terça-feira, 29 de setembro de 2015

Get Back Flashback Cover Band


O Motel Kalunga e a Churrascaria Los Pipos apresenta: sáb. 26 de set as 21:00h na Rua 83 itaipuaçú Banda Get Back FLASH BACK anos 60 à 80 Good Times 98 FM.

As condições de tempo naquele dia não estavam boas! muito vento à beira mar na ponta do Francês Jardim Atlântico itaipuaçú Rio - RJ - Brazil.
Foi quando surgiu a idéia (23h) de seguir em caravana para minha casa e completar o set-List num ensaio descontraído com a presença de vários amigos que certamente marcariam presença no show com o novo esquema ao Ar Livre no bar do Pepe - projeto Terraço Blues 2015 / 16 - à cargo de Lelo Rocker que por sinal mandou bem, mas não teve como a banda se apresentar.

CLIP de YOUTUBE - 



26-set, 2015 sáb. Ensaio - Home Rehearsal - playing MAMMA MIA by Left Side. Essa é a Banda Get Back good times 98 Flash back 60-70-80. STAFF: Nicki - LEAD VOICE - Marcos Malaspina Guitar  - Zé Antonio Bass - Tulio Fuzato Bateria & backing voices  - Fotos e Filmagens: Lia Campos e Vania Celia ------ ACESSE: http://youtu.be/xwOsLCpAnwI ---- https://www.youtube.com/watch?v=6A16XWZXgxY --- NOTE: ROCK COVER BAND **Copyright Notice** We do not claim ownership of this song. All material is the copyrighted property of its respected owner(s). Copyright Disclaimer Under Section 107 of the Copyright Act 1976, allowance is made for "fair use" for purposes such as criticism, comment, news reporting, teaching, scholarship, and research. Fair use is a use permitted by copyright statute that might otherwise be infringing. Non-profit, educational or personal use tips the balance in favor of fair use.



Ando Meio Desligado MUTANTES "medley" com Tédio BIQUINI CAVADÃO.
Essa é a Banda Get Back good times 98 especializada em Flash back 60-70-80.
STAFF:
Nicki - LEAD VOICE
Marcos Malaspina Guitar 
Zé Antonio Bass 
Tulio Fuzato Bateria & backing voices 
Fotos e Filmagens Lia Campos e Vania Celia
ACESSE: 
ROCK COVER BAND **Copyright Notice** We do not claim ownership of this song. All material is the copyrighted property of its respected owner(s). Copyright Disclaimer Under Section 107 of the Copyright Act 1976, allowance is made for "fair use" for purposes such as criticism, comment, news reporting, teaching, scholarship, and research. Fair use is a use permitted by copyright statute that might otherwise be infringing. Non-profit, educational or personal use tips the balance in favor of fair use.


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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Ludwig van Beethoven





















Quem de nós não teve um momento de extremada dor?

Quem nunca sentiu, em algum momento da vida, vontade de desistir?

Quem ainda não se sentiu só, extremamente só, e teve a sensação de ter perdido o endereço da esperança!

Nem mesmo as pessoas famosas, ricas, importantes, estão isentas de terem seus momentos de solidão e profunda amargura ...

Foi o que ocorreu com um dos mais reconhecidos compositores de todos os tempos, chamado Ludwig Van Beethoven, que nasceu no ano de 1770 em Bonn, Alemanha, e faleceu em 1827, em Viena, na Áustria.

Beethoven vivia um desses dias tristes, sem brilho e sem luz. Estava muito abatido pelo falecimento de um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele.

O jovem compositor sofria de grande carência afetiva. O pai era um alcoólatra contumaz e o agredia fisicamente. Faleceu na rua, por causa do alcoolismo.

Sua mãe morreu muito jovem. Seu irmão biológico nunca o ajudou em nada, e, além disso, cobrava-lhe aluguel da casa onde morava.

A tudo isto soma-se o fato de sua doença agravar-se. Sintomas de surdez começavam a perturbá-lo, ao ponto de deixá-lo nervoso e irritado.

Beethoven somente podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido, o que seria para nós, hoje, um tipo de aparelho auditivo.

Ele carregava sempre consigo uma tábua ou um caderno, para que as pessoas escrevessem suas idéias e pudessem se comunicar, mas elas não tinham paciência para isto, nem para ler seus lábios.

Notando que ninguém o entendia nem o queriam ajudar, Ludwig se retraiu e se isolou. Por isso conquistou a fama de misantropo.

Foi por todas essas razões que o compositor caiu em profunda depressão. Chegou a redigir um testamento dizendo que ia se suicidar.

Mas como nenhum filho de Deus está esquecido, vem a ajuda espiritual através de uma moça cega, que lhe fala quase gritando.

Ela morava na mesma pensão pobre, para onde Beethoven havia se mudado, e daria tudo para enxergar uma noite de luar ...

Ao ouvi-la Beethoven se emociona até as lágrimas ...

Afinal, ele podia ver! Ele podia escrever sua arte nas pautas!

A vontade de viver volta-lhe renovada e ele compõe uma das músicas mais belas da humanidade: Sonata ao luar.

No seu tema, a melodia imita os passos vagarosos de algumas pessoas. Possivelmente os dele e os dos outros que levavam o caixão mortuário do príncipe, seu protetor.

Olhando para o céu prateado de luar, e lembrando da moça cega, como a perguntar o porquê da morte daquele mecenas tão querido, ele se deixa mergulhar num momento de profunda meditação transcendental ...

Alguns estudiosos de música dizem que as três notas que se repetem insistentemente no tema principal do 1º movimento da Sonata, são as três sílabas da palavra por quê? ou outra palavra sinônima, em alemão.

Anos depois de ter superado o sofrimento, viria o incomparável Hino à alegria, da 9ª sinfonia, que coroa a missão desse notável compositor, já totalmente surdo.

Hino à alegria expressa a sua gratidão à vida e a Deus por não haver se suicidado.

Tudo graças àquela moça cega que lhe inspirou o desejo de traduzir, em notas musicais, uma noite de luar...

Usando sua sensibilidade Beethoven retratou, através da melodia, a beleza de uma noite banhada pelas claridades da lua, para alguém que não podia ver com os olhos físicos ...


FONTE - http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1323&



CARTA AO AMIGO ---- Amyr Von Bathel Cantusio JR.

Amyr meu grande MUSICO!

Já me inscreví no seu CANAL de youTube!!!


amigo como estamos distantes da Cultura e da verdadeira Musica!
Ouvindo sua interpretação de L.v Beethoven "moonlight sonata" eu não contive as Lágrimas - sua interpretação tocou-me amigo! Depois foi um pouco pior porque eu fui tomar conhecimento da História que envolve esta Musica de extrema tristeza, e ao mesmo tempo de Amor singelo e profundo! - REALMENTE AMIGO eu e vc somos Marcianos! ou pra deixar de exagero estamos no País errado! Quem sabe na Suécia, Alemanha, Áustria, Suíça ou Inglaterra poderíamos fazer das algum destino às nossas idéias musicais, nossos temas, nossa Arte! Com eu sou Músico e Espiritualista, acredito que vamos reencarnar num plano Terra bem melhor, ou quem sabe até em outros mundos 1.000 vêzes mais evoluído que este hein??? meu grande abraço, meu carinho e admiração Amyr! grande honra!
PAZ e LUZ: Tulio

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

dia do Def. Físico


















21 de set 2015

Você sabia que, em 21 de setembro, é comemorado e lembrado em todos os estados brasileiros o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência ? 

Essa data foi instituída em 14 de julho de 2005, pela Lei No 11.133. Na verdade, ela começou a ser lembrada em 1982, por iniciativa de movimentos sociais. 
Essa data foi escolhida porque é próxima ao início da Primavera (23 de setembro) e coincide com o Dia da Árvore, datas que representam o renascer das plantas, que simbolizam o sentimento de renovação das reinvindicações em prol da cidadania, inclusão e participação plena na sociedade. 

Foi Cândido Pinto de Melo, um ativista do movimento das pessoas com deficiência, que propôs, no início da década de 80, esta data. 
Cândido foi um dos fundadores do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes - MDPD, organização de pessoas com deficiência que já se reuniam mensalmente desde 1979, e discutiam propostas de intervenções para a transformação da sociedade paternalista e da ideologia assistencialista.

Acreditamos que divulgar e lutar pelas causas das pessoas com deficiência é um trabalho diário.

No entanto, o 21 de setembro é muito importante como um marco, e pede a nossa reflexão e a busca por novas soluções. 

Este é o dia, também, em que as mais de 45,6 milhões de pessoas com deficiência, apontadas pelo Censo de 2010 , realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), devem colocar suas caras nas ruas ou mesmo nas redes sociais e reivindicar seus direitos. Afinal, apesar das conquistas recentes, a desigualdade, a exclusão, o preconceito e a falta de acesso a serviços ainda continuam enormes.

Para evitar a exclusão, nada melhor que a informação.

domingo, 20 de setembro de 2015

ele foi voar ....


19-set.2015 num sábado itaipuaçú Rio de Janeiro, Maricá Brazil - O baterista amputado Tulio Fuzato (Supera Rock) e seu AMOR pelos céus; a delícia de voar livre como um pássaro! Sensação viciante numa tarde de sábado com a TRIKE do André, uma asa Delta motorizada, na verdade um mini avião com instrumentos de vôo e toda tecnologia e segurança possível. NOTA: Demanda um pouco de coragem e atitude, mas eu amo o céu, as nuvens, e ver as montanhas e o mar de cima é algo indescritível. O meu agradecimento à toda equipe de apoio e preparo em terra firme: Andrea Pittman, Adré Gomes (Piloto), Alberto italiano, Lia C. Fuzato, Pepe e Lelo Rocker. Agradecimento especial à Mário Cezar Carvalho OttoBock Ortopedia Follow Up!


sept. 19th-2015 sat. Itaipuaçú Rio de Janeiro, Brazil Marica - the amputee drummer Tulio Fuzato (overcoming challenges) and your LOVE to the heavens; a delight to fly free as a bird! Vicious feeling on a Saturday afternoon with Andre´sTRIKE: a motorized Delta wing, really a mini-plane with flight instruments and all technology and security possible. NOTE: Demand a little courage and attitude, but I love the skies, the clouds, and to see the mountains and the sea from the top is indescribable. My thanks to all staff support and training on land: Andrea Pittman, Adré Gomes (the Pilot), Italian Alberto, Lia C. Fuzato, Pepe and Lelo Rocker. Special thanks to Mario Cesar Carvalho Ottobock Orthopedics Follow Up! 










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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

planos econômicos do Brasil













LEIAM pois é muito importante saber!

Nenhum desses "Homens" melhoraram a vida do "Brazileiro"!!!
Agora (2015) DILMA quer aumentar impostos na CANETADA ignorando o Congresso que deseja a cabeça dela numa bandeja de prata!

Desde tempos imemoráveis Governantes Brasileiros gastam mais do que arrecadam - RESUMO: uma máquina estatal inchada, ineficiente, improdutiva, arrastando e escravizando um povo bom alegre trabalhador inteligente amigo!

Saiba quais foram os principais planos econômicos Brasileiros desde 1986:

Plano Cruzado –Fevereiro de 1986

Criado pelo governo José Sarney no final de fevereiro de 1986, o Plano Cruzado foi idealizado por Dilson Funaro, então ministro da Fazenda. Entre as principais medidas estavam:

- Congelamento de preços de bens e serviços;
- Reforma monetária, alterando a moeda que passou a se chamar cruzado;
- Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses e do salário mínimo em Cz$ 804,00; 
- Criação de uma tabela de conversão para transformar as dívidas contraídas em uma inflação  muito alta em dívidas contraídas em uma economia de inflação praticamente nula;
- Criação de um tipo de seguro-desemprego para quer fosse dispensado sem justa causa ou em virtude do fechamento de empresas;
- Salários passam a ser reajustados pelo chamado gatilho salarial, que estabelecia o reajuste automático dos salários sempre que a inflação alcançasse 20%. Em um primeiro momento, o Plano Cruzado teve amplo apoio popular e até mesmo seus opositores passaram a apoiá-lo. No entanto as coisas começaram a não dar certo, pois os preços relativos da economia estavam desequilibrados. Com isso, muitos produtores não puderam reajustar seus preços (que eram corrigidos no início de cada mês) e acabaram perdendo rentabilidade no negócio ou, em alguns casos, ficando com preços mais baixos que os custos. Isso levou à queda na qualidade de diversos produtos.
Além disso, o congelamento não permitiu que os preços que variam de acordo com a época do ano se ajustassem, o que levou ao desabastecimento de alguns bens e o surgimento do ágio para a compra de produtos como carne, leite e automóveis. Para piorar a situação, o governo concedeu um abono de 16% ao salário mínimo e de 8% aos funcionários públicos, o que estimulou o consumo e aumentou a demanda, que não pode ser ajustada por um aumento de preço.
O governo seguia com elevados gastos público e manteve o congelamento da taxa de câmbio, o que levou o país a perder uma parcela considerável das reservas internacionais e os juros da economia estavam negativos o que desestimulava a poupança e pressionava o consumo.
A proximidade das eleições para os governos estaduais impediu a adoção de medidas para salvar o Plano Cruzado. Após a base governista vencer em 22 dos 26 estados, as coisas começaram a mudar. O primeiro passo foi descongelar os preços, mas com isso a inflação voltou com força e naufragou o plano.

Plano Bresser –Julho 1987

Luiz Carlos Bresser Pereira assumiu o Ministério da Fazenda do Governo José Sarney em abril de 1987 após fracasso do Plano Cruzado. Pouco depois de sua posse, a inflação no Brasil atingiu a marca de 23,21%.
Na época, o principal problema do país era o déficit público, com o governo gastando mais do arrecadava. Em apenas quatro meses, essa diferença já atingia 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para tentar solucionar esse cenário, foi criado o chamado Plano Bresser, no qual se instituiu o congelamento dos preços, dos aluguéis, dos salários. Também foi criada a UPR, que serviu como referência monetária para o reajuste de preços e salários.
Para conter o déficit público, foi decidido desativar o gatilho salarial (reajuste dos salários pela inflação), além do aumento de impostos, corte de subsídios do trigo e o adiamento de obras de grande porte já planejadas. O país passou também a negociar com o FMI e suspendeu a moratória.
No entanto, os esforços de Bresser não deram certo e a inflação atingiu 366% em dezembro de 1987. Com isso, o ministro pediu demissão em janeiro de 1988 e foi substituído por Maílson da Nóbrega.

Plano Verão –Janeiro de 1989

Substituto de Bresser na Fazenda, Maílson da Nóbrega lançou no dia 16 de janeiro de 1989 um plano econômico que ficou conhecido como Verão. A crise inflacionária nos anos 80 levou à edição de uma lei que modificou o índice de rendimento da caderneta, promovendo ainda o congelamento dos preços e salários, a criação de uma nova moeda, o cruzado novo, que inicialmente era atrelada em paridade ao dólar, e a extinção da OTN, importante fator de correção monetária.
Mais uma vez as intenções do governo não deram certo e o Plano Verão gerou uma série de desajustes às cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a 20,37%. Esses prejuízos puderam ser reavidos na Justiça até dezembro do ano passado.

Plano Collor –Março de 1990

Anunciado no dia 16 de março de 1990, um dia após a posse do presidente Fernando Collor, o plano foi um conjunto de reformas econômicas que visavam controlar a inflação crescente nos anos anteriores. Oficialmente, o nome do plano era Brasil Novo, mas ficou conhecido popularmente como Plano Collor.
A proposta era combinar a liberação fiscal com a financeira. Para isso, foram adotadas medidas radicais para estabilizar os preços, que foram acompanhadas de programas de reforma da política industrial e do comércio exterior. O governo decidiu também dar início a um programa intitulado Programa Nacional de Desestatização,mais conhecido como PND.
O plano foi efetivamente implementado pela equipe de economistas de Collor, composta por Zélia Cardoso de Mello, Antônio Kandir, Ibrahim Eris, Venilton Tadini, Luís Otávio da Motta Veiga, Eduardo Teixeira e João Maia. Entre as medidas adotadas estavam:
- Substituição do Cruzado Novo pelo Cruzeiro; 
- Congelamento de 80% dos bens privados por 18 meses;
- Taxas elevadas em todas as transações financeiras; 
- Indexação das taxas; 
- Fim da maior parte dos incentivos fiscais;
- Preços reajustados por entidades públicas; 
- Câmbio flutuante;
- Abertura da economia para o comércio exterior; 
- Congelamento temporário dos salários e preços;
- Extinção de agências do governo para a redução de gastos públicos; 
- Estímulo à privatização e início da remoção da regulamentação da economia.
Antes da posse de Collor, o Brasil vivia um processo de hiperinflação, com o índice chegando a uma média mensal de 28,94%. Para conter os preços, a proposta era restringir o fluxo de dinheiro para conter a inflação inercial. No entanto, a queda no comércio gerou uma grande redução da atividade industrial. Em junho de 1990, a inflação estava 9%, contra 81% de março.
No entanto, esse congelamento de ativos, que na prática foi um confisco do dinheiro que a população tinha em conta corrente, começou a gerar outros problemas para a economia. Com um cenário recessivo, as empresas passaram a demitir, muitas fecharam as portas.
No fim de 1990, a inflação já tinha voltado a crescer e fechou o ano com 1.198%. Para tentar reverter a situação, foi lançado o Plano Collor II, que teve uma série de medidas no mercado financeiro que representaram uma política de elevadas taxas de juros. Com um novo congelamento de preços e salários, a inflação fecha 1991 em 481%.
O processo de abertura da economia brasileira obrigou a indústria nacional a investir para se modernizar. No entanto, a inflação seguia um pouco elevada e um escândalo político levou ao impeachment de Collor.

Plano Real – junho de 1993

O Plano Real foi implantado em três etapas e iniciado em 14 de junho de 1993 quando Fernando Henrique Cardoso era Ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco. No ano seguinte foi criada a Unidade Real de Valor (URV) que passaria a ser a nova moeda brasileira posteriormente e que se chamaria Real.
Seu objetivo principal do Plano Real era controlar a hiperinflação, um problema brasileiro estava impedindo o desenvolvimento do país. O momento combinou condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o governo brasileiro lançasse o plano que colocou fim a quase três décadas de inflação.
Apesar do sucesso, o Plano Real enfrentou duras dificuldades, principalmente com a crise dos Tigres Asiáticos (1997) e da Rússia (1998). Com isso, o governo precisou elevar a taxa básica de juros, que chegou a 50% ao ano em setembro. No final de 1998, assinou um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que impunha duras obrigações a serem cumpridas.
Com dificuldades de aprovas medidas importantes no Congresso, como a taxação dos servidores inativos, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso se viu obrigado a abandonar o sistema de bandas cambiais e deixa a taxa de câmbio flutuante (livre). Em apenas dois meses, a moeda brasileira perdeu 40% de seu valor.

Nos anos seguintes a situação ficou sob controle (enrustido), com o Real voltando a ser alvo de especulação em 2002, quando a eleição de Lula à presidência era quase certa. No entanto, em um documento chamado Carta ao Povo Brasileiro, o então candidato se comprometeu a manter os parâmetros da economia brasileira e a situação se acalmou temporariamente!

Hoje, (2015-16) este mesmo partido (PT) comanda o maior esquema de roubo e corrupção aos cofres públicos desestabilizando o País e trazendo índices estarrecedores à combalida e fraca Economia Brasileira com o povo como sempre pagando caro por dívidas e desmandos que não cometeu.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Encerrando Ciclos



É preciso saber: 
Quando uma etapa chega ao final.

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos.

O que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho?

Terminou uma relação?

Deixou a casa dos pais?

Partiu para viver em outro país?

A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã …

Todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo … no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível. é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora.

Soltar.

Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas.  Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”.

Antes de começar um capítulo novo é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época… em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa …

Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos.

Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba.

Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é …


FONTE: Paulo Coelho


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Lagoa Rodrigo de Freitas



Como o destino trágico de um capitão português selou futuro de região mais nobre do Rio de Janeiro.

Os anos 1710 não foram fáceis para o capitão Rodrigo de Freitas. Em 1711, com a segunda invasão francesa ao Rio de Janeiro, os homens de posses foram chamados pela Coroa portuguesa a ajudar a pagar o resgate exigido pelos invasores para que a cidade não fosse bombardeada. Em 1717, morreu sua mulher, Petronilha Fagundes.

Falido e viúvo, Rodrigo de Freitas decidiu deixar o Rio e voltar a Portugal, sua terra, com o único filho e herdeiro, João de Freitas e Castro. A viuvez ajudou a selar o destino do capitão português e da imensidão de terras do engenho que ele possuía na zona sul do Rio, incluindo a lagoa que herdou seu nome, hoje um cartão postal do Rio.

Das terras do capitão também saíram os bairros de Ipanema, Jardim Botânico, Horto, Gávea, Leblon, Lagoa, Copacabana e Fonte da Saudade. A história deles é contada no livro A Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas, dos historiadores Carlos Eduardo Barata e Claudia Braga Gaspar (Editora Cassará).
O livro traz relatos, curiosidades e imagens sobre como o engenho deu origem a uma fábrica de pólvora e depois a vários bairros da região mais nobre do Rio de Janeiro.

O projeto de A Fazenda Nacional foi selecionado pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio e lançado com o selo oficial da Biblioteca Rio 450 anos. É o resultado de uma pesquisa de dez anos dos dois autores, que são primos, cresceram em Ipanema e se dedicam a estudar a história dos bairros do Rio de Janeiro. Juntos escreveram Villa Ipanema, sobre a formação do bairro, e De Engenho a Jardim, sobre o Jardim Botânico. Claudia é também autora de Orla Carioca e Praias do Rio.

Barata, especializado em genealogia, é diretor do Museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e autor do Dicionário das Famílias Brasileiras, entre outros. Com documentos, mapas e 180 ilustrações, o livro é concebido como uma espécie de roteiro histórico, geográfico e sentimental do passado do coração da zona sul carioca.

Piraguá ou Sacopenapã foram os primeiros nomes da lagoa, que depois foi tomando os nomes dos proprietários, como era costume à época. O terreno primeiro pertencia à Coroa Portuguesa, que criou ali, em 1575, o Engenho D'El Rei.

Em 1598 a área foi vendida a Diogo Amorim Soares, e a Lagoa tornou-se conhecida como Lagoa do Amorim. O proprietário vendeu o terreno ao genro Sebastião Fagundes Varella em 1609 e o local passou a chamar-se Lagoa do Fagundes. Em 1707, seu genro, o capitão Rodrigo de Freitas, casado com Petronilha Fagundes, adquire o engenho, que passa a se chamar Engenho da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Com a morte de Petronilha, em 1717, e já com as finanças combalidas depois de ter ajudado a pagar o resgate exigido pelos invasores franceses, o capitão Rodrigo de Freitas retornou a Portugal. Levou consigo o único filho, João, então com 13 anos. Outros três filhos que tivera com Petronilha morreram muito pequenos.

De mudança, o capitão vendeu a parte do terreno que daria origem a Copacabana. Voltou para sua cidade natal, São Martinho de Penacova, e recuperou-se financeiramente em Portugal, pois um capataz contratado por ele para as terras da Lagoa foi arrendando partes da propriedade a várias famílias, o que garantiu a Rodrigo de Freitas e seu herdeiro uma boa renda.

O capitão nunca se casou novamente, concentrando-se na educação do filho e na administração de seus bens. Morreu em 1748.

Segundo os registros da antiga Fazenda Nacional, o espelho d'água da Lagoa tinha 4,48 milhões de metros quadrados. Mas foi sendo sucessivamente aterrado para construções e hoje tem cerca de 2,3 milhões de metros quadrados. No ano 2000, a Lagoa foi tombada pela União e sua geografia é preservada.

Em 1808, com a corte portuguesa de mudança para o Rio fugindo do avanço napoleônico na Europa, a Coroa decidiu construir uma fábrica de pólvora para melhorar as defesas da cidade. Desapropriou o velho Engenho da Lagoa, área ainda pouco povoada e distante do Centro do Rio, e deu ao lugar o nome de Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Na sede do velho engenho foi construída a Fábrica de Pólvora e Munição, que funcionou ali de 1810 a 1828.

Dentro da Fazenda Nacional, D. João 6º criou um Jardim de Aclimação, transformado em Jardim Público e depois no atual Jardim Botânico. O entorno da área era arrendado por famílias abastadas, que mantinham ali suas chácaras, e pequenos arrendatários. Em 1868, eram 153 chacareiros na região.
O portal da fábrica de pólvora sobreviveu à explosão do lugar, em 1831, e marca hoje o acesso ao parquinho infantil do Jardim Botânico. A sede do engenho é a casa-sede do Jardim Botânico. Tudo o que restou da fábrica está tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Quando a Coroa desapropriou as terras do engenho da Lagoa Rodrigo de Freitas, em 1808, foi estabelecido que os herdeiros do capitão seriam indenizados. Mas o pagamento demorou: só em 1827 a indenização foi paga. Faltava ressarcir o que era do Município do Rio, que também possuía terras ali. Apenas em 1869 foi quitada, com apólices da dívida pública, a dívida da União com o Município.

A partir do último quarto do século 19, foram estabelecidas regras para a venda dos terrenos da Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas, possibilitando que os arrendatários se transformassem em proprietários. Com a República (1889), os arrendatários foram sendo definitivamente chamados a pagar à União pelas terras, ou instados a devolvê-las. Acelera-se então o processo de formação dos bairros de todo o entorno da Lagoa.

"Dessa convulsão da área da Fazenda Nacional da Lagoa Rodrigo de Freitas, na virada do século 19 para o 20, quando todos os terrenos são remidos (quitados) ou devolvidos à União, resultará a sua transformação de uma propriedade de economia rural em uma área urbana, origem de muitos dos atuais bairros da zona sul carioca", contextualiza o livro.

"O Barão de Ipanema, por exemplo, que já havia comprado uma parte da área de Copacabana junto com Constante Ramos, compra também a faixa entre o Arpoador e o Jardim de Alá e manda urbanizar a região, que chamou de Villa Ipanema, em 1894", conta o historiador Carlos Eduardo Barata, autor, junto com Claudia Gaspar, de Villa Ipanema, lançado em 1994, quando o bairro completou cem anos.

Já a Gávea, segundo Claudia Gaspar, começou a se separar mais cedo, com a criação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Gávea, em 1873. Aos poucos também foram se instalando na região do Horto e do Jardim Botânico muitas fábricas de tecido, como São Félix, Carioca e Corcovado.

Por decreto, foram concedidos privilégios de isenção de impostos sobre importação de materiais de construção e de concessão de terrenos e edifícios às empresas que se propusessem a construir casas populares.

Dentro do terreno da antiga Fazenda Nacional estão algumas preciosidades arquitetônicas. Uma delas é a Capela de Nossa Senhora da Cabeça, uma das mais antigas capelas do Rio. Foi erguida no princípio do século 17, na chácara da Cabeça, uma das muitas que foram surgindo na área, e hoje está dentro da maternidade Melo Mattos, no Jardim Botânico.

Foi num passeio na Chácara da Cabeça que a escritora e artista britânica Maria Graham se apaixonou pela vista da lagoa e se inspirou para desenhar, em 1821, uma panorâmica do local, em sépia e bico de pena. Maria Graham, a Lady Calcott, foi preceptora da princesa Maria da Glória, filha de D. Pedro 1º e futura rainha de Portugal. O desenho pertence ao acervo do British Museum e é uma das 180 ilustrações de A Fazenda Nacional.

Outra construção importante é o Solar Grandjean de Montigny, onde morou o arquiteto francês August Henry Grandjean de Montigny. Depois de chegar ao Brasil com a Missão Artística Francesa, em 1816, o arquiteto francês adquiriu na Gávea um sobrado construído no século 18 pelo português Joaquim Pereira da Cruz.

A data exata da construção do solar que serviu de residência a Grandjean de Montigny é muito discutida até hoje. Segundo Carlos Barata e Claudia Gaspar, que tiveram acesso à escritura de compra da propriedade, Montigny se estabeleceu lá em 1817, mandando depois reformar o imóvel e incorporando a ele elementos da arquitetura neoclássica, da qual foi um grande mestre.

Lá, o arquiteto viveu com a família por muito tempo, e aos poucos foi vendendo partes do terreno. O solar fica hoje dentro da área da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e pertence à universidade.

O Leblon herda o nome do nobre francês Emmanuel Hippolyte Charles Toussiant Le Blon de Meyrach, o Charles Leblon. Ele chegou ao Rio por volta de 1839 e foi proprietário da Cia. de Seguros Marítimos.

Comprou um sem-número de propriedades na região, conhecida pelo nome de Caminho da Restinga – que, com o tempo, passou a ser chamar Caminho do Leblon, embora o nobre francês tenha morrido sem ter a oportunidade de ver seu nome de família perpetuado no bairro, conta A Fazenda Nacional, citando o clássico História das Ruas do Rio de Janeiro, de Brasil Gerson.

Já Ipanema surge como um bairro planejado. Satisfeito com o investimento que fizera para abrir várias ruas no novo bairro de Copacabana (lembrando que essa foi a primeira área a ser vendida por Rodrigo de Freitas, logo que se mudou para Portugal), o Barão de Ipanema (José Antônio Moreira Filho) teve boas razões para comemorar a chegada do bonde à região, em 1892, passando pelo Túnel Velho (entre Botafogo e Copacabana).

Decidiu então investir em outra área desmembrada da velha Fazenda Nacional, a área da praia Funda. Em sociedade com o coronel Antônio José da Silva, começou o novo empreendimento: um bairro planejado em toda a extensão de areia entre Copacabana e Leblon. Em abril de 1894 foi lavrado o auto de fundação da Villa Ipanema.

Morador de Ipanema, o escritor e jornalista João do Rio (João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto, 1888-1921) era apaixonado pelo bairro e trouxe para conhecer o lugar a bailarina Isadora Duncan. Num artigo de 1917, intitulado Praia Maravilhosa, o cronista descrevia as belezas do lugar e o encanto de Isadora Duncan pela ainda pouco conhecida Ipanema.

Narra João do Rio: "O Rio entendeu-se pelas praias. Contornou o Pão de Açúcar e continuou no Leme, em Copacabana. O novo bairro é o derradeiro ponto dessa reticência de casarias. Mas é o ponto final mais formoso de uma cidade – uma nova cidade toda bela num pedaço de terra tão linda, que, sem exageros, é impossível contemplar sem lhe dar o verdadeiro nome: a Praia Maravilhosa".







terça-feira, 15 de setembro de 2015

saga musical




Vamos imaginar um músico e o seu dia a dia, sua rotina de aulas, trabalhos de estúdio, GIGS da night, viagens, apresentações... Nada fácil, não é? 

Agora vamos imaginar esse mesmo músico, sendo uma pessoa com deficiência? Sim, isso mesmo: uma pessoa com deficiência física. Quais seriam os obstáculos e as maiores dificuldades para essa pessoa ser bem sucedida em sua carreira musical? Pois então, eis um caso real, vindo do Rio de Janeiro: o músico e baterista Túlio Fuzato. Ele é bi-amputado dos membros inferiores, publicitário, casado com Lia Campos e pai de seis filhos (sendo quatro deles, enteados). Perdeu as pernas depois de um mal súbito, que causou um desmaio à beira da plataforma do Metrô, no Rio de Janeiro, em junho de 2003. Túlio foi protetizado e voltou a tocar bateria.

A reabilitação foi na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no bairro Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Lá, Túlio aprendeu a andar com as próteses e conheceu a esposa. Mas sentia que ainda faltava algo: a música.

Durante algum tempo, ele tocava apenas para si: teclado, guitarra, contrabaixo. Mas sentia saudade mesmo da bateria. Alguns amigos inconformados diziam que ele deveria voltar a tocar. Ele havia acabado de colocar as próteses e sentou-se no banquinho da bateria. Túlio diz que foi experimentando timidamente um pedal aqui, uma pisada ali, até que finalmente conseguiu dominar os rudimentos simples no bumbo e no par de pratos. Conseguiu sair tocando.

Os treinos causavam cãibras e muitas dores, pois mesmo cumprindo a carga de fisioterapia prevista, ele tinha que fazer um grande esforço para acionar o coto femural para tocar. A coxa tocava a perna com o joelho mecânico. O joelho mecânico acionava o pé protético. E o pé acionava a sapata do pedal do Bumbo. Dessa forma, Túlio usava três novos equipamentos para conseguir Bumbo e contra-tempo na parte inferior da bateria.

Foi dessa habilidade e da força de vontade ferrenha que fizeram sair um show de Classic Rock em uma casa noturna na zona sul do Rio. Tudo parecia fácil enquanto estava sentado atrás do instrumento. As pessoas chegavam, sentavam nas mesas reservadas e nem percebiam que na bateria havia uma pessoa com deficiência física.

Alguns conhecidos sabiam da condição de Túlio e ao final, invadiram o palco para abraçá-lo e cumprimentá-lo. Aqueles que o viram pela primeira vez levantando, saindo do instrumento com um par de muletas, ficaram estarrecidos. Não acreditavam que uma pessoa com deficiência poderia estar ali tocando aquele som na bateria. 

Certamente o mercado musical alternativo da noite carioca passou despercebido de tudo isso, pois a função do músico é ensaiar para tocar perfeitamente no dia do show. Porém, o mundo não é adaptado ou totalmente acessível e isso não poderia ser diferente com os estúdios, palcos, gravadoras ou barzinhos. Se o músico já tem que "ralar" para chegar no local, principalmente o baterista, levando pratos pesados, stands e caixa, imagine um bateria com um par de muletas.

Túlio conta que enfrenta a todo tempo escadas, sobrados e palcos com até 60cm de altura sem rampa para acessar. E isso não chega nem perto do preconceito que existe com as pessoas com deficiência. Ele comenta que certa vez estava no Studio XYZ e o rapaz da técnica havia chegado atrasado e todo esbaforido perguntou quem era o baterista. Apontaram para Túlio, que estava recostado em uma parede descansando tranquilamente as muletas. O rapaz arregalou os olhos e se retirou. Túlio sentou-se na bateria, largou as muletas, armou os pratos e começou a ensaiar. Ao término do ensaio, o rapaz da técnica foi até Túlio com os olhos marejados e chorando, porque jamais teria acreditado que uma pessoa sem as duas pernas poderia um dia sonhar em estar ali, como um músico profissional.

Certamente muitos outros fatos se passaram e hoje Túlio consegue encarar algumas situações de forma natural, mas sempre necessita de ajuda de amigos para montar o kit ou levar os pratos. Túlio conta que já trocou algumas experiência com Marcelo Yuka e Helbert Viana, aprendeu bastante com eles e com a forma como encaram a dificuldade de acesso nos palcos dessa vida musical.

Além da bateria, um outro instrumento de trabalho é o carro adaptado. Com ele, pode viajar por tudo e encarar os GIGS (trabalho musical pago, na linguagem dos músicos). No momento, Túlio está dando aulas, fazendo palestras e workshops. Toca exclusivamente nos redutos de Blues e Rock e sente-se plenamente realizado, reconhecido lá fora como "the amputee drummer". 

Por isso Túlio deixa uma mensagem: ninguém está livre de uma "catástrofe", de um desastre em suas vidas. Mas sejam fortes, perseverantes e nunca desistam de seus sonhos. Vão aparecer anjos em forma humana no seu caminho.

Túlio Fuzato é carioca, baterista e músico profissional. Tem 58 anos (2015), é bi-amputado dos membros inferiores, usa próteses, é publicitário e designer gráfico.
CONTATO:

FOTOS: (um click dentro da imagem para ampliar) -------