quarta-feira, 30 de março de 2022

O MAIOR LADRÃO DO MUNDO

"O TRISTE FIM DO MAIOR LADRÃO DO MUNDO!"

Autora: (Natália Ramos Costa)

O maior ladrão do mundo está a caminho de uma severa demência.

Roubou, matou, mentiu, sempre acreditando na própria mentira.

Antes, durante e após a prisão, esteve sempre convencido de que era e é um herói, o único salvador do Brasil, um semi-deus.

Saiu da prisão, convicto de que seria ouvido, acatado, respeitado, endeusado.

Todavia, em todos os lugares para onde vai, é expulso pelo povo, sob vaias e gritos:

"Luladrão, seu lugar é na prisão!!”

Vários Estados Brasileiros já declararam:

“Aqui, ele não entra”.

Nem o mais mal formado espírito, nem a pior e mais gelada consciência humana é capaz de suportar o peso de uma vida tão errada, tão cheia de crimes, de mentiras e de roubos, nunca confessados, nunca admitidos, sempre vigorosamente negados, sempre desmentidos, até a exaustão.

Esse conflito interno é dele e irá dilacerá-lo, cada vez mais. E não lhe será aliviado, enquanto persistir nessa mentira deslavada, nesse mantra de que é inocente, nesse ódio venenoso, nessa tresloucada arrogância, nessa ridícula e risível megalomania.

Ele não consegue acreditar no que está acontecendo à sua volta. Isso deve parecer-lhe um pesadelo.

Então, prefere o caminho do ataque.

Ataca, desesperadamente, Jair Messias Bolsonaro, para tentar, também, desesperadamente, convencer os seus adeptos de que ele é o bom, o certo, o “deus salvador”.

Cada vez mais enfurecido, cada vez mais odioso, cada vez mais repugnante... Ele está tão irado, tão fora de si, tão desequilibrado, que não consegue perceber que, desta forma, afasta esse mesmo povo pelo qual ele quer ser cada vez mais paparicado, pelo qual ele tanto deseja ser endeusado.

Vejam o abismo entre a expectativa dele e a realidade que está enfrentando...

Pouco a pouco, a ficha do ladrão caindo, ele vai enlouquecendo, porque nunca se preparou para ser desprezado e humilhado.

Pelo contrário, tudo o que fez foi inflar, mais e mais, o seu ego do tamanho do mundo e chamar de quadrilha os Juízes e Procuradores da Lava-Jato.

A ambição e a ganância desmedidas do maior ladrão do mundo vão levá-lo a um fim trágico! Ele mesmo é quem está buscando isso.

Esse verme fez muito mal ao Brasil!

Lula vai enlouquecer de vez, abandonado pelos seus companheiros, pelos seus aduladores e até mesmo pelos seus familiares, que têm vergonha da sua sombra.

Vai se transformar numa “carniça”, cheia de vermes... e que federá, cada vez mais...

Quando ele entender que o povo ACORDOU, que o povo tem consciência de que ele é o ladrão, ele vai parar num hospício. E que os seus seguidores "cegos"... o sigam.

Esse será o triste e merecido fim do “MAIOR LADRÃO DO MUNDO”.

sábado, 26 de março de 2022

UKRANIA??? ARMAS QUIMICAS???

FONTE: https://realrawnews.com/2022/02/putin-tells-trump-were-burning-the-trash-biolaboratories-destroyed/

RICARDO SALES TRADUZ A PÁGINA  PARA O PORTUGUÊS.

Finalmente surge uma explicação real para o início desta guerra. 

A EXISTÊNCIA DE VÁRIOS LABORATÓRIOS, INCLUSIVE SUBTERRÂNEOS, ONDE A NOM  (NOVA ORDEM MUNDIAL)- CRIAVA ARMAS BIOLÓGICAS CONTRA A RÚSSIA, VIA SUBORNO AO PRESIDENTE UCRANIANO.

Atenção, esta notícia é MUITO IMPORTANTE porque pode explicar o verdadeiro significado da intervenção russa na Ucrânia. Confirmando os muitos rumores que circularam nos dias de hoje, através de canais do Telegram, como Simon Parkes, o site de inteligência militar Real Raw News, publicou há poucos minutos que Putin ligou para Donald Trump em várias ocasiões, desde o início da invasão, para informá-lo sobre os detalhes do curso das operações.

Ontem, ele lhe disse, sempre segundo o Real Raw News, que suas tropas já destruíram 13 laboratórios de armas biológicas em toda a Ucrânia, alguns deles subterrâneos, por isso tiveram que realizar várias explosões para considerá-los destruídos.  

Putin tem informações de que o Instituto de Saúde dos EUA, o Instituto de Saúde Francês e o Centro Alemão de Pesquisa de Doenças Infecciosas   contribuíram com bilhões dos contribuintes desses países para a Ucrânia, para desenvolver armas biológicas, que o próprio presidente Zelensky participou de subornos.  

Putin prometeu mostrar provas do que diz no devido tempo.  (Meus seguidores no Telegram vão lembrar que na quarta-feira um deputado ucraniano acusou o presidente Zelensky de ter uma conta milionária no paraíso fiscal da Costa Rica, o que se encaixa perfeitamente.

Putin disse a Trump que vem alertando Zelensky desde fevereiro de 2020 que, se ele não desmontasse esses laboratórios, ele mesmo o faria, então ele é o único culpado pelo que está acontecendo.   

Certamente, alguns de vocês leram que ontem o exército russo tomou uma pequena ilha pertencente à Ucrânia no Mar Negro, chamada Ilha da Serpente.  Bem, de acordo com informações de Putin coletadas pelo Real Raw News, naquela ilha o Mossad israelense estava desenvolvendo uma arma biológica devastadora, que se espalharia pelo ar que mataria 100% dos afetados.  

Sempre de acordo com esta crônica, a versão que tem circulado de que os habitantes da ilha mandaram os marinheiros russos para o inferno é verdadeira.  

Depois de verificar que eles não queriam desistir da ilha/laboratório que guardavam, o navio Slava, iniciou um bombardeio da ilha que aniquilou todos os guardiões.

Pela crônica, parece que a marinha russa usou armas térmicas, já que Putin disse a Trump que eles verificaram que as armas biológicas foram completamente destruídas.

Finalmente, Putin garante que eles estão apenas atirando em alvos militares e, de fato, nenhum edifício residencial foi afetado em Kiev e a energia nem sequer foi cortada.

Portanto, estamos todos claros sobre o que Putin está fazendo: SALVAR A HUMANIDADE.

FONTE: https://realrawnews.com/2022/02/putin-tells-trump-were-burning-the-trash-biolaboratories-destroyed/

A Rússia não é a União Soviética e Vladimir Putin não é Stalin.

O USA é mais uma das nações virtuosas.

Só existe a Rússia, China e a Liga Árabe capaz de enfrentar a NOM.

O comunismo tem outro nome, se chama progressismo, seu berço é a Europa.

O Brasil está no radar da NOM e toda a esquerda, o STF e mídia brasileira estão prontos a entregá-lo pela metade do preço que o presidente Tiririca da Ucrânia entregou seu país.    

Se Bolsonaro não tivesse corrido para fazer aliança comercial e militar com Putin, nem eleições teríamos.

Tirem as máscaras de pano e as que encobrem a verdade.

Pela primeira vez na vida encarem a realidade nua e crua, a NOM (nova ordem mundial)  está pronta para instalar um governo hegemônico mundial e o Brasil será a horta deles.

O comunismo se transmutou, voltou para o seu berço europeu, agora não prega mais lutas de classes e sim pautas identitárias das minorias racionais, sexuais, prega a morte de Deus, ou seja, a fé das pessoas e a submissão de todas as nações a uma minoria com poder e dinheiro capaz de submeter toda a humanidade.


#tuliofuzato R.I.P. Taylor Hawkins


My tribute and homage - R.I.P. Taylor Hawkins 26-03-2022
WARNING ==============
My ROCK drum COVER **Copyright Notice** We do not claim ownership of this song. All material is the copyrighted property of its respected owner(s). Copyright Disclaimer Under Section 107 of the Copyright Act 1976, allowance is made for "fair use" for purposes such as criticism, comment, news reporting, teaching, scholarship, and research. Fair use is a use permitted by copyright statute that might otherwise be infringing. Non-profit, educational or personal use tips the balance in favor of fair use.  if the video was a copyright problem I will immediately delete it.
Watch too: 


terça-feira, 22 de março de 2022

#tuliofuzato (autoral) REDUNDÂNCIAS FATAIS


















Use fones de ouvido!!! Queridos amigos (migas). Mais um "playalong" do #tuliofuzato batera "perneta" tocando uma "muzikinha" pra vocês em primeira edição! 
©2022 Crazy Sound Records Brazil.
Dear friends (and girls). One more DRUM "playalong" by #tuliofuzato #theamputeedrummer playing a new track for you in the first edition! 
USE EAR-PHONES

segunda-feira, 21 de março de 2022

Brain Salad Surgery - E.L.P.











https://www.youtube.com/watch?v=p4fVQkL08Uo

Emerson, Lake & Palmer

Brain Salad Surgery

1973
A primeira vez que escutei o som do EL & P fiquei assustado, nunca havia sequer imaginado aqueles sons de teclados, ruídos eletrônicos e o trovoar dos tambores de Carl Palmer, tudo soando como uma sinfonia de outro mundo. Eu não entendia e, cada frase que se sucedia, cada célula sonora passava velozmente, não havia tempo para assimilar. Busquei a compreensão daquilo tudo, ouvindo, ouvindo e tornando a ouvir de novo, até me tornar admirador do trio. Depois me afastei por anos, até redescobri-los em meados dos anos oitenta, passados mais de dez anos daquela primeira audição.
Falo de um tempo, em que ouvir um álbum musical era um ritual sagrado, uma espécie de rito de passagem da adolescência para a vida adulta. A geração atual, sem qualquer resquício de crítica ao "modus vivendi", sequer consegue ouvir uma faixa inteira no aplicativo, também não há tempo para isso, nem a interação social necessária à descoberta das coisas. Sabe-se através de um aplicativo, ouve-se através de um aplicativo e comenta-se através de outro aplicativo. Normal.
Depois de um certo tempo na estrada, a banda ganhou facilidades de acesso à bons estudios e pode se dedicar a desenvolver o seu som, pensar em um programação visual e, em temas para suas longas peças sonoras, pois, tudo isso começava a fazer parte de toda a cultura em torno da música. Não bastava juntar alguns rostos bonitos, roupas da moda, um bom release e lançar um grupo. Precisava que soubessem tocar bem, compor e ter uma personalidade sonora. Poucos grupos ousaram se aproximar do proposto por Emerson, Lake & Palmer. Talvez, o Triunvirat , quem sabe o Kraftwerk, de maneira mais sintética. Fundaram uma gravadora com o nome de "Manticore", o mitológico ser com cabeça de homem e corpo de leão, e, daí em diante fizeram história dentro da música progressiva, fundindo elementos de musica clássica, sinfônica, de câmara, com o peso dos teclados, sintetizadores e mini-moogs, com espaço para lindas melodias acústicas cativantes.
Em Brain salad surgery, tem uma peça musical chamada "Karn evil 9", dividida em quatro movimentos distintos e conceituais, justamente aquele que me assustou na primeira audição. Essa peça musical, suíte, como se chama esse modo, tem mais de meia hora de duração, ocupava um lado inteiro do álbum em vinyl e, uma vez que você entra nela, está enfeitiçado, fadado a nunca mais esquecê-la.
A gravura original da capa, foi alterada, pois, segundo os magnatas da Atlantic, era pornografica demais. Os originais, após uma exposição em Praga, desapareceram misteriosamente. A história e interessante, vale a pesquisa. O autor da arte foi o artista Suiço, H.R. Giger, o mesmo que desenhou o monstro para o filme Alien, o predador.
Bom s((((o)))))m

#tuliofuzato REMINISCÊNCIAS BANAIS

A saga de Lee Kerslake do UH

 FONTE: https://www.maquiavelli.com/entrevista/lee-kerslake-sua-historia-e-a-ultima-entrevista


LEE KERSLAKE: SUA HISTÓRIA E A ÚLTIMA ENTREVISTA

LEE KERSLAKE: SUA HISTÓRIA E A ÚLTIMA ENTREVISTA

Dave Ling

Em 2019, Lee Kerslake sentou-se para sua ultima entrevista. Ele falou sobre o Uriah Heep, a luta e o perdão aos Osbournes e sua batalha contra a doença.

É o início de fevereiro de 2019. Pode ser o último fevereiro que Lee Kerslake verá. Mas, considerando tudo o que ele passou, ele está indo muito bem. Diagnosticado com câncer de próstata em 2014, ele está aguentando firme, embora recentemente, com a doença se espalhando por todo seu corpo, um médico o tenha aconselhado a cuidar de seus assuntos legais nos meses seguintes.

“Eu tenho câncer nos ossos, um tipo complicado que é muito desagradável”, ele confidencia, aparentemente sem uma centelha de emoção. "Foi direto pra minha espinha. Cinco anos atrás, disseram que eu teria só mais quatro anos de vida. O câncer está com força total, e agora estou com diabetes, artrite psoriática (uma condição dolorosa que causa inflamação das articulações) e sopro no coração. Mais uma e eu teria acertado no caça-níquel.”

A risada seca a seguir parece genuína. “Não tenho escolha a não ser rir”, ele dá de ombros. “E é claro que a música me ajuda a continuar lutando contra isso.”

“Estou vivendo um tempo emprestado”, ele continua. “Tenho mais entre quatro ou cinco meses. Na próxima semana, eles vão me dar uma droga nova e não testada. É muito, muito forte e extremamente cara”. Minha resposta foi: “Oh, que bom, deve funcionar. Isso é uma piada, claro - ninguém sabe o resultado”.

O aparente bom humor de Kerslake é quase surpreendente. Tendo sido forçado a abandonar o Uriah Heep há cerca de 12 anos, ele e sua esposa Susan agora vivem em um apartamento modesto situado a poucos passos de um dos parques públicos mais bonitos da Grã-Bretanha, o Crystal Palace. A primavera está se aproximando quando o baterista e compositor me encontra na estação de metrô com seu carro. Ele brinca que parece um aleijado.

Estas palavras parecem estranhas vindas do cara que em seu auge era tão poderoso e corpulento que seus colegas do Uriah Heep o apelidaram de O Urso. E ainda, apesar de tudo que está passando, Kerslake exala um ar de paz e contentamento. O que ele não projeta é tristeza, autopiedade ou constrangimento (da perspectiva do entrevistador, pelo menos) que você pode esperar durante uma conversa com um homem moribundo. Se há um impulso extra para ele, é graças a Sharon e Ozzy Osbourne.

Seis meses atrás, tal declaração teria sido ridícula. Em 1980, após oito anos com o Heep, Kerslake juntou-se a Ozzy, recém-saído do Black Sabbath, no novo grupo Blizzard Of Ozz. Após desempenhar um grande papel no sucesso fenomenal da banda, Kerslake e o baixista Bob Daisley foram, nas palavras de Lee, "expulsos porque Sharon queria integrantes mais novos", e suas contribuições para um segundo álbum, Diary Of A Madman (https://youtu.be/7mskHNJtfBQ), para o qual Kerslake insiste que co-escreveu várias faixas, mas não foi reconhecido (Daisley também reivindicou o crédito de co-produção). Então, o baixista Rudy Sarzo e o baterista Tommy Aldridge foram contratados para a turnê seguinte.

Kerslake e Daisley alegam que não receberam os royalties de desempenho, embora tenham recebido algum dinheiro para escrever. Quando os dois lados se entrincheiraram - Kerslake e Daisley protestando ruidosamente, os Osbournes em feroz oposição, alegando que Lee e Bob eram simplesmente empregados contratados - uma amarga rixa começou.

Em 1986, a dupla processou a Jet Records, a empresa por trás dos dois álbuns, e venceu. Mais tarde, descobriu-se que a equipe de Osbourne havia comprado os direitos dos dois primeiros álbuns, rebatizando-os como lançamentos solo de Ozzy. Então Lee e Bob processaram os novos proprietários, e perderam o prazo em que eles precisavam levar o caso ao tribunal.

Para piorar a situação, quando os dois álbuns foram relançados em 2002, a seção rítmica de Ozzy era formada pelo baixista Robert Trujillo (agora no Metallica) e o baterista Mike Bordin (anteriormente no Faith No More) que tinham feito overdubs para as partes antigas. As performances originais foram restabelecidas quase uma década depois, mas a maioria considerou isso um golpe baixo - uma brincadeira mesquinha que muitos achariam impossível perdoar. E, no entanto, foi exatamente isso que Kerslake fez. Mas, foi um longo caminho.

A conciliação começou a menos de um ano, quando Kerslake escreveu um apelo, no leito de morte, para Ozzy e Sharon, solicitando os discos de platina recebidos por Blizzard Of Ozz e Diary Of A Madman.

Posteriormente, Lee divulgou um comunicado: “A vida é muito curta e tenho muita admiração por Sharon como mulher de negócios. Gostaria de pensar que ela, Ozzy e eu somos amigos.” Funcionou. Sharon ligou para o empresário de Lee, aparentemente "com uma lágrima nos olhos", atendendo ao pedido e transmitindo os melhores votos de Ozzy. Os preciosos discos não demoraram a chegar.

Com óbvio contentamento, Kerslake mostra uma carta manuscrita de Ozzy e a lê em voz alta. O tom é bastante amigável. Escrita antes do cancelamento forçado da recente turnê, Ozzy se refere as suas próprias doenças e lamenta que o tempo passou desde que se encontraram pela última vez - “deve ter pelo menos trinta e cinco anos ou mais” - encerrando com as palavras: “Deus te abençoe, e fique em paz.”

Embora a carta não traga nenhuma referência à culpa nem a desculpas por qualquer transgressão passada, apenas recebê-la satisfez Kerslake.

“É isso aí”, diz ele, sorrindo. “Tudo está feito e encerrado.” As pessoas têm direito a algum ceticismo. Depois do rancor, ressentimento e iniciativas rudes ao longo de quatro décadas, a maioria das pessoas não conseguiria simplesmente perdoar e esquecer o ocorrido de maneira tão simples.

“Sei que estou morrendo, não quero mais guardar rancor”, explica Lee pacientemente. “Quero ir embora com a consciência tranquila. Eles, Ozzy e Sharon, sabem que não tenho muito mais tempo. Os discos são tudo que eu queria.”

Os royalties pendentes também teriam sido bons, certo?

“Eu não quero o dinheiro deles ou qualquer conflito com isso”, diz ele, “embora, é claro que algum valor poderia ter sido útil, mas não vai acontecer”, ele responde com a voz serena.

“Isso é tudo”, acrescenta ele, apontando para o outro lado da sala onde está o pacote contendo os discos que chegaram da Califórnia. “Eu continuei insistindo para consegui-los. Lutei na justiça, e, ao fazê-lo, perdi uma fortuna.”

A derrota de Kerslake e Daisley no tribunal para Ozzy e Sharon provavelmente desempenhou um papel na lamentável espiral descendente de Lee, que foi obrigado a declarar falência e perder sua casa.

“Em termos de saúde, tudo piorou depois”, ele concorda. "Mas eu vou viver com isso e morrer com isso."

E você realmente os perdoou? Sete anos atrás, você disse a um entrevistador: “O fato é que Sharon é má, e eu não sei por qual motivo ela odeia Bob e eu”.

"Olha, água suficiente passou por baixo da ponte e estou disposto a esquecer a parte desagradável. A carta foi o suficiente para eu dizer que o ódio acabou.”

Como que para provar isso, alguns dias depois dessa entrevista, e após o último capitulo da novela Osbournes, Kerslake foi ao Facebook para implorar: “Gente, por favor, esqueçam Sharon. Ozzy está muito doente e ela já tem problemas suficientes para lidar.”

Isso é digno de nota. Lee Kerslake viveu uma vida extraordinária. Ele nasceu em Winton, perto do Canal da Mancha, em 1947. Sua primeira banda significativa foi The Gods. Um grupo de talentos excepcionais, em um momento ou outro sua formação incluiria o baixista Greg Lake, o futuro guitarrista dos Rolling Stones Mick Taylor, o guitarrista Alan Shacklock, que se tornaria uma estrela com o Babe Ruth, os irmãos Glascock, Brian e John (este último se juntaria ao Jethro Tull), o futuro cofundador do Uriah Heep, Paul Newton e, mais significativamente do ponto de vista do baterista, o tecladista Ken Hensley.

Este último, extravagante, excepcionalmente talentoso e propenso a exibições de megalomania - durante seus últimos dias com o Heep, o tecladista, guitarrista e compositor exigia seu próprio equipamento de iluminação pessoal - estava destinado a se tornar uma figura fundamental na sorte de Kerslake.

Ao longo de mais de meio século, a dupla tem sido irmãos de sangue, bem como inimigos jurados, e todos os estágios intermediários possíveis. A banda inicial, The Gods gravou três álbuns, incluindo o último com o provocativo nome Orgasm, e desfrutou de uma residência de sucesso no clube Marquee de Londres, ganhando a principesca soma de 25 libras por semana. Então, na época do Natal de 1969, Hensley partiu para se juntar ao embrionário Uriah Heep (então ainda conhecido como Spice).

Embora a ascensão do Uriah Heep, ao longo de três álbuns, tenha sido gradual, em 1972 o grupo estava à beira do precipício. Seu selo, o Bronze Records, quase os demitiu.

Mesmo assim, eles lançaram dois álbuns por ano e passaram os 11 meses restantes em turnê. O terceiro álbum, Look At Yourself de 1971, finalmente os colocou no Top 40 da Inglaterra. As portas também estavam se abrindo na América do Norte, onde a banda de apoio era o Kiss. E embora o Heep tenha começado mal com a imprensa americana (um crítico da Rolling Stone prometeu: “Se essa banda fizer sucesso, cometerei suicídio”), um respeito relutante estava crescendo. Kerslake estava tocando com a National Head Band quando foi convidado para se juntar ao Uriah Heep no final de 1971. Ele se sentiu mal por ter deixado seus colegas em apuros - isso até que lhe disseram quanto ele iria ganhar.

Décadas depois, é difícil explicar como o Uriah Heep se tornou grande em um curto período de tempo. Essa rápida ascensão teve muito a ver com a qualidade estelar de seu carismático frontman, David Byron.

“Quando David estava em forma, não tinha pra ninguém”, exclama Kerslake. “Ele era único e não tinha medo de nada. Lembro-me de quando abrimos para Rod Stewart, que era um dos melhores showmen do momento. Depois que terminamos, Rod perguntou: ‘Como diabos ele consegue cantar assim?’”

Quando o público descobriu o Uriah Heep, com o álbum Demons And Wizards, foi uma virada de esquina. No entanto, quando o sucesso chegou, quatro quintos da banda e Gerry Bron da Bronze Records estavam em desacordo. Como chefe da gravadora, produtor e empresário, Bron tinha se colocado em três canoas, algo que Kerslake pensa que hoje seria considerada uma prática "ilegal".

“Havia um conflito de interesses”, afirma Lee. “Gerry e eu nunca nos demos bem. Batíamos de frente em quase todos os passos do caminho, eu admito.”

Com Ken Hensley tendo assumido o papel de compositor líder, Bron encorajava a produtividade de sua galinha dos ovos de ouro, embora, é claro, essa predileção era percebida pelo grupo que se dividia em brigas individuais, incluindo uma rivalidade entre Hensley e o cada vez mais obstinado e autodestrutivo Byron.

David Byron foi demitido após o álbum High And Mighty de 1976. O baixista Gary Thain havia morrido de overdose de heroína, mas, já sofria com a saúde debilitada após sofrer um choque elétrico no palco, algo que o guitarrista Mick Box sempre atribuiu à carga de trabalho imposta a eles. Kerslake não era o único que reclamava do estado das coisas, mas sua voz ainda era ouvida.

“Ken queria controlar a banda, mas não conseguia, comigo e Micky por perto”, ele suspira agora. “Mas houve momentos em que eu tinha de dizer a Micky: ‘Não posso lutar sozinho contra todos os problemas, porque não tenho forças’. Isso me fez deixar a banda. E fiquei feliz por ter feito isso.”

Tudo veio à tona em outubro de 1979. Kerslake ainda ferve ao relatar sua primeira saída do Uriah Heep - pelas mãos de Gerry Bron, embora as ordens tenham vindo de Ken Hensley.

"Bron me chamava de irrelevante", ele ferve. “Era um homem que tirou cinquenta por cento de nossos ganhos, e parou de nos pagar por um ano para financiar seu projeto de companhia aérea. Finalmente eu mandei enfiar a banda na bunda dele - era o único lugar onde caberia.”

Lee estava iniciando seu projeto solo quando recebeu um telefonema do promotor de shows alemão, Ossy Hoppe, informando que Ozzy Osbourne tinha uma nova banda, mas não tinha baterista.

“O que aconteceu: - e esta é a verdade absoluta – eu fiz um teste com eles e eles fizeram um comigo”, diz Lee. “Eu não voltaria à outra banda para ser tratado novamente como um cidadão de segunda classe. Eu conhecia Bob desde seus dias com o Widowmaker, mas nunca tinha visto ou ouvido Randy Roads antes. Randy era um pequeno garoto, magro e simpático.

“Bob e Randy estavam se preparando quando cheguei ao estúdio”, continua ele. “E então Ozzy chegou - com o cabelo cortado e vestindo um casaco de pele, ele parecia um urso pardo.”

Lee lembra que depois de tocar um único número, possivelmente I Don't Know (https://youtu.be/JNm6bucMPmY), “Randy deu um pulo no ar e gritou: 'Nós temos um baterista fudido!'”, acendendo uma amizade calorosa entre o baterista inglês e o guitarrista prodígio da Califórnia.

Embora a composição de debut estivesse "quase concluída" quando Kerslake se juntou ao Blizzard Of Ozz, ele adicionou partes de bateria e deu sugestões de letra e música. Quando o chefe da Jet Records, Don Arden ouviu isso, ele ordenou: “Volte direto para o estúdio e grave de novo, porque você vai ficar pelo menos um ano e meio em turnê na América”.

E assim foi. Kerslake e Daisley se tornaram bodes expiatórios quando Sharon Osbourne exigiu que a banda fizesse dois shows por dia em certas cidades. Todos os outros - incluindo Ozzy e Randy - se opuseram à proposta, mas como Lee havia sido o mensageiro, sua testa estava carimbada. Ozzy dizia: “Não, não, simplesmente não consigo fazer” e “começava a se cagar”, insiste Lee.

Este foi um ponto estranhamente vulnerável para Ozzy, que no início da carreira solo parecia não ter a confiança necessária. “Ele sempre estava com os nervos à flor da pele antes de subir ao palco,” Lee concorda. “Mas uma vez lá em cima, ele se tornava o personagem que conhecemos.”

O guitarrista de dedos ágeis e com formação clássica logo se tornou um sucesso, sua técnica imaginativa levou a revista Guitar Player a votá-lo como o Melhor Novo Talento de 1981. Sempre buscando melhorar, Randy procurava professores de violão clássico quando estava na estrada. Kerslake não tinha dúvidas de que, se Rhoads não tivesse morrido tragicamente no acidente de avião durante a turnê de Diary, a estrela em desenvolvimento teria se afastado do rock para outra área da música.

“Mesmo antes de Bob e eu sermos despedidos, Randy havia confidenciado a um amigo de Bob que iria deixar a banda”, afirma Lee. “Ele queria ensinar violão clássico. Mas é claro que ele nunca teve essa chance. O que aconteceu - subir em um avião, com um piloto cheio de cocaína, que deu um rasante em que a asa pegou no ônibus da turnê - foi completamente estúpido. Mas Randy estava indo embora, não havia dúvida disso. E ele teria obtido sucesso em qualquer coisa que fizesse.”

Lee viveu intensamente a composição do álbum Diary Of A Madman, e afirma que teve participação na maioria de suas oito canções, embora isso não tenha impedido sua demissão implacável antes da segunda turnê. No entanto, logo após ser dispensado, ele retornou a um Uriah Heep reconstituído e revitalizado no álbum Abominog de 1982.

“Micky Box queria juntar a banda novamente. Oh, como eu amei aquele período e o Abominog, ”Lee exclama feliz. O motivo era simples: “Não havia Gerry Bron!” ele diz, rindo alto. “Gerry havia avisado: ‘Não gosto dessas músicas’. E embora o álbum tenha saído pela Bronze, ele não era o produtor. Abominog foi um disco de muito sucesso para nós.”

O álbum Abominog e seu sucessor Head First permitiram que o Uriah Heep entrasse na década de 1980, renovado e contemporâneo. Seguiram-se bons e maus momentos, mas mesmo em uma época ruim da banda durante o início dos anos 90, a lealdade de Lee permanecia inquestionável.

Em 2004, ele fez parte do Living Loud, um projeto com Bob Daisley, a dupla do Deep Purple, Steve Morse e Don Airey, e o cantor australiano Jimmy Barnes.

Porém, em 2007, o declínio da saúde o forçou a se afastar de seu amado Uriah Heep pela última vez.

“Essa foi a coisa mais difícil que já fiz, mas eu sabia que estava doente”, ele suspira. “Eu estava tão cansado que estraguei tudo no palco - não conseguia me lembrar de uma das músicas. Tive de confessar a Micky Box: ‘Não consigo mais tocar, amigo. Há muitas coisas erradas comigo. 'Então, fui a Portugal para fazer uma pausa, quando voltei os médicos me disseram que eu estava com câncer.”

Passei por sessões de quimioterapia, “que deram um pouco errado”, e um período de tempo em isolamento. Kerslake se lembra que estava no hospital e decidiu que estava farto, e informou à equipe médica que estava indo para casa: “Um médico lhe disse: ‘Faça isso e você estará morto quando chegar lá’. Bang - foi quando caiu a ficha. Disseram que minha condição era pior do que ter AIDS. Um pequeno resfriado e eu era um caso perdido.”

O Heep colocou Russell Gilbrook como substituto de Kerslake. Doze anos e quatro álbuns depois, Gilbrook permanece no grupo, que passou por mais um renascimento, incluindo o álbum Living The Dream do ano passado. O sempre franco Kerslake elogia seu sucessor, mas admite que demorou a aceitar seu estilo.

“No início, Russ parecia um lunático do The Muppet Show, mas ele aprendeu a suavizar”, diz ele, sorrindo. "Agora ele é tremendo."

Enquanto ainda estava com o Uriah Heep, apesar de ter jurado que nunca aceitou a "trapaça" do passado ("Ken se tornou cristão - que besteira! Ele fez coisas más", Lee uma vez trovejou), Kerslake acabou perdoando Hensley, quando o tecladista fez uma aparição com a banda em um evento chamado The Magician's Birthday Party, em Londres no ano de 2001.

“Ken veio aos ensaios e me deu um grande abraço. Fiquei tão feliz que o ressentimento acabou”, lembra Kerslake. “Nós dois sofríamos com essa negatividade. Estava na hora de deixar para lá.”

Kerslake e Hensley apareceram juntos novamente com o Uriah Heep no ano de 2015 em um show na cidade de Moscou, tocando ao lado da formação atual.

“Eu adoraria ter feito mais alguns shows, mas não havia condições”, diz o baterista, com tristeza. Kerslake fez outra participação especial com o Uriah Heep, aparecendo nos bastidores do show da banda em Shepherd's Bush Empire, Londres, em dezembro de 2018. Poucos dias depois dele anunciar sua doença terminal, não havia um olho seco na casa, pois ele fez backing vocals em Lady In Black (https://youtu.be/N0H48bpJziQ) com Box e o vocalista Bernie Shaw, e também se juntou a Gilbrook na bateria para bater alguns pratos.

“Foi uma linda experiência, mas de volta ao camarim eu desabei e chorei”, diz ele. “Eu dei quarenta anos da minha vida a essa banda, e saber que não resta muito mais tempo” Sua voz embarga. “Eu ainda adoraria fazer algo maior com Micky e Ken.”

A reconexão de Kerslake com Hensley é tal que, se houver tempo, fala-se em trabalhar juntos novamente em algum projeto. Enquanto isso, há uma ideia de crowdfunding para um documentário autobiográfico. Intitulado Not On The Heep, que nasceu de maneira aleatória depois que Kerslake conheceu a atriz britânica indicada ao BAFTA e diretora Tayla Goodman no Crystal Palace Park.

O documentário contará com as participações de Joe Elliott, do Def Leppard, e Ian Paice, do Deep Purple. O projeto já tem “dois terços concluídos”, e Lee espera incluir David Gilmour, Gene Simmons, Paul Stanley e vários outros amigos músicos.

“O objetivo do filme é a amizade”, explica Lee. “Estou enfatizando a camaradagem entre músicos que permanecem companheiros, mesmo quando não se falam por vinte ou trinta anos.”

Ele também pensa em um novo álbum de estúdio chamado Eleventeen.

“É uma variada mistura de estilos, de uma balada sobre minha mãe a uma música onde eu canto chamada A Port And A Brandy”, ele revela. “Com todas as minhas doenças, levei três anos e meio para fazer. O ideal é que o documentário e o álbum sejam lançados simultaneamente, e estou orgulhoso deles.”

Além do reconhecimento de Ozzy, Kerslake voou em janeiro de 2019 para a Califórnia, pois ainda foi incluído no Hall Of Heavy Metal History (Bob Daisley, não podendo comparecer, enviou John Sykes como representante).

Os olhos de Kerslake ameaçaram produzir lágrimas durante nossa conversa de hoje, mas, no momento há em seu rosto um sorriso enorme.

“Estou sorrindo porque vi a vida”, explica ele. “Eu estava a algumas centenas de metros de distância quando aqueles aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas em 11 de setembro (Lee estava em Nova York lutando contra os Osbournes naquele dia fatídico de 2001). A experiência teve um grande efeito sobre mim.”

Se fosse possível voltar e alterar algumas coisas ao longo do caminho, quais seriam?

“Não acho que mudaria nada, exceto as doenças”, diz ele. “Cometi meus erros e tentei aprender com eles.”

Quando era muito jovem, Kerslake era agressivo e otimista. Hoje sua calma interior e dignidade impressionam.

“Eu era cheio de energia naquela época; Eu poderia ficar três dias sem dormir. Mas nunca expandia meu ego. Eu sempre estava sozinho.”

É justo dizer que você era impulsivo e mal-humorado na juventude?

"Talvez", diz ele, sorrindo. “Eu perdia a cabeça porque sempre sabia o que queria - e não gostava que as pessoas ficassem no meu caminho.”

Como você gostaria de ser lembrado?

“Como um dos grandes bateristas do rock e também como compositor”, é a resposta solene. “Sou pouco apreciado como escritor. As pessoas simplesmente não sabem que eu, Randy e Bob escrevemos o álbum Diary Of A Madman. Espero que as pessoas pensem em mim como um ser humano decente. Não acho que sou um idiota, eu me gosto."

O perdão para Ozzy e Sharon e também para Hensley é uma coisa, mas Kerslake se recusa a estendê-lo ao empresário Gerry Bron, que faleceu em 2012.

“Eu poderia falar para sempre sobre como Gerry roubou a banda e a mim, mas ele está morto agora”, afirma ele. "Deixe-o descansar em paz, e eu vou continuar vivo enquanto puder."

Preparando-me para me despedir, pergunto onde ele pendurará seus preciosos discos de platina.

“No quarto, para que eu possa vê-los quando eu cair no sono e de novo pela manhã”, ele responde. “Trabalhei duro para eles, então por que não?”

Fonte: Classic Rock Magazine