quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Carta de Célio Cézar de Moura

"Enquanto em alguns a fé diminui por causa do sofrimento, em outros o sofrimento diminui por causa da fé."
"O homem sem confiança vê em cada ocasião uma adversidade; o homem de fé vê em cada adversidade uma ocasião."

O procedimento habitual da fé apresenta uma dificuldade inicial que a fria razão não ajuda a superar.
Ela quer que ame para conhecer.
O que se orienta pela razão, ao contrário, quer conhecer antes de amar.
Embora seu comportamento seja exatamente o oposto quando ele se apaixona por uma pessoa.

O amor conhece por intuição, antes de conhecer distintamente com a razão.
"Quem disse que o Amor é cego? Ele é o único a ver com clareza onde os outros não vêem nada. É a paixão que é cega."

Deus é Amor.

I Jo 4, 16
" Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele."


Quanto ao perdão, é dia a dia. A Palavra de Deus ( Bíblia ), na verdade só fala de duas coisas até o fim. Do amor e do perdão.
Fica firme, vale a pena, apesar das lutas. Não há vitória sem batalha.
Aproveito aqui e lhe mando umas frases de Pe. Pio, pois muito nos fala à nossa alma o que esse homem deixou escrito das suas experiências sobrenaturais; esse homem que tinha uma intimidade com Deus muito grande.
Este sim, é um GRANDE mensageiro, escolhido a dedo pelo próprio Deus.

No entanto, esforce-se para executá-los (os afazeres) um depois do outro, o melhor que puder, e aplique neles fielmente o vosso espírito, mas com doçura e suavidade. Se Deus lhe conceder bom resultado, bendiga-o, se não aprouver concede-lo, bendiga-o da mesma forma. Deve bastar-lhe ter se esforçado para conseguir êxito, porque o Senhor e a própria razão não lhe pedem os efeitos, mas a aplicação, o empenho e a diligencia necessária. Tudo isso depende de nós, o sucesso, não.

Continue a oferecer ao Senhor o sacrifício da sua vida e tudo o que vem suportando e Jesus continuará a dominar o seu coração como verdadeiro soberano que é.

Não há nada que possa e que faça secar tanto o leite e o mel da caridade quanto a amargura, as aflições, as melancolias.

Uma outra imperfeição deve ser observada. A multiplicidade e a dificuldade dos afazeres - não o resultado infeliz produzido pelos seus esforços - muitas vezes causam perturbações no ânimo e estas nada mais são do que tantas impaciências e ressentimentos, coisas, todas, que desagradam a sua divina majestade.

O vício da vanglória é de se temer tanto mais quanto menos virtude contraria houver para combatê-lo. Na verdade, todo vicio tem o seu remédio e a virtude contrária: a ira se apavora com a mansidão, a inveja com a caridade, a soberba com a humildade, e assim por diante; mas a vanglória, por sua vez, é a única que não tem virtude contrária que a combata. Ela se insinua nos atos mais santos; e até na própria humildade, se não se estiver prevenido, ergue, soberba, a sua tenda.
( Trechos tirados das cartas escritas por Pe.Pio )

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