O CÉU e o INFERNO!!!
Em 01/08/1865 Allan Kardec lança a 1° edição do Livro "O Céu e o Inferno". Carinhosamente trazemos uma pequena reflexão:
“A lâmpada do corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas” - (Mateus 6:22-23).
Eis aqui o início do nosso Céu ou nosso Inferno.
Nossos olhos são seletivos, focalizamos apenas o que queremos ver.
Escolher focalizar o lado melhor, mais bonito, mais vibrante, das coisas, das pessoas é certamente uma escolha mais favorável para nós.
Tanto o céu quanto o inferno, são estados d´alma que nós próprios elegemos no nosso dia a dia a partir do que observamos e que irão tomar proporções maiores de acordo com nossas escolhas, determinando o princípio de nossa felicidade ou desgraça.
No céu estaremos todas as vezes que estivermos em harmonia com as Leis Divinas.
Nosso empenhado no sentido de praticar todo o bem que esta ao nosso alcance mesmo que não sejamos reconhecidos ou retribuídos da mesma forma, de procurarmos sempre nosso aprimorarmos espiritual, nos dará consciência tranquila pelo dever cumprido.
A Justiça Divina nos possibilita, a qualquer momento, imprimir novo rumo à nossa vida. Nada é eterno, senão o Bem.
"Permanecer na sombra ou na luz, na dor ou na alegria, no mal ou no bem, é ação espiritual que depende de nós." E mais, "O céu começará sempre em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um." - Emmanuel.
Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.
- Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.
O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse: - Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável.
- Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada.
Você é uma vergonha para a sua classe.
O samurai ficou enfurecido.
O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva.
Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
- "Aí começa o inferno", disse-lhe o sábio mansamente.
O samurai ficou imóvel.
A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara.
Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.
O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.
O velho sábio continuou em silêncio.
Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.
Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:
"Aí começa o céu".
Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir na própria intimidade.