DE MUITO INTERESSE PARA QUEM SE INTERROGA SOBRE O ASSUNTO!
Talvez por há muitos anos ter lido Spinoza confesso que, na minha maneira de pensar e de sentir, me identifico com quase todo o texto do "Deus segundo Spinoza", daí o nunca me ter sentido atraído por nenhuma religião estabelecida.
Este descendente de judeus portugueses que, devido a perseguição religiosa, tiveram que emigrar para a Holanda (sec. XVI), e cujo pai, um próspero comerciante, esperava vir a vê-lo como próspero rabino, interessava-se mais pela verdade e veio a ser um racionalista crítico dos dogmas da ortodoxia religiosa e excomungado da Sinagoga.
Interessou-se, como a maioria de nós, vitalmente por três questôes:
1 - Em que espécie de mundo vivemos ?
2 - Quem ou o que nos pôs aqui ?
3 - Porquê ?
Quando perguntaram a Einstein se acreditava em Deus, respondeu:
- " Acredito no Deus de Spinoza que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa em premiar ou castigar os homens".
O DEUS DE SPINOZA.
Estas palavras são de Baruch Spinoza, filósofo judeu que viveu em Portugal. Na Holanda, por suas idéias, foi excomungado pelos rabinos judeus. Viveu no séc. XVII. Este texto foi chamado de "Deus segundo Spinoza" ou "Deus falando consigo".
Pára de rezar e bater no peito. O que eu quero que faças é que saias pelo mundo, desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a estes templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nas praias. Aí é onde eu vivo e expresso o meu amor por ti.
Pára de me culpar pela tua vida miserável; eu nunca te disse que eras um pecador.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar dos teus amigos, nos olhos de teu filhinho... não me encontrarás em nenhum livro ...
Pára de tanto ter medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem me incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso castigar-te por seres como és, se sou Eu quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar para queimar todos os meus filhos que não se comportam bem pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita o teu próximo e não faças aos outros o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção à tua vida; que teu estado de alerta seja o teu guia.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Pára de crer em mim ... crer é supor, imaginar.
Eu não quero que acredites em mim.
Quero que me sintas quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cão, quando tomas banho de mar.
Pára de me louvar! Que tipo de Deus ególatra acreditas que Eu seja? Sentes-te grato?
Demonstra-o cuidando de ti, da tua saúde, das tuas relações, do mundo. Expressa tua alegria! Essa é o maneira de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. Não me procures fora! Não me acharás.
Procura-me dentro ...
aí é que estou, dentro de ti."