quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ROCK PROGRESSIVO

LIVRO "O ROCK PROGRESSIVO" DE VALDIR MONTANARI - 1985

Tem muita conversa que não sai do chiqueirinho do gosto-não gosto. São aqueles dialogos mambembes, que giram sobre si próprios que nem rosca espanada, algo que lembra essas canções menudas construidas só com os acordes de tônica e dominante.

É verdade que tem muita música por aí que não merece muito mais do que o maniqueismo capenga do gosto-não gosto. Mas há alguns afluentes do rio-oceano do som que podem motivar perguntas que desembocam em respostas muito mais férteis do que a dobradinha sim-não.

Como a inquieta tribo progressista (pois é, já aprendi com o Valdir a diferença entre progressivo e progressista). Porque esse time, desde a metade dos anos 60, vem construindo o castelinho mais sofisticado e mais democrático entre todos que surgiram na grande pátria do rock. Mais sofisticado porque eles são os mais exigentes, os mais ambiciosos nos três lances: na criação, na execução e no registro (gravação). E mais democrático porque, entre todos, esse é o gênero que mais escancarou portas e janelas a todas as influências.

Por causa disso, foram cometidos dezenas de excessos - gerando, inclusive, discos chatíssimos. Exageros, porém, acontecem sempre e em todas as famílias (até mesmo em textos de apresentação).

Portanto, resumindo... : que bom que o Valdir deixou a física da USP alguns momentos de lado e veio conversar conosco a respeito dos progressivos e dos progressistas. Pena que este livro não venha acoplado a uma coleção de discos, com os tais exemplos musicais. Mas isso fica por sua conta. Disco é fácil de achar. O Valdir oferece o mais raro: informação, idéias. Com elas, a audição se torna muito mais reveladora e gratificante. Inclusive porque a conversa transborda do gosto-não gosto, toda a discussão se torna bem mais articulada - até mesmo no momento de discordar do Montanari. Esse tipo de plenário - concordemos - é sempre muito mais apetitoso. E o som progressista dispõe de fartura de ingredientes para esse banquete. Quem não acredita vai ficar esperando outro Pierre Boulez gravar obras de Frank Zappa para, então e enfim, reconhecer a generosidade da mina progressista (aqui é progressista mesmo, e não progressiva).

Maurício Kubrusly


PARTE I - INGLATERRA

Capítulo 01 - Procol Harum
Capítulo 02 - Moody Blues
Capítulo 03 - Canterbury Sound
Capítulo 04 - Pink Floyd | Syd Barret
Capítulo 05 - Emerson, Lake & Palmer
Capítulo 06 - Van der Graaf Generator
Capítulo 07 - Genesis
Capítulo 08 - King Crimson
Capítulo 09 - Henry Cow
Capítulo 10 - Jethro Tull
Capítulo 11 - Gentle Giant
Capítulo 12 - Yes
Capítulo 13 - Nucleus
Capítulo 14 - Roxy Music/Brian Eno
Capítulo 15 - Mike Oldfield

PARTE II - E.U.A.

Capítulo 16 - Frank Zappa & Mothers of Invention
Capítulo 17 - Steppenwolf
Capítulo 18 - The Doors
Capítulo 19 - Mahavishnu Orchestra
Capítulo 20 - Kansas
Capítulo 21 - The Dregs
Capítulo 22 - Synergy
Capítulo 23 - Material
Capítulo 24 - Laurie Anderson

PARTE III - OUTROS PAÍSES

Capítulo 25 - Itália: PFM , Area
Capítulo 26 - França: Gong , Jean Luc Ponty , Jean Michel Jarre
Capítulo 27 - Alemanha: Tangerine Dream , Kraftwerk , Eloy - Brasil
Capítulo 28 - Holanda: Focus
Capítulo 29 - Grécia: Vangelis

A publicação do livro "Rock Progressivo" na Internet não seria possível sem a autorização do autor Valdir Montanari. 
Obrigado Montanari por compreender o meu trabalho de divulgação do Rock Progressivo, publicando apenas uma parte do Livro aquí.
AVISO: O livro "Rock Progressivo" é de propriedade de Valdir Montanari. É proibida a reprodução parcial ou total da obra sem autorização do autor. e-mail do autor: valmon@cmg.com.br


2 comentários:

  1. Eu consegui um exemplar em um sebo de Realengo, no Rio de Janeiro. Muito bom mesmo!

    ResponderExcluir
  2. wow Rapá ...... great .... mas ke Legal kara!!!

    ResponderExcluir