segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

NÃO PRECISAMOS MAIS DISSO

Outro dia, eu estava procurando um documento importante que havia guardado na gaveta anos atrás, e que agora necessitava para concretizar um negócio.
Aquela gaveta estava lotadinha até a tampa. A gente foi revirando tudo afim de achar mais rapidamente o documento, mas havia muita coisa por cima.
Então começamos a retirar tudo da gaveta e aproveitamos para ir separando o que achávamos para tentar organizar a bagunça.
Encontramos cupons antigos sem validade. Pilhas velhas descarregadas. Cartões de Telefone usados. Extratos antigos de conta corrente encerrada. Um monte de guardanapos com número de telefones sem nome.
Tampinhas de perfume. Bula de medicamentos amarelados. Envelopes com radiografias antigas, e exames de laboratório de dez anos atrás. Cartuchos vazios de impressoras fora de linha. Relógios e óculos quebrados.
E então... O Documento que havia-mos guardado que praticamente, era a única coisa com importância naquela gaveta.

Olhamos aquela bagulhada inútil, organizada em montinhos ao lado da cama, e dissemos: "NÃO PRECISAMOS MAIS DISSO!"

Na verdade, nós precisamos de muito menos do que pensamos que é preciso para vivermos e sermos felizes.
Temos no entanto, a mania de juntar, acumular, guardar, armazenar coisas na nossa vida, nas nossas "gavetas da alma" como se dependêssemos verdadeiramente delas para sermos felizes amanhã ou depois de amanhã.
A gente se apega a muitas coisas como para materializar e prender junto a nós, lembranças de momentos felizes, ou nem tanto, para de vez em quando, olharmos para aquelas coisinhas e resgatarmos os eventos.
Mas por incrível que possa parecer, acabamos fazendo isso com as coisas que nos causam mal. Objetos que nos remetem a dias difíceis e a momentos dolorosos muitas vezes.
Torna-se uma mania cruel para com as nossas próprias mentes porque nos aprisionam a essas lembranças das quais, NÃO PRECISAMOS MAIS DISSO! .... Lembra?
São fardos pesados demais, que ocupam espaços em nossas almas e tornam ainda os nossos dias um grande e enfadonho arrastar.
Muitas vezes até, transferimos de gavetas ao invés de simplesmente abandoná-las, lançá-las fora na lixeira do esquecimento e vamos carregando o fardo que era somente de hoje, para o dia de amanhã e depois de amanhã.
Ao invés disso, cometemos sistematicamente, a estupidez de revirar essas coisas que nos magoam, e as ressentimos ao trazê-las a nossa memória.
A Lixeira é o lugar da mágoa de hoje. Não devemos levá-la para o dia de amanhã, pois a mágoa, o problema, a dor, o mal de amanhã é para amanhã.
Verifique diariamente suas "gavetas " e faça uma faxina nelas. Lembre-se: NÃO PRECISAMOS MAIS DISSO!
Tenha coragem e seja ousado: Jogue fora sem dó ou piedade. Perdoe-se e se livre delas sem culpa. Afinal de contas: NÃO PRECISAMOS MAIS DISSO, né?

"Se confessarmos os nossos pecados, ELE é Fiel e Justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça."

Gerson Pallazo
http://gersonpalazzo.blogspot.com/2011/01/nao-precisamos-mais-disso.html

BIG BROTHER BRASIL

(Luiz Fernando Veríssimo)
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço... A  décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, ... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros ... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE ...
 Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis???
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados .....
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa ... ,  ir ao cinema ... , estudar. .. , ouvir boa música ... , cuidar das flores e jardins ... , telefonar para um amigo ... , visitar os avós ... , pescar ... , brincar com as crianças ... , namorar. .. ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

domingo, 30 de janeiro de 2011

A BATERIA


No início do século XX, as bandas e orquestras tinham duas ou três pessoas responsáveis pela percussão. Geralmente era uma na caixa, outra no bumbo e uma terceira que tocava blocos de madeira ou pratos de metal para amplificar a gama de efeitos sonoros. Para tentar visualizar melhor, basta imaginar o funcionamento de uma “fanfarra” daquelas que tocam no desfile de sete de Setembro. Tem um sujeito com o bumbo marcando o tempo, outro fazendo firulas com a caixa e um que de repente nos brinda com uma bela “pratada” ensurdecedora!!!

Enfim, fato é que alguém inventou uma peça que permitia a mesma pessoa tocar a caixa com as mãos e o bumbo com os pés. Essa peça é o PEDAL. Inicialmente feito de madeira, ele foi aperfeiçoado tempos depois e passou a ser feito de aço para que possibilitasse sua comercialização a um preço acessível.
Para facilitar ainda mais a vida do baterista, surgiu a ESTANTE DA CAIXA, que possibilitou o seu apoio direto ao chão, deixando ainda mais ágil as mãos de seu condutor, que passou a poder se arriscar mais e a criar melhor.
Essa estante deu origem à idéia do SUPORTE DOS PRATOS, permitindo assim que o músico conseguisse acioná-los (os pratos) com auxílio de sua baqueta.
Tudo isso possibilitou que uma pessoa realizasse o serviço de três, o que facilitava a presença da banda ou orquestra nos palcos e teatros que foram se tornando cada vez menores.

A partir daí, o instrumento ficou em constante evolução e a cada dia surgem peças e engenhocas com timbres e funções diferentes que vem complementar a sonoridade deste potente instrumento. Além disso, a técnica de execução desenvolvida pelos músicos também apresentam constante evolução.
Nomes como BILLY COBHAM, CARL PALMER, STEWART COPELAND, ajudaram a difundir o instrumento se utilizando de técnica mais apurada e a frente de seu tempo. No mundo do rock temos um sem número de exímios bateristas, mas podemos colocar o nome de NEIL PEART do RUSH como uma referência em técnica, inovação e precisão durante os anos 70, além do lendário JOHN BONHAM, do Zeppelin, que iniciou suas atividades na banda a partir da segunda metade da década de 60.
Nos anos 60, KEITH MOON (THE WHO) rouba a cena e mostra toda sua versatilidade e agressividade com performances arrasadoras e atléticas. Ele sempre se disse muito influenciado por GENE KRUPA (1909 – 1973), um espetacular baterista de JAZZ, que foi o pioneiro na utilização do pedal de bumbo, sendo o primeiro a fazer gravações com um kit de bateria completo em 1927. Ele também foi professor de PETER CRISS (do KISS).

Outro que marcou época ainda nos anos 60 foi MITCH MITCHELL, que tocava com JIMI HENDRIX. Muito influenciado pelo JAZZ FUSION, ele criou um estilo próprio para acompanhar toda a genialidade de Hendrix e o fez com muita personalidade. Um baterista a frente de seu tempo.
Os anos 80 e 90 nos trouxeram uma infinidade de excelentes músicos, como TOMMY ALDRIDGE e sua técnica de solos “sem baqueta”, COZY POWELL, que começou com o RAINBOW ainda nos anos 70 e veio a participar das maiores bandas a partir de então. Além desses, nomes como LARS ULRICH, NICKO MCBRIAN, entre outros, ajudaram a caracterizar o HEAVY METAL da época, servindo como influencia para importantes músicos que surgiram posteriormente.

Com certeza muitos nomes importantes ficaram de fora e espero que vocês me perdoem por isso (a intenção era falar um pouco do instrumento exemplificando com alguns de seus maiores representantes), mas todos eles merecem nosso respeito e admiração, afinal a bateria é o que dá corpo e pulsação a qualquer estilo musical, além de sugar seu condutor antes, durante e depois do show ........

NOS QUIOSQUES DA LAGOA

QUIOSQUES DA LAGOA - MPB, Bossa & JAZZ - Tulio Fuzato numa canja com a Dupla: Fábio (voz e violão) + Glauco Cachorrão (Batera e voz) - Quiosque Caipirinha & Filé no Parque dos Patins - Lagoa - Rio - 29-01-2011 - presença de vários amigos entre eles Marcelo Carvalho e Norminha Beatriz - Linda noite de verão, digo: um calorão!!! - CLIQUE DENTRO DA FOTOS P AMPLIAR - watch the youTube clip!























RAÍZES PROFUNDAS

É bastante comum se ouvir pessoas maduras afirmarem que sofreram muito em sua infância ou em sua adolescência e que, de maneira alguma, desejam o mesmo para seus filhos.

Recordam terem iniciado cedo a trabalhar para auxiliar nas despesas do lar, dos desejos que jamais foram concretizados, como a bola de futebol, a bicicleta nova, a viagem de recreio.

Lembram de certas privações, de não terem tido privacidade quando gostariam, porque necessitavam dividir o quarto com os irmãos, pela falta de espaço na casa dos pais.

Recordam e recordam, com certa amargura, o que lhes constituiu dificuldades e reafirmam que tudo farão para que seus filhos não tenham que experimentar nada daquilo.

Por isso mesmo, crescem os meninos e meninas sem maiores problemas.

Vão a escola, levam dinheiro para o lanche, nem sempre saudável, viajam nas férias, brincam e folgam.

Nada lhes falta, para que não sofram, para que não se frustem, para que não tenham decepções.

Nada em esforço lhes é exigido.

Nada que desejem deixam de receber.

Vendo tantos pais assim procederem, nos recordamos de um médico americano que, além de curar os seus doentes, tinha por objetivo transformar o terreno de sua casa em uma floresta.

Vivia a plantar árvores.

Bastava retornar do hospital e das visitas rotineiras aos pacientes, para se enfiar em um macacão, colocar um chapéu de palha à cabeça, luvas nas mãos e sair para o quintal.

O inusitado não era o passatempo do médico mas a forma como ele tratava as árvores novas.

Ele não as regava.

Dizia que regar as plantas fazia com que crescessem com raízes superficiais.

As árvores que não eram regadas, dizia, necessitavam criar raízes profundas para procurar umidade.

Isto lhes concedia maior firmeza.

Falava com as árvores e as motivava a crescerem fortes, a fim de enfrentarem os ventos frios, as tempestades.

E as árvores se tornavam rijas, parecendo dizer que as adversidades e as privações as tinham beneficiado.

Nossos filhos, como as árvores do bom médico, talvez encontrem adversidades na vida.

Talvez tenham que percorrer caminhos difíceis, enfrentar ventos frios de solidão, de desesperança.

Eles também necessitam criar raízes profundas, de modo que não sejam abatidos quando as chuvas caírem e os ventos soprarem fortes, tentando derrubá-los.

Aprendamos a dizer não, vez ou outra, a fim de que os nossos filhos aprendam que nem tudo lhes estará sempre disponível.

Mesmo que não seja necessário, confiemos a eles tarefas, exigindo que as executem, para treinar responsabilidade.

Em síntese, ensinemos nossos filhos a andar sozinhos, a enfrentar problemas, a lutar pelo que desejam, para que enrijeçam o caráter e cresçam fortes como o carvalho e sejam firmes como a rocha.

Pais e mães reflitamos no fato de que criamos nosso rebentos para a vivência do mundo, na sociedade.

Assim, ofertemos a eles a melhor estrutura, ensinando-os a cooperar no lar, para que aprendam amanhã a cooperar no mundo.

Pensemos nos tempos difíceis do mundo e preparemos nossos filhos para que os enfrentem com vigor.

Ocupemos as suas mãos com o trabalho honrado, coloquemos em suas mentes a luz do evangelho e os ensinemos a valorizar o tempo, o dinheiro, a saúde, a inteligência, tudo enfim de que sejam dotados.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

SILÊNCIO INTERIOR

A Sabedoria do Silêncio Interno - (texto TAOÍSTA traduzido para o Português)

Fica em silêncio, cultiva teu próprio poder interno. Respeita a vida dos demais e de tudo que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-te em teu próprio Mestre e deixa os demais serem o que são, ou o que têm a capacidade de ser.

Fale apenas quando for necessário. Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso já que cada vez que deixas sair uma palabra, deixas sair ao mesmo tempo uma parte de seu Chi (energia).

Desta maneira, aprenderás a desenvolver a arte de falar sem perder energia. Nunca faças promessas que não possas cumprir.

Não te queixes, nem utilizes em seu vocabulário, palavras que projetem imagens negativas porque se produzirão ao redor de ti, tudo o que tenhas fabricado com tuas palavras carregadas de energia.

Se não tens nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor se calar e não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O próprio Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque o universo aceita, sem condições, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas palavras, nossas ações, e nos envia o reflexo de nossa própria energia através das diferentes circunstâncias
que se apresentam em nossas vidas.
LEI de AÇÃO e REAÇÃO - X - CAUSA e EFEITO (que são Leis Divinas)!!!

Se te identificas com o êxito, terás êxito. Se te identificas com o fracasso, terás fracasso. Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteudo de nossa conversa interna.

Aprende a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem prejuizos.Porque sendo como um espelho sem emoções aprendemos a falar de outra maneira.

Com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com suas opiniões pessoais e evitando que tenha reações emocionais excessivas, simplesmente permite uma comunicação sincera e fluida.

Não te dês muita importância, e sejas humilde, pois quanto mais te mostras superior, inteligente e prepotente,
mais te tornas prisioneiro de tua própria imagem e vives em um mundo de tensão e ilusões.

Sê discreto, preserva tua vida íntima, desta forma te libertas da opinião dos outros e terás uma vida tranquila e benevolente invisivel, misteriosa, indefinivel, insondável.

Não entres em competição com os demais, torna-te como a terra que nos nutre, que nos dá o necessário.

Ajuda ao próximo a perceber suas qualidades, a perceber suas virtudes, a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos .

Tem confiança em ti mesmo. preserva tua paz interior evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros.

Não te comprometas facilmente, se agires de maneira precipitada sem ter consciência profunda da situação, vais criar complicações.

As pessoas não tem confiança naqueles que muito facilmente dizem “sim” porque sabem que esse famoso “sim” não é sólido e lhe falta valor.

Toma um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta a ti e só então tome uma decisão. Assim desenvolverás a confiança em ti mesmo e a Sabedoria.

O fato de não saber é muito incômodo para o egoSe realmente há algo que não sabes, ou não tenhas a resposta a uma pergunta que tenham feito, aceite o fato. Porque ele gosta de saber tudo, sempre ter razão e sempre dar sua opinião muito pessoal. Na realidade, o ego nada sabe simplesmente faz acreditar que sabe.

Evite julgar ou criticar, Deus é imparcial em seus juizos não critica a ninguem, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julgas alguem a única coisa que fazes é expressar tua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruido. E dificilmente modificará a pessoa julgada.
Julgar, é uma maneira de esconder tuas próprias fraquezas.

O Sábio a tudo tolera, sem dizer uma palavra. Recorda que tudo que te incomoda nos outros é uma projeção de tudo que você não venceu em si mesmo.

Deixa que cada um resolva seus problemas e concentra tua energia em tua própria vida.
Ocupa-te de ti mesmo, não te defendas. Quando tentas defender-te na realidade estás dando demasiada importância às palavras dos outros, dando mais força à agressão deles. (Os outros não vão mudar teu destino) só Deus e você tem e esse poder!

Se aceitas não defender-te estarás mostrando que as opiniões dos demais não te afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessitas convencer aos outros para ser feliz. Teu silêncio interno o torna impassível. Faz uso regular do silêncio para educar teu ego que tem o mal costume de falar o tempo todo.

Pratique a arte do não falar. Toma um dia da semana para abster-se de falar. Ou pelo menos algumas horas no dia, segundo permita tua organização pessoal. Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, ao invés de tentar explicar com palavras o que é o TAO.

Progressivamente, desenvolverás a arte de falar sem falar, e tua verdadeira natureza interna substituirá tua personalidade artificial, deixando aparecer a luz de teu coração e o poder da sabedoria do silêncio. Graças a essa força, atrairás para ti tudo que necessitas para tua própria realização e completa liberação.

Porem tens que ter cuidado para que o ego não se infiltre … O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio. Se teu ego se impõe e abusa desse Poder o mesmo Poder se converterá em um veneno, e todo teu ser se envenenará rapidamente.

Fica em silêncio, cultiva teu próprio poder interno. Respeita a vida dos demais e de tudo que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-te em teu próprio Mestre e deixa os demais serem o que são, ou o que têm a capacidade de ser. Dizendo em outras palavras, viva seguindo a vida sagrada do TAO.



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"a chave"

Há dias, determinado pastor da igreja "XYZ" vem querendo falar comigo .... querendo dar um toque!!!
E ontem finalmente eu conseguí achar o Pastor "XXX" .... (ele pediu que eu o procurasse)!!!
A conversa foi que algum engraçadinho repassou um texto meu do BLOG em que fala profundamente sobre REENCARNAÇÃO!!!
O referido Pastor veio me dizer que na Bíblia não existia tal coisa e que eu estava no caminho errado.
Eu conjecturei educadamente dizendo que foi simplesmente ARRANCADO DAS ESCRITURAS pois era a toda a chave da vida e da morte ....
É possivel que eu receba retaliações no grupo de que faço parte (isso não seria uma atitude normal e nem Cristã) .... mas veja vc que eu só estou tocando uma vêz por mês no grupo de Louvor  e outros bateristas estão com uma escalação semanal cheia .... alguns fiés (Fãns ehehehe) vieram perguntar o que tava acontecendo:
eu educadamente e discretamente disse que o Diácono "X" simplesmente esqueceu de me incluir nos Louvores semanais .... ehehehehe ....
Mas quero dizer à vc irmão, que isso não muda a minha FÉ e minha fidelidade à Deus e a razão deu ainda estar aquí no plano terra!!! ....... porque morte e reencarnação são apenas portas dimensionais.
EIS-ME AQUÍ SENHOR ..... VIGIAREI O MEU CORAÇÃO!!!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PARE de RECLAMAR

Por Gilclér Regina

Você conhece alguém que faz sucesso? Repare se ele fica reclamando por tudo ou por nada… Quem faz sucesso é porque trabalha, é focado e vibra com o que vive e faz.
Quase toda família tem um chupim, um comedor do biscoito dos outros…
Para quem não conhece a história do chupim, trata-se de um pássaro que vive na região sul do Brasil, feio que dói e didáticamente falando é um pássaro preto, cuja fêmea tem como disposição pôr os seus ovos no ninho do tico-tico que, inadvertidamente, lhe cria os filhotes.
Assim como existem milhares de empresários e profissionais de mesa de bar que na ótica certeira do publicitário Nizan Guanaes estas pessoas são encontradas na sexta-feira no happy hour dizendo que vão revolucionar o mundo, penso eu, principalmente depois do segundo copo, mas na segunda-feira esse povo NUNCA está trabalhando.
É como aquele tio maluco, um verdadeiro “homem dos milagres” que no churrasco de domingo tem respostas para tudo, resolve o problema da economia, do país, do mundo, das empresas… E na segunda-feira nunca é encontrado para trabalhar.
São pessoas acostumadas a ganhar as coisas, a fazer cortesia com o chapéu alheio, a transferir o problema, sem ética e aí… Adeus sucesso!
Na verdade, estas pessoas reclamam mas não fazem nada. Os motivados fazem, os desmotivados reclamam. Quem quer arruma um jeito, quem não quer, arranja uma desculpa.
Ao contrário de quem pensa que quem faz sucesso não faz nada… Faz na verdade tudo. O protótipo verdadeiro do milionário é de alguém que trabalha muito e tem prazer com isto… E isso não significa não dar valor ao lazer que também é muito importante.
A vida segue seu curso, porém, nas empresas, nas instituições e nas famílias tem sempre um bando de reclamões. Talvez tenha nascido aí a expressão pai rico, filho nobre e neto pobre… O que o pai construiu, o filho usufruiu e o neto nem viu. Não é regra, mas acontece muito.
Analise comigo, uma hora que você passa reclamando é uma hora improdutiva, uma hora a menos de trabalho e de oportunidades que poderiam te levar a um lugar melhor, ou seja, construir o seu sucesso.
Ou você assume o volante do seu carro ou você senta no banco de trás… O mundo não fica esperando. Se você mudar o mundo muda com você.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!  

CHURCH DRUMMER

CLIQUE DENTRO DA IMAGEM P/ AMPLIAR - Church Drummer é um site Americano em que há uma listagem de bateristas que contribuem para a obra do Senhor dando seu testemunho e Louvando através de seu instrumento. ACESSE: http://churchdrummer.com

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

TORTILLA FLAT (KRAUTROCK)

Fur Ein 3/4 Stündchen - Tortilla Flat

Um incrível German Krautrock de 1974 com 53:02 minutos - acho que vc nunca ouviu nada igual em termos de tamanho de faixa e criatividade musical aliada ao experimentalismo e improvisação!!!  isso é musica da EUROPA!!!

IL TRONO DEI RICORDI

IL TRONO DEI RICORDI - DISCO: The King of Memories - 1994


UM TREMENDO SOM PROGRESSIVO DE 1994

Grande opera progressiva italiana. Una gemma nascosta ed oramai introvabile del prog italiano Alessandro Lamuraglia è il più grande emulo di Rick Wakeman in italia, tanto da essere stato invitato in alcune session proprio dal grande tastierista degli Yes. Il disco inizialmente doveva essere solo strumentale ma poi il fortuito incontro con Mugnaini, convinse Lamuraglia ad inserire alcune splendide parti cantate che ricordano molto il timbro "Gabrielliano". Opera assolutamente intelligente, non vi sono tentativi di mero virtuosismo, ma trovate geniali al servizio di una Band presente e determinante nel produrre un sound molto personale e convincente.
ASSOLUTAMENTE DA NON PERDERE.
Accursio

PORTUGUESE:
Grande trabalho progressivo italiano. E agora impossível de encontrar uma jóia escondida do prog italiano. Alessandro LaMuraglia é o maior rival de Rick Wakeman, na Itália, de modo que tinha sessões convidado pelo tecladista para duelos! O álbum foi originalmente para ser apenas instrumental, mas também do encontro fortuito com Mugnaini, LaMuraglia persuadido a entrar em alguns vocais muito agradável, que lembram o carimbo de "Gabrielle". Opera absolutamente inteligente, há tentativas de virtuosismo, mas que o serviço era de uma banda brilhante e decisivo para este som muito pessoal e convincente.
Não é para ser desperdiçada.

Alessandro Lamuraglia -- Tastiere
Erik Landley -- Bass & sax
Stefano Cupertino -- Effetti Elettronici
Paolo Lamuraglia -- Chitarre
Alberto Mugnaini -- Voce
Fabrizio Morganti -- Batteria
Francesco Bocciardi -- Bouzooky on "The King of Memories"

FOR DOWNLOAD:




REGIÃO SERRANA

Tragédia em Teresópolis, Friburgo e Região Serrana ....
12-1-2011
Para dar uma noção da real tragédia acometida apenas no bairro da Posse em Teresópolis, peguei minha bicicleta em 14.1.2011 e fotografei o que encontrei pelo caminho até chegar a comunidade de Campo Grande – localizada após o Supermercado da Posse, 3 dias após a trágedia que destruiu parte da cidade.  Moradores dizem que uma imensa onda devastou o bairro e seus belos sítios. Praticamente todas as habitações situadas à direita da estrada da Posse (em direção ao final do bairro) foram ou inundadas ou destruídas (desabaram ou foram soterradas). A quantidade de água que encontrei era enorme – rios caudalosos cortam vários trechos do final da Posse e de Campo Grande. CLIQUE DENTRO DAS IMAGENS PARA AMPLIAR ......





































Jorge Queiroz ...
ATERRORIZANTE!!!! ..... 
Por acaso o governo sabe avaliar a quantidade de vidas de irmãos nossos perdidas? 
Estou certo que sim ..... mas jamais revelarão ..... como esses governantes podem dormir? uns leviatãs !!! Estão atuando para abafar o caso !!! um governo que fabrica informações durante os últimos oito anos... cujo alicerce e' a mentira .... a corrupção .... ficou claro que nao temos Estado .... contrario a Australia onde ficou patente que existe Estado, em uma catastrofe de proporcoes bem maiores que na regiao da serra.

Qualquer pessoa com o mínimo de clarividência e bom senso e que acompanha o que se passa sabe que o numero de mortos é bem superior aos dados oficiais .. sabemos que os corpos entram em decomposição ..e que estão contaminando as águas .. e propagando doenças .. no passo lento que vão jamais lograrão resgatar os corpos.

Dados oficiais 814 mortos, mais de 3000 crianças que perderam seus pais, 513 desaparecidos, 25.114 pessoas sem casa .... mais Bumbo, Angra, Alagoas, Pernambuco, SC, etc.. propagação de doenças .. contaminação da agua .... Por quem choraremos nos próximos verões? Sao vidas de irmaos nossos .. nao sao apenas estatísticas ..... e tudo por negligencia do Governo conforme reza a Magna carta da Republica. CRIME!!! enquanto essas cidades existiam e pagavam seus impostos tava tudo bem!!!

O compromisso firmado pelo Governo em 2005 com a ONU relacionado a programas de prevenção nao foi implementado.

"Uma década de descaso por parte do governo, aliado a eventos climáticos cada vez mais intensos, deixou 7,5 milhões de brasileiros sem casas, com prejuízos económicos, físicos ou psicológicos. A ideia de um Brasil abençoado por Deus e sem desastres naturais dificilmente resistiria às provas dos números apresentados ontem pela ONU, que apontam que entre 2000 e 2010, 60 catástrofes naturais afetaram o País, com prejuízos bilionários.

Para a ONU, tudo indica que os desastres meteorológicos vão aumentar com o aquecimento do planeta nos próximos anos. "A preparação para desastres não é optativa para os governos. É uma obrigação perante os cidadãos", diz Margareta Wahlstrom, representante da ONU para a Redução de Desastres.

A entidade usa os números da década para apontar que o governo não poderia alegar que se "surpreendeu" com as chuvas na região serrana do Rio. "É surpreendente que o Brasil não esteja mais preparado para algo que ocorre com tanta frequência", afirmou Debarati Guha-Sapir, diretora do Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres, que trabalha com a ONU.

Os dados não incluem as enchentes e os deslizamentos de terra deste ano. Mesmo assim, chamam a atenção dos especialistas. Foram em média seis desastres naturais que atingiram o Brasil por ano na década, número considerado alto. Seis secas atingiram 2 milhões de pessoas; 37 enchentes deixaram 4,5 milhões de vítimas, incluindo 1,2 mil mortos. Outros cinco deslizamentos de terra mataram 162 pessoas e afetaram 149.

Cinco tempestades ainda atingiram 15,7 mil pessoas e deixaram 26 mortos. Epidemias afetaram 606 brasileiros e mataram 203 nos últimos dez anos. Houve ainda um terremoto que, apesar de não deixar mortos, afetou 286 pessoas. A ONU contabiliza até três incidentes de temperaturas extremas que mataram 39 pessoas.

"Se um governo quer salvar vidas, precisa estar preparado para reagir", afirma Wahlstrom. "Um sistema de alerta precisa ser estabelecido." Ela ainda defende investimentos em infraestrutura e conscientização de que planejamento urbano será fundamental. "O que mata não é água. É o prédio que cai."

O que mais preocupa a ONU é que os dados mostram que, se os desastres naturais causam proporcionalmente um número cada vez menor de mortos, o Brasil vai na direção oposta. Para os especialistas, a redução de mortos em algumas regiões ocorreu pela preparação dos governos, não da diminuição dos desastres.

Prejuízos. Só no ano passado, desastres naturais causaram prejuízo de US$ 109 bilhões, valor três vezes maior que o de 2009. As chuvas e suas consequências foram os desastres mais comuns da década e do ano."

Jamil Chade/Genebra OESP



 24-01-2011 (17 dias após) - Acabei sabendo que o presidente da Cruz Vermelha vai retirar a ajuda das cidades por causa da POLITICA DE MERDA DAS PREFEITURAS ..... há um alerta sobre doenças epidêmicas pois dizem que há corpos, muitos corpos em decomposição soterrados à 3 metros de profundidade de LAMA e isso vai contaminar TUDO E TODOS ..... Não é alarmismo, é que simplesmente os governantes não resolvem e assim vai se passar os dias ..... SÓ DEUS MESMO!!! E MUITA ORAÇÃO!!!

NACIONALIDADE DE JESUS (piada)

A NACIONALIDADE DE JESUS

A) Três provas de que Jesus era judeu:
1 – Assumiu os negócios do pai;
2 – Viveu em casa até os 33 anos;
3 – Tinha certeza de que a mãe era virgem, e a mãe tinha certeza de que ele era Deus.

B) Três provas de que Jesus era irlandês:
1 – Nunca foi casado;
2 – Nunca teve emprego fixo;
3 – O último pedido dele foi uma bebida.

C) Três provas de que Jesus era italiano:
1 – Falava com as mãos;
2 – Tomava vinho em todas as refeições;
3 – A mulher mais importante da sua vida era a mamma.

D) Três provas de que Jesus era californiano:
1 – Nunca cortou o cabelo (hippie)
2 – Andava descalço (hippie)
3 – Inventou uma nova religião (hippie)

E) Três provas de que Jesus era francês:
1 – Nunca trocava de roupa;
2 – Não lavava os pés;
3 – Não falava inglês.

F) Três provas de que Jesus era brasileiro:
1 – Nunca tinha dinheiro;
2 – Vivia fazendo milagres;
3 – Se ferrou na mão do governo.

Não foi possível chegar a um consenso sobre a nacionalidade de Jesus, mas todos concordaram com uma coisa: Judas, com certeza, era Argentino ..... ahahahaha .....

sábado, 22 de janeiro de 2011

POR QUE MEDITAR?

POR QUE MEDITAR?

Os homens são afligidos por sofrimentos, angustias e medos inumeráveis que são incapazes de evitar. A meditação tem por função eliminar esses sofrimentos e essas angustias. Pensamos, geralmente, que felicidades e sofrimentos surgem de circunstancias exteriores. Sempre atarefados, de uma ou de outra maneira, a reorganizar o mundo, tentamos afastar um pouco de sofrimento aqui, acrescentar um pouco de felicidade ali, sem jamais alcançar o resultado desejado. 0 ponto de vista budista, que também é o ponto de vista da meditação, considera, ao contrario, que felicidades e sofrimentos não dependem fundamentalmente das circunstancias exteriores, mas da própria mente.

Uma atitude de mente positiva engendra a felicidade, uma atitude negativa produz o sofrimento. Como compreender esse engano que nos faz procurar fora aquilo que podemos encontrar dentro? Uma pessoa de rosto limpo e nítido ao se olhar em um espelho vê um rosto limpo e nítido. Aquele cujo rosto e sujo e maculado de lama vê no espelho um rosto sujo e maculado. Em verdade, o reflexo não tem existência; só o rosto existe. Esquecendo o rosto, tomamos seu reflexo por real. A natureza positiva ou negativa de nossa mente se reflete nas aparências exteriores que nossa própria imagem nos envia. A manifestação exterior é uma resposta a qualidade de nosso mundo interior.

A felicidade que desejamos não virá da reestruturação do mundo que nos cerca, mas da reforma de nosso mundo interior. 0 indesejável sofrimento só cessará na medida em que não embotarmos nossa mente com todos os tipos de negatividades. Enquanto não reconhecermos que felicidades e sofrimentos tem sua origem em nossa própria mente, enquanto não soubermos distinguir o que, por nossa mente, é proveitoso ou nocivo, e que a deixamos a sua insalubridade ordinária, permanecemos impotentes para estabelecer um estado de felicidade autêntica, impotentes para evitar as contínuas ressurgências do sofrimento. Qualquer que seja nossa esperança, ela é sempre decepcionada.

Se, ao descobrirmos no espelho a sujidade de nosso rosto, decidíssemos lavar o espelho, mesmo que esfregássemos fortemente durante anos com sabão e água em abundância, nada aconteceria, nem a mínima sujeira, nem a mínima mancha desapareceria do reflexo. Por falta de orientarmos nossos esforços para o objeto justo, eles permanecem perfeitamente vãos. Eis por que o budismo e a meditação tem por primordial compreender que felicidades e sofrimentos não dependem fundamentalmente do mundo exterior, mas de nossa própria mente. Na falta dessa compreensão, nunca nos voltaríamos para o interior e continuaríamos a investir nossa energia e nossas esperanças numa vã busca exterior. Uma vez adquirida essa compreensão, podemos lavar nosso rosto: o reflexo surgiria limpo no espelho. [...]

OS FRUTOS DA MEDITAÇÃO

Num primeiro momento, nossa mente não poderá permanecer estável e em repouso por muito tempo. A perseverança e a regularidade levam, no entanto, a desenvolver progressivamente a calma e a estabilidade. Sentimo-nos também mais a vontade física e interiormente. Por outro lado, o império das circunstancias exteriores, felizes ou difíceis, atualmente muito forte sobre nós, diminui e ficamos menos submetidos a elas. 0 aprofundamento de nossa experiência da verdadeira natureza da mente tem por efeito o fato de que o mundo exterior perde sua influência sobre nós e torna-se incapaz de prejudicar-nos. 0 fruto ultimo da meditação é a obtenção do Perfeito Despertar, o Estado de Buda. Estamos, então, totalmente libertos do ciclo das existências condicionadas assim como dos sofrimentos que formam seu tecido, ao mesmo tempo que possuímos o poder de ajudar efetivamente o próximo. 0 caminho da meditação comporta duas fases: a primeira, dita shine (a pacificação mental), acalmando gradualmente nossa agitação interior; a segunda, dita lhaktong (a visão superior), levando a desenraizar o apego egocêntrico, fundamento do ciclo das existências. A via interior, e só ela, conduz ao Despertar; nenhuma substância, nenhuma invenção exterior possui esse poder.

CONCLUSÃO

Engajar-se na via da meditação implica o conhecimento de sua finalidade, os meios utilizados, e os resultados obtidos:
  • Reconhecer que a fonte de todo sofrimento e de toda felicidade é a própria mente e, por conseqüência, só um trabalho sobre a mente permite eliminar o primeiro e estabelecer a segunda de maneira autêntica e definitiva;
  • Conhecer as condições auxiliares necessárias: o desejo de meditar, um instrutor qualificado, um local retirado;
  • Saber colocar sua mente em meditação: sem seguir os pensamentos do passado ou do futuro, estabelecer no presente sua mente, aberta, calma, lúcida, e fixá-la sobre o objeto de concentração escolhido;
  • Saber quais são os frutos temporários e últimos da meditação: a serenidade, a liberdade em face das circunstâncias, e, enfim, o Estado de Buda. [...]
O CÉU É A MENTE

Muitas pessoas desejam meditar. Elas compreendem muito bem que a meditação concerne a mente, mas de um modo geral não sabem o que ela é com precisão.

É um pouco como o céu. Todo mundo sabe o que ele é; ninguém jamais dirá: "0 céu? não conheço." Todavia, a idéia que temos do céu é muito imprecisa e é raríssimo encontrar alguém capaz de defini-lo. Se perguntarem "0 que e o céu?" a pessoa interrogada mal poderá apontar o dedo para o alto e dizer: "É aquilo o céu." 0 mesmo acontece com a meditação: sabe-se que ela existe, pensa-se na maioria das vezes que e uma boa coisa, mas não se sabe realmente o que ela é. 0 que é o céu? Dir-se-á habitualmente que o sol esta no centro do céu, a noção de centro implicando a de confins. Um francês estará inclinado a conceber esse centro e esses confins em relação com a França, porem, um habitante de um outro pais aplicará essa mesma relação a seu pais. Isso basta para mostrar que as noções de centro e confins do céu são subjetivas e não correspondem a uma descrição da realidade. As pessoas que tem a imensa felicidade de habitar a Provença dizem bem amiúde: "Como o céu é belo em nossa região!". Assim, é possível delimitar um pedaço de céu do qual se poderia dizer, de maneira exclusiva: "Essa parte do céu é o céu da Provença". Todo mundo sabe ainda que o céu é azul. Mas bem poucas pessoas sabem a razão dessa cor. De onde ela vem.

É ela material? Imaterial? Qual é também a dimensão do céu? A meditação concerne a mente. A mente é muito semelhante ao céu: sem forma, sem substância, sem dimensão. Tal como o céu, todos sabem que ela existe, mas raríssimos são aqueles que sabem o que ela é verdadeiramente. Tal como o céu, a mente é desprovida de centro e de limites. Não temos, contudo, a experiência desse estado ilimitado; reduzimos, ao contrario, o infinito ao finito e permanecemos encerrados nos limites estreitos do que chamamos "eu". Esse estreitamento corresponde a limitação subjetiva implicada na noção de "nosso céu" quando um provençal, por exemplo, fala do céu do sul da França, como se existisse um pedaço de céu que se pudesse recortar e definir como se reportando especificamente a uma região.

Na mente infinita, sem centro nem limites, nós nos assimilamos a uma entidade reduzidíssima: o ego. Dai surgem todos os nossos sofrimentos e todas as nossas dificuldades, tanto físicas como mentais. É verdade que certos sofrimentos estão em relação com as circunstancias exteriores e que é mais ou menos possível proporcionar soluções materiais a eles. Perante os sofrimentos interiores, ao contrário, todo remédio material permanece inútil. Suponhamos um rei num país em paz e próspero, a noite, em seu palácio bem guardado. Esse rei, que possui todas as circunstâncias exteriores da felicidade, dorme. Em seu sonho surge um inimigo que o persegue e procura matá-lo. 0 rei sofre de angústia e pavor. Os sofrimentos desse sonho não poderiam ser aliviados por nenhum remédio exterior a mente do sonhador. Podemos, do mesmo modo, possuir todas as condições materiais necessárias para ser felizes. No entanto, elas não tem utilidade para a mente que sofre. Só o caminho espiritual e a meditação permitem que nos liberte-mos dos sofrimentos, das angústias e das dificuldades interiores.

O EGO E OS CINCO VENENOS

Nossa mente é fundamentalmente infinita, não é limitada pelas opressões de uma existência individualizada. Não existe ego. Conquanto ele não exista, nós nos assimilamos a esse ego ilusório. Ele é o centro e a pedra de toque de todas as nossas relações: tudo o que reconforta sua existência, tudo o que lhe é favorável, torna-se objeto de apego; tudo o que, ao contrário, ameaça sua integridade toma-se um inimigo, fonte de aversão. Por sinal, a simples presença do ego oculta a verdadeira natureza de nossa mente e dos fenômenos, torna-nos incapazes de distinguir entre o real e o ilusório. Somos, nesse sentido, prisioneiros da opacidade mental. 0 ego também engendra a inveja em relação a toda pessoa considerada como um rival possível, em qualquer domínio que seja. Enfim, o ego deseja ser superior aos outros: é o orgulho. Apego, aversão, opacidade mental, inveja, orgulho, são os cinco venenos de base produzidos pela apreensão egocêntrica.

Eles constituem um obstáculo irrevogável a paz interior, criando sem descontinuidade inquietudes, perturbações, dificuldades, angústias e sofrimentos. Não apenas para si mesmo, mas ainda para o próximo. É evidente, por exemplo, que a cólera é sofrimento para si mesmo e para aquele a quem ela se dirige, afligido por um rosto furioso, imprecações e palavras ofensivas. 0 ego e os cinco venenos levam-nos, além do mais, a realizar atos de caráter nocivo que imprimem em nossa mente um potencial cármico negativo, cuja maturação se exprimirá sob a forma de circunstâncias dolorosas. 0 ego e seu séquito são nossos verdadeiros inimigos, não inimigos visíveis que as armas ou algum objeto material poderiam vencer, mas inimigos invisíveis cuja derrota só a meditação e o caminho espiritual provocam. A ciência contemporânea criou armas de extremo poder, bombas capazes de matar de uma vez centenas de milhares de pessoas. Mas nenhuma bomba pode aniquilar o ego e os cinco venenos. Neste campo, a verdadeira bomba atômica é a meditação. [...]

TOMAR UM OBJETO

[...]Com efeito, quando aprendemos a meditar, é amiúde muito difícil repousar a mente em sua própria essência. Assim, tomamos suportes para conduzi-la a calma interior. Todo objeto exterior pode convir: um copo, uma mesa, uma luz, uma estátua do Buda, qualquer objeto que nos agrade. Fixamos, então, toda a nossa atenção sobre o objeto, sem distração. É uma simples atenção que não implica nem análise nem comentário. Se, por exemplo, concentramo-nos sobre um copo, não examinamos sua forma, não discorremos sobre suas características, não avaliamos suas qualidades, assim como não nos perguntamos se ele contem água ou outra bebida. A mente simplesmente repousa sobre o copo, sem distração e sem discurso. Se, quando desse exercício, a aparência do copo é muito clara e precisa, é o sinal de que nossa mente está verdadeiramente concentrada. Se, ao contrário, o copo torna-se uma aparência vaga e imprecisa, é sinal de que nossa mente está arrebatada por outros pensamentos. Feito regularmente, esse tipo de exercício, qualquer que seja o objeto escolhido, trará grandes beneficios.

Se você reside na cidade, você se encontra sem duvida no meio de numerosos ruídos: os automóveis, as maquinas, etc., todas essas coisas das quais pensamos que elas nos impedem de meditar. Entretanto, se, em vez de considerar esses ruídos como obstáculos, você faz deles o próprio objeto de sua atenção, eles se tornam o suporte de sua meditação. Nesse caso, um ruído forte ou fraco, agradável ou desagradável, isso não faz nenhuma diferença. Ai, ainda, você pode verificar facilmente a qualidade de sua atenção: se os sons são percebidos sem interrupção e de maneira precisa, é o sinal que ela e boa. Uma percepção descontínua e vaga revelará, ao contrário, sua insuficiência. Podemos faze-lo igualmente com os outros objetos dos sentidos: odores, sabores, contatos, de tal forma que, onde quer que estejamos, podemos aprender a meditar, sem que seja necessário abandonar tudo. Retirar-se para uma montanha não tem por objetivo senão isolar-nos dos objetos que provocam a distração. Se podemos meditar tomando por suporte esses mesmos objetos, é igualmente bom.

MEDITAR SOBRE A MENTE 

Esforçando-nos regularmente para concentrar-nos assim sobre objetos, nós nos preparamos para meditar sobre a mente. Vimos como nossa mente estava ocupada por um contínuo fluxo de pensamentos, apoiando-se principalmente sobre o passado e sobre o futuro. Um pouco de reflexão faz-nos, portanto, tomar consciência, em primeiro lugar, da inutilidade dos pensamentos concernentes ao passado. Fazemos ressurgir em nossa mente acontecimentos do passado, e sofremos por isso. Todavia, são apenas pensamentos, nada mais. Alem disso, agitam o que não existe absolutamente mais: o passado passou, em definitivo. A partir do momento em que compreendemos a não-existência presente desses acontecimentos, em que compreendemos a falta de sentido, de utilidade e de beneficio desse tipo de pensamentos, desde logo eles cessam de nos prejudicar.

Temos a mesma atitude em relação ao futuro: pensamos no que deveremos fazer num futuro próximo ou longínquo, o que engendra inquietudes e preocupações e, por conseqüência, sofrimento. Aí ainda, se refletimos bem sobre isso, compreendemos que o futuro, no momento, não existe em absoluto. Não há, portanto, nenhuma utilidade em criarmos dificuldades em relação com o que não tem existência. Meditar sobre a mente significa que não seguimos os pensamentos que nos levam para o futuro, que também não seguimos aqueles que nos puxam para o passado. Deixamos a mente no presente, tal como ela é, sem distração, sem procurar fazer nada.

Assim, uma certa experiência nasce na mente. Permanecer nessa experiência o máximo de tempo que se puder, é isso meditar. Quando meditamos assim, permanecemos simplesmente nessa experiência, sem nada acrescentar a isso. Não nos dizemos: "Aqui esta bem; aqui não está bem; pronto, aqui estou; não, não estou aqui; a mente é vazia; não, de fato ela não é vazia", etc. Permanecemos sem comentários.

A experiência da meditação implica a paz e a felicidade, mas ela permanece fundamentalmente indescritível. É impossível dizer disso: "é isso" ou "não é isso". [...]

A DISTRAÇÃO

Inúmeras pessoas crêem que a meditação deve necessariamente ser um estado desprovido de todos os pensamentos. Ora, quando elas meditam, pensamentos aparecem e elas concluem disso que são incapazes de meditar, que a meditação é um exercício completamente fora de seu alcance. Esse a priori é um erro: meditar não é apagar todo pensamento. Como abordar o problema dos pensamentos?

É preciso, antes de tudo, evitar dois erros:

1 - O primeiro é não tomar consciência de que os pensamentos se produzem nem segui-los maquinalmente;

2 - O segundo é procurar dete-los.

A atitude justa será, ao contrário, estar consciente da produção dos pensamentos, mas sem segui-los nem procurar para-los, mas simplesmente não ocupar-se deles. Se não nos ocupamos dos pensamentos, os pensamentos não tem força. Enquanto não conhecemos a natureza de nossa mente, esta produz pensamentos, que tanto podem ser positivos como negativos, dotados de uma grande força sobre nós mesmos, pois eles são apreendidos como reais. Sem esta apreensão, os pensamentos não tem nenhuma força. Quando deixamos a mente relaxada, vem de início um momento em que ela permanece sem pensamentos. Esse estado estável é como um mar sem ondas. Nessa estabilidade, surge em seguida um pensamento. Este é como uma onda que se forma na superfície do mar. Na medida em que deixamos este pensamento sem nos ocuparmos dele, sem o "deter", ele esvanece-se por si mesmo na mente de onde emanou. É como a onda que se desfaz de novo no mar de onde surgiu. 0 mar e a onda, se não refletimos sobre isso, podem aparecer como duas realidades separadas. De fato, elas são indiferenciadas em essência, pois a essência da onda é a água, bem como a essência do mar também o é. Não podemos dizer que ambos sejam entidades diferentes. Ondas sobem à superfície do mar, mas nada podem fazer alem de fundir-se de novo no mar.

No entanto, não podemos dizer que o mar estaria de início diminuído ou que estaria em seguida aumentado. Da mesma maneira, quando deixamos acontecer o movimento dos pensamentos sem nos ocuparmos deles, nossa mente não se encontra deteriorada quando os pensamentos se produzem, e ela não se encontra melhorada quando é desprovida de pensamentos. Enquanto não tivermos compreendido o que é a mente, somos um pouco como aquele que estando na praia pensasse que o mar deve absolutamente ser desprovido de ondas. Quando uma onda vem em sua direção, ele desejaria agarrá-la e joga-la para um lado, depois, agarrar a seguinte e joga-la do outro lado. E mesmo quando, independentemente de seus esforços, o mar se acalmasse por instantes, seria inevitável que ondas se formassem de novo ali. Aquele que esperasse estabelecer um mar definitivamente desprovido de ondas só poderia estar constantemente decepcionado. Querer, durante a meditação, eliminar os pensamentos, é colocar-se na mesma situação. Quando ondas surgem do mar, elas recaem no mar. Na realidade, o mar e as ondas não são diferentes. Se compreendemos isso, permanecemos sentados na praia, relaxados: não há então nem fadiga nem dificuldade. Do mesmo modo, quando observamos a essência de nossa própria mente, que existam pensamentos ou não, é sem importância; permanecemos simplesmente - relaxados.

AGITAÇÃO MENTAL - BLOQUEIO COM DEUS

A agitação mental bloqueia sua conexão com Deus
por Bruno J. Gimenes

Essa afirmação sempre gera polêmica, mas ela tem um fundamento que procurarei explicar, pois realmente poderá lhe mostrar o quanto somos controlados por nossa mente. Experimente fechar os olhos agora, por cinco minutos, com a idéia de manter-se em silêncio, esvaziar a mente mesmo. Será que você consegue limpar-se de visões internas, pensamentos e burburinhos mentais? Provavelmente não.

Na tentativa de cessar esse ritmo, você perceberá com certa frequência que vagará de uma pensamento para outro, de uma idéia para outra, de uma visão para outra, sucessivamente. A mente é frenética, não pára. Podemos até diminuir essa freqüência mental por algum período - menor ou maior de acordo com o treino que a pessoa se submete - mas pará-la é quase impossível para a maioria de nós.

A conclusão que chegamos: não controlamos a nossa mente, mas ela nos controla. Diga-se de passagem, trata-se de uma constatação alarmante, principalmente porque no século XXI já temos a comprovação necessária, até mesmo no campo da ciência, que pensamentos criam realidades, logo, somos o que pensamos. Se nossos pensamentos criam a nossa realidade, precisamos aprender a escolher o que pensar, precisamos pegar as rédeas das nossas vibrações mentais, por isso devemos dedicar tempo e cuidado na arte de domar a nossa mente, para que nossa realidade aconteça conforme nossos objetivos, e não aleatoriamente como conseqüência de nossa agitação mental.

Mas para melhor introduzir o tema e sua elevada importância, antes é importante falar da energia imanente ou cósmica, que é a força que está presente em todo o cosmos. Ela permeia, nutre e forma o universo e todos os seres que nele habitam. Quando essa energia permeia nossos corpos, ou melhor, nos nutre, nós a absorvemos naturalmente e a transformamos, impregnando-a com nossas características de personalidade. Quando essa força nos toca, nossos pensamentos e emoções magnetizam-na com a essência do teor desses pensamentos e emoções. Ou seja, formamos a nossa aura corpórea, criada por essa energia extrafísica que assume as características da personalidade do indivíduo. Isso quer dizer que se uma pessoa é feliz, ela impregnará a energia imanente com a vibração da felicidade. Também quando uma pessoa é depressiva, a sua aura é conformada pela vibração da depressão. Por isso a aura de uma pessoa, que é o seu campo energético, manifesta a sua própria personalidade. Quando a energia cósmica nutre uma pessoa, que passa a impregná-la com a vibração de sua personalidade, essa energia muda de nome e essência, passando a chamar-se energia consciencial.

A energia cósmica é pura, leve, suave, equilibrada às nossas necessidades. Todo dia recebemos permanentemente o abastecimento dessa energia sutil, e, pela ação dos nossos pensamentos e sentimentos, alteramos-lhe o padrão passando a densificá-la pela nossa ignorância e desequilíbrio.
Essa visão comprova que somos os criadores da nossa cura, assim como somos os criadores da nossa doença, porque se nossa mente não parar de oscilar pensamentos frenéticos, desajustados, aleatoriamente, ela alterará o padrão da energia cósmica, transformando-a em energia consciencial totalmente nociva, pela ação impregnante de pensamentos e emoções tóxicas.

Deus é a Fonte da energia imanente, que nutre e mantém a vida, que nos alimenta de saúde e vitalidade. Mas como beneficiarmo-nos dessa dádiva, se ao recebermos o fluxo dessa luz Divina diariamente, a transformamos em uma seiva tóxica que nos adoece e nos ilude? Como estar em sintonia com Deus se quando sua "mão" nos toca todos os dias, a rejeitamos?

Deixar que os pensamentos tóxicos, negativos, pessimistas, tomem conta de nós é fechar as portas para as bênçãos cósmicas que recebemos constantemente.

Mas não se tratam apenas de pensamentos negativos, carregados de maldade ou ódio, eis aí o fator mais alarmante. O estresse, a agitação, a hipeartividade mental e a futilidade também são exemplos de padrões que escurecem ou densificam a energia imanente. Portanto, esses erros cotidianos nos afastam de Deus, ou melhor, nos adoece, porque toda energia imanente absorvida por consciências confusas - que é teoricamente 99% da população - dá origem a energias consciências debilitadas, que por consequência darão origem as doenças do corpo físico.

Essa visão também explica o motivo pelo qual, muitas pessoas que se dizem descrentes de Deus, ainda assim podem ser felizes e saudáveis. Isso acontece porque a energia imanente, que vem da Fonte Maior, não julga, não quer que você seja dessa ou daquela religião, que siga uma ou outra doutrina, mas prefere que você tenha bons pensamentos, e boas emoções, para manter-se em sintonia com Ela. Esse é o significado mais íntimo, mais profundo da palavra livre arbítrio.

Diante desses apontamentos de elevada importância, então, como manter a Conexão constante com Deus nos dias atuais?

Precisamos aprender a reservar momentos do dia que tenham a finalidade de cessar a frequência mental. Temos que treinar nossos pensamentos e emoções para que "fiquem de fora", no sentido de se manterem neutros, por pelo menos cinco minutos, duas, três, quatro ou mais vezes ao dia. Por incrível que isso possa parecer, a esmagadora maioria das pessoas não sabe o que é isso, tampouco imaginam os benefícios dessa simples prática.

Quer ter saúde? Aprenda isso! Quer ser feliz? Aprenda isso! Quer ter idéias e virtudes boas? Aprenda isso! Quer ser consciente da vida, do mundo e da sua missão aqui na Terra? Aprenda isso.

E por que somos assim? Porque nossa mente recebe os pensamentos, aceita-os de acordo com nossas crenças e experiências, e os incorpora como rotina. Uma vez que essa rotina se estabelece em nossa mente, ela passa a ter vida própria, como um programa de computador, passa a executar suas tarefas, naturalmente, já não mais tendo a necessidade de ser alimentada, porque já está gravada por base nas experiências vividas.

Precisamos quebrar esses programas de crença, em primeiro lugar querendo muito! Esse é o ponto principal, querer uma vida melhor, querer sentir o sabor de uma vida com maior conexão com Deus. Mas essa vontade precisa ser intensa.

Uma vez que essa barreira da vontade for vencida, e que você estiver realmente munido da intenção de fazer a mudança, aí será necessário uma mínima disciplina para todos os dias, várias vezes no período, estabelecer uma conexão mental com o vazio! Sim, o vazio dos seus pensamentos, porque é ali que a energia imanente, pura e primordial se encontra.  Você pode buscar o vazio de diferentes formas, que sejam positivas e que não gerem consequências a ninguém. Pode fazer isso pela oração, meditação, Ioga, Reiki, devoção a um santo, em um grupo, em uma sociedade fraterna, no meio da natureza, no culto, em um ritual, na missa, em qualquer lugar. Existem ilimitadas formas de acessar essa Fonte da Vida, ou o Cristo Planetário. Cabe a nós a consciência do nosso potencial e disciplina para manter um hábito condizente a preservação da qualidade da energia imanente.

SER IGNORADO

Eu já li essa mensagem algumas vezes e sempre ela me dá conta de quão perversa é essa nossa sociedade tão repleta de 'desvalores' e preconceitos. Vale a pena dar uma lida e uma refletida porque Amor e ódio são formas de apego, mas ser ignorado não é nem um nem outra!!!

TESE DE MESTRADO NA USP, por um PSICÓLOGO

"O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE"

"Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível"

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da "invisibilidade pública". Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão
social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

"Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência", explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. "Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão", diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
"E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca"? E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar  por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real? Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma "COISA".

Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida, né não?

TRATE BEM O SEU GARI - ele é útil para a sociedade!!!