segunda-feira, 5 de julho de 2010

O INVENTOR DO BUMBO DUPLO

O baterista de jazz Louie Bellson, que tocou com artistas como Duke Ellington, Count Basie, Benny Goodman e com a sua falecida esposa, Pearl Bailey, morreu neste sábado (14 de dez. 2009), aos 84 anos. Bellson morreu no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, devido a complicações do mal de Parkinson após a fratura da bacia em novembro, de acordo com sua esposa, Francine. A carreira de Bellson se estendeu por mais de seis décadas, tocando em mais de 200 álbuns de grandes nomes do jazz incluindo Tommy Dorsey, Harry James, Oscar Peterson, Woody Herman, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Dizzy Gillespie e Louis Armstrong. Foi através de Ellington que ele conheceu Bailey, cantora e atriz da Broadway. Ballson casou-se com ela em 1952, e quando Bailey morreu em 1990 aos 72 anos, ele disse ao jornal “Philadelphia Daily News” que havia “perdido sua melhor amiga”.
Bumbo duplo
Ele foi nomeado um “mestre do jazz” em 1994 pelo National Endowment for the Arts, nos EUA, que disse que ele foi “um dos melhores bateristas de big bands durante as eras do swing e do post-swing, e que é conhecido pela sua técnica precisa e pela invenção da bateria com bumbo duplo”. Bellson escreveu mais de 1.000 composições e arranjos para diversos gêneros, incluindo jazz, swing, peças de orquestra, sinfonias e balés. Como escritor, publicou mais de uma dezena de livros sobre bateria e percussão. Seu último disco, “Louie & Clark expadition 2”, com o trompetista Clark Terry, foi lançado em 2008.
Balassoni
Ballson nasceu em 1924, na cidade de Rock Falls, em Illinois, filho de imigrantes italianos cujo sobrenome originalmente era Balassoni. Ele disse à revista eletrônica “Jazz Connection” que foi hipnotizado pelo som dos tambores quando seu pai o levou a uma parada de rua quando ele tinha 3 anos. Seu pai, que chegou a abrir uma loja de músicas, ensinou o filho a tocar bateria e outros instrumentos. Bellson estava ainda na adolescência quando começou a desenvolver a técnica da dupla de bumbos, e dois anos depois ele ganhou o concurso de bateria Slingerland National Gene Krupa. “Eu sempre fui da opinião de que tudo que um baterista realmente precisa é de um bumbo, uma caixa, alguns tom-toms, um prato de condução, outro prato de ataque, baquetas e vassourinhas”, disse Bellson à “Jazz Connection”. “Se você não consegue se virar com isso, é melhor voltar para a escola. O bumbo extra é a cobertura do bolo. Não significa que todo baterista precisa tocar com o bumbo duplo. Para mim, funciona”.

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