguém menos, do que o virtuose Joe Satriani apareceu e se ofereceu a prosseguir com o grupo no restante da tournê, apenas para auxiliar nessa hora difícil.
Os shows em que Joe Satriani tocou com o “Deep Purple” são itens raros e todo colecionador procura, pois nunca esta formação gravou algo oficial, daí os bootlegs lançados desses shows serem tão procurados.
Apesar de ter sido convidado a permanecer na banda, Satriani recusou, para continuar em sua prolífica carreira-solo.
Então, os membros do “Deep Purple” resolveram convidar outro virtuose da guitarra, Steve Morse (ex guitarrista do grupo “Dixie Dregs” e líder de sua banda, a “Steve Morse Band”), que era um grande fã do “Deep Purple”.
A entrada de Morse para a banda, fez com que os demais membros se revitalizassem, ressurgindo a criatividade e trazendo de volta uma das marcas do “Deep Purple”, os desafios entre guitarra e órgão, bem como, entre guitarra e vocal.
Desse alto astral, surgiu em 1995 o álbum “Purpendicular”, que não se ateve apenas aos “tradicionalismos” da banda, mas que também incorporou os novos elementos trazidos por Morse.
Imediatamente, canções como, “Cascades I’m Not Your Lover”, “Ted The Mechanic”, “Sometimes I Feel Like Screaming”, “Purpendicular Waltz” e “Hey Cisco” caíram na graça dos fãs e foram imensamente solicitadas em seus shows.
PURPENDICULAR (1995)
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Vavoom: Ted The Mechanic
2 Loosen My Strings
3 Soon Forgotten
4 Sometimes I Feel Like Screaming
5 Cascades: I'm Not Your Lover
6 The Aviator
7 Rosa's Cantina
8 A Castle Full Of Rascals
9 A Touch Away
10 Hey Cisco
11 Somebody Stole My Guitar
12 The Purpendicular Waltz
Uma das apresentações mais marcantes deste período foi registrado em Bombay, na Índia, inclusive, esse show foi gravado e editado em DVD.
BOMBAY CALLING BOMBAY LIVE ’95 em DVD
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Esse disco foi muito bem recebido por crítica e público, com sua tournê sendo um grande sucesso.
Ainda em 1996 foi lançado o excelente álbum ao vivo, “Live At The Olympia ‘96”, que conseguiu captar de forma ímpar o sucesso da excursão.
LIVE AT THE OLYMPIA ’96 (1996)
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Disc 1
1 Fireball
2 Maybe I'm A Leo
3 Ted The Mechanic
4 Pictures Of Home
5 Black Night
6 Cascades: I'm Not Your Lover
7 Sometimes I Feel Like Screaming
8 Woman From Tokyo
9 No One Came
10 The Purpendicular Walls
Disc 2
1 Rosa's Cantina
2 Smoke On The Water
3 When A Blind Man Cries
4 Speed King
5 Perfect Strangers
6 Hey Cisco
7 Highway Star
Em 1997, pela segunda vez, o Deep Purple se apresentou no Brasil, esticando sua vitoriosa tournê por terras tupiniquins. As apresentações ocorreram em Porto Alegre (05 de Março), Santos (07 de Março), Rio de Janeiro (08 de Março) EU TAVA LÁ!!!, Santo André (09 de Março), Curitiba (13 de Março), Vinhedo (14 de Março), Belo Horizonte (15 de Março), Basília (16 de Março) e São Paulo (18 e 20 de Março).
O show realizado em São Paulo foi gravado e transmitido para todo o país pela “Rede Bandeirantes” de televisão.
LIVE IN SÃO PAULO (1997), em DVD
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Hush
2 Fireball
3 Pictures Of Home
4 Sometimes: I Feel Like Screaming
5 Casacades: I’m Not Your Lover
6 Smoke On The Water
7 When A Blind Man Cries
8 Perfect Strangers
9 Woman From Tokyo
Um ano após, (1998) o grupo lançou o álbum “Abandon”, o qual estava sendo muito esperado, tanto por crítica, quanto por fãs. Essa apreensão era lógica, uma vez que, o álbum anterior (“Purpendicular”, que havia sido o debut da Fase VII da banda, com seu novo guitarrista) alcançara um enorme sucesso e a dúvida era saber se o próximo conseguiria manter a mesma qualidade.
A resposta foi simples: era um álbum do “Deep Purple”, que tinha entre seus integrantes compositores como Lord e Glover, além de um dos melhores guitarristas de todas as épocas do rock.
ABANDON (1998)
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
1 Any Fule Know That
2 Almost Human
3 Don't Make Me Happy
4 Seventh Heaven
5 Watching The Sky
6 Fingers To The Bone
7 Jack Ruby
8 She Was
9 Whatsername
10 '69
11 Evil Louie
12 Bludsucker
Um show muito marcante dessa tournê foi registrado em DVD.
TOTAL ABANDON (1999), em DVD
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
No início de 1999, o “Deep Purple” retornou pela terceira vez ao Brasil, trazendo a torunê de “Abandon”. Os shows aconteceram em São Paulo (19 e 21 de Março), Curitiba (23 de Março), Rio de Janeiro (24 de Março) EU TAVA LÁ, Campinas (26 de Março), Belo Horizonte (27 de Março) e Santo André (28 de Março).
Nesse ano de 1999, comemorou-se os 31 anos da banda e 30 anos da primeira gravação do “Deep Purple” com uma orquestra, para isso o grupo realizou uma MEGA apresentação no “Royal Albert Hall”, com a participação da “Orquestra Sinfônica de Londres” (conduzida por Paul Mann), além de Ronnie James Dio, dentre outros
Este show foi totalmente gravado e lançado em cd.
IN CONCERT WITH THE LONDON SYMPHONY ORCHESTRA (1999)
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Disc 1
1 Pictured Within
2 Wait A While
3 Sitting In A Dream
4 Love Is All
5 Via Miami
6 That's Why God Is Singing The Blues
7 Take It Off The Top
8 Wring That Neck
9 Pictures Of Home
Disc 2
1 Concerto For Group And Orchestra: Movement I
2 Concerto For Group And Orchestra: Movement II
3 Concerto For Group And Orchestra: Movement III
4 Ted The Mechanic
5 Watching The Sky
6 Sometimes I Feel Like Screaming
7 Smoke On The Water
Para maior alegria dos fãs, esse show também foi editado em DVD.
Esse show também passou pelo Brasil; aliás foi a quarta vez que o grupo se apresentou em nosso país (a segunda em anos consecutivos) e trouxe atrações como Ronnie James Dio, Miller Anderson, Orquestra Jazz Sinfônica (regida pelo maestro Paul Mann). A apresentação ocorreu em São Paulo (07 e 09 de Setembro).
No início do século XXI, o tecladista e fundador Jon Lord (na verdade o primeiro músico a acreditar e a participar da idéia inicial do “carrossel”) comunicou aos seus companheiros e aos fãs que decidira se afastar do “Deep Purple”, principalmente da estrada, devido à sua idade. Isso foi uma grande surpresa para todos nós, que sempre admiramos o músico e o compositor Jon Lord. Mas, antes se afastar por opção (e no auge), do que por doença ou algo pior !
Assim que essa notícia foi dada, imediatamente também foi comunicado que o novo tecladista do “Deep Purple” seria Don Airey, um músico que apareceu para o grande público inicialmente no “Rainbow” (do “Deep Purple”, Ritchie Blackmore), passando após, por diversas outras bandas.
Em 2003, já com Don Airey assumindo os teclados, inaugurando a Fase VIII, foi lançado o álbum “Bananas”. Esse álbum trouxe a maior parte das composições creditadas aos cinco músicos, o que nos faz perceber que Airey já chegou contribuindo ativamente para a criação do grupo, não se limitando a ser apenas o tecladista da banda.
BANANAS (2003)
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Don Airey, Ian Paice
1 House Of Pain
2 Sun Goes Down
3 Haunted
4 Razzle Dazzle
5 Silver Tongue
6 Walk On
7 Pictures Of Innocence
8 I Got Your Number
9 Never A Word
10 Bananas
11 Doing It Tonight
12 Contact Lost
Uma vez mais (a quinta), o “Deep Purple” se apresentou no Brasil, trazendo a tournê do álbum até nós. Os shows aconteceram em Goiânia (12 de Setembro), Recife (13 de Setembro), Rio de Janeiro (16 de Setembro), Porto Alegre (18 de Setembro), São Paulo (20 de Setembro) e Belo Horizonte (21 de Setembro).
Em 2005 o “Deep Purple” lançou o disco “Rapture Of The Deep”, um álbum com todas as músicas compostas em parceria pelos cinco músicos.
RAPTURE OF THE DEEP (2005)
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Don Airey, Ian Paice
1 Money Talks
2 Girls Like That
3 Wrong Man
4 Rapture Of The Deep
5 Clearly Quite Absurd
6 Don't Let Go
7 Back To Back
8 Kiss Tomorrow Goodbye
9 Junkyard Blues
10 Before Time Began
Para a alegria dos fãs brasileiros, o “Deep Purple”, pela sexta vez, voltou ao país, trazendo a tournê do seu mais novo álbum. As apresentações se deram em São Paulo (01 e 03 de Novembro) e Rio de Janeiro (04 de Novembro).
Desde então, a banda tem se apresentado pelo planeta, sempre perpetuando seus antigos e mais recentes sucessos.
Uma das mais fantásticas apresentações do “Deep Purple” aconteceu em Montreux em 2006 e foi registrado em DVD.
LIVE AT MONTREUX (2006), em DVD
Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Don Airey, Ian Paice
O Brasil continuou sendo um dos lugares mais frequentados pelos shows do “Deep Purple”, tanto é assim, que eles já estiveram por aqui em mais três ocasiões, nos anos de:
* 2006: Porto Alegre (25 de Novembro), Curitiba (26 de Novembro), São Paulo (28 e 29 de Novembro), Rio de Janeiro (01 de Dezembro), Vitória (02 de Dezembro) e Belo Horizonte (03 de Dezembro).
* 2008: Rio de Janeiro (22 de Fevereiro), Curitiba (23 de Fevereiro) e São Paulo ((24 de Fevereiro).
* 2009: Porto Alegre (02 e 03 de Março), Florianópolis (05 de Março) e São Paulo (06 e 07 de Março)
Resumo das diversas formações do “Deep Purple”:
Fase I ou “MK I” (1968-1969): Rod Evans, Ritchie Blackmore, Nick Simper, Jon Lord, Ian Paice
Fase II ou “MK II” (1969-1973): Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Fase III ou “MK III” (1973-1975): David Coverdale, Ritchie Blackmore, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
Fase IV ou “MK IV” (1975-1976): David Coverdale, Tommy Bolin, Glenn Hughes, Jon Lord, Ian Paice
Entre 1976-1984: o grupo esteve dissolvido
Retorno Fase II ou “MK II” (1984-1989): Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Fase V ou “MK V” (1989-1991): Joe Lynn Turner, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Retorno Fase II ou “MK II” (1992-1994): Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Fase VI ou “MK VI” (1994): Ian Gillan, Joe Satriani, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Fase VII ou “MK VII” (1994-2002): Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Jon Lord, Ian Paice
Fase VIII ou “MK VIII” (2002-atual): Ian Gillan, Steve Morse, Roger Glover, Don Airey, Ian Paice
Deep Purple com novo álbum em 2009?
Segundo uma entrevista com o cantor Ian Gillan, foi possível saber por parte do vocalista que a banda está a pensar entrar em estúdio para gravar um novo trabalho por volta do final do ano. Resta esperar para saber se a banda tem vontade para lançar mais um disco novo. Deixo um vídeo filmado por um fã da actuação da banda a tocar “Pictures Of Home” em Buenos Aires na Argentina a 26 de Fevereiro deste ano (2009)!!!
atualizado até julho de 2009
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