domingo, 31 de outubro de 2010

RAINBOW

sábado, 30 de outubro de 2010

DOENÇA???

QUEM ADOECE PRIMEIRO: O CORPO OU A ALMA?  
    
Dr. Jorge Carvajal

Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário: são a resistência do corpo emocional e mental à alma . Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.
                                                                              
Há emoções prejudiciais à saúde?  
Quais são as que mais nos prejudicam?  
                                  

70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência  emocional. As doenças muitas vezes procedem de emoções não  processadas, não expressadas, reprimidas. O medo, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje. Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais, os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.
                                                                              
Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?  
                                                                              
De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus limites, não vás além. Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.

Como é que a raiva nos afeta?                                          
                                                                              
 A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à  autoafirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é  justo. Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade,  ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.
                                                  
Então a alegria, ao contrário da raiva, nos ajuda a permanecer saudáveis?        
                                                                              
A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma outra.  Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas. A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.
                                                          
A alegria acalma os ânimos?                                            

Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite  processá-las a partir da inocência. A alegria põe as outras emoções em contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para  que cheguem ao mundo da mente sem traumas.                                       
                                                                              
E a tristeza?                                                          
                                                                              
A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar. A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle  interno. Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo. Tornamo-las negativas quando as reprimimos.                              
                                                                              
Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de  nós mesmos?                                                              
                                                                              
Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já  não se estancam e podem se transmutar. Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração. Que difícil!  Sim, é muito difícil. Realmente as emoções básicas são o amor e o medo, de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência.  Construtivo ou destrutivo. Porque também existe o amor que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo.                        
                                                                              
Como prevenir a enfermidade?                                            
                                                                              
Somos co criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde. E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade,  porque seremos saúde.
    
E se aparecer a doença?                                                
                                                                          
Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos. Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era alguém que levasse uma vida desregrada. Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu. Devemos  explicar isso para aqueles que crêem que adoecer é fracassar. O fracasso o êxito são dois mestres e nada mais. E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida.  Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade.  A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar. É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro.  Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior.  Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses. Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.
                                                                               
Então, o que podemos fazer para nos libertar dessa angústia?       
                                                                              
Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias, ou buscando um príncipe azul fora. Só passa a angústia quando tu entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo. A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que  somos, de modo que ficamos no “deveria ser”, e não somos nem uma coisa nem outra. O estresse é outro dos males de nossa época. O estresse vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar.

E realmente só  podes competir quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja,  quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de  ninguém. O estresse destrutivo prejudica o sistema imunológico. Porém, um  bom estresse é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.                                                    
                                                                              
O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos? 

A solidão.  Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso.  Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é aceder o altar interior, o ser interior. Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de nossas ocupações. Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás  rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar,  porque na pausa habita o potencial da alma.                              
                                                                              
O que é para você a felicidade?                                        
    
É a essência da vida. É o próprio sentido da vida. Encarnamos para sermos  felizes, não para outra coisa. Porém, felicidade não é prazer, é  integridade. Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser  felizes. Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o  pequeno eu ou o pequeno ego. Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com  nossa consciência. Viver o Presente.
                             
É importante viver no presente? Como conseguir?
                                                        
Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter. Eu digo que a felicidade  tem haver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade.  E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.                           
                                                                               
Na sua opinião, estamos tão confusos assim?                            
                                                                              
Temos três ilusões enormes que nos confundem. Primeiro cremos que somos um corpo e não uma alma , quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte. Segundo, cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência. Prazer e felicidade não são o mesmo. Há que se consagrar o prazer à vida e não a  vida ao prazer. A terceira ilusão é o poder; cremos ter o poder infinito de viver.
                                                                
E do que realmente necessitamos para viver?                               
Será de amor, por acaso?                                                
                                                                              
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora. O amor é magnífico porque cria coesão. No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo. No amor a gente sempre pode renovar-se, porque  ordena tudo. No amor não há usurpação, não há deslocamento, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas porque vives o amor, cada coisa ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia.

Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco. Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos  ama. Há uma grande confusão na nossa cultura. Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego.

O que habitualmente chamamos de amor é uma droga. Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão. É uma muleta para apoiar-se em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e libertar-me. O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade. Mas às vezes nos sentimos atados a um amor.

Se o amor conduz à dependência é Eros. Eros é um fósforo, e quando o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e  já te queimas o dedo. Há amores que são assim, pura chispa. Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor. Quando a lenha está acesa, produz fogo. Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.                                                                  
    
Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?          
                                                                      
Somente a verdade. Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és. Tens um direito sagrado, que é o direito de errar;  tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre. Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração. Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém  que possa te querer. Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor. Se não, vazio. Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti. A chave então é amar-se a si mesmo. E ao próximo como a ti mesmo. Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás te apegando, estás condicionando o outro. Aceita-te como és; não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.

FONTE: Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da  Universidade de Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética. março de 2009.                                                         
                                                                               

sábado, 23 de outubro de 2010

NAS TECLAS


é só brincadeirinha, mas num studio e com recursos eu consigo até impressionar o cliente ..... ehehehehe ...... OBS: axu ke minha cachorrinha (BUANNA) não gostou muito ..... problema dela!!! rsrsrsrs ....

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

COITADO???

Para uma Reflexão

Pelo nosso proprio bem, a gente precisa parar de sofrer com a incompreensão. Quando a gente se sente incompreendido, dá uma tristeza, um não-sei-que, dá vontade de se fechar que nem aquelas plantinhas que não podem ser tocadas que se fecham. Olha só: você não é uma plantinha. Você não é uma coisinha delicada que qualquer vento balança, qualquer encostadinha se dói toda.
Faz tempo que você passou essa fase, mas parece que tem um tipo de regressão, esse mecanismo psicológico que nos faz querer nos proteger em reações do passado. Não faça isso, que é pior!
Olhe para você, que beleza de pessoa! Voce andou dando uns tropeções na vida mas, quem não deu? Você hoje tem uma vontade livre, uma capacidade de decidir o que quer, o que é melhor para você, um mundo interior repleto de experiencias intensas, afetividade, sonhos bonitos...
Não precisa se sentir coitadinha, (coitadinho), não!
(Calunga)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DOUTRINA ESPÍRITA

KARDECISMO - (atenção, Evangélicos, Católicos etc.... vão ter que Ler tudo pra entender a puresa e a intenção da Doutrina -  e não aqueles julgamentos errôneos de que isso ou aquilo é Religião do Diabo)!!!
Pode até existir coisas assim, mas não é da DOUTRINA ESPÍRITA ..... porque o termo Espírtia causou grande confusão com outras seitas e nada mais ......

O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".

A juventude e a atividade pedagógica

Nascido numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia.
Fez os seus estudos na Escola de Pestalozzi, no Castelo de Zahringenem, em Yverdun, na Suíça (país protestante), tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino na França e na Alemanha. Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados.

Concluídos os seus estudos, o jovem Rivail retornou ao seu país natal. Profundo conhecedor da língua alemã, traduzia para este idioma diferentes obras de educação e de moral, com destaque para as obras de François Fénelon, pelas quais manifestava particular atração.

Era membro de diversas sociedades, entre as quais da Academia Real de Arras, que, em concurso promovido em 1831, premiou-lhe uma memória com o tema Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?

A 6 de fevereiro de 1832 desposou Amélie Gabrielle Boudet.

Como pedagogo, o jovem Rivail dedicou-se à luta para uma maior democratização do ensino público. Entre 1835 e 1840, manteve em sua residência, à rua de Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia, comparada, Astronomia e outros. Nesse período, preocupado com a didática, criou um engenhoso método de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de França, visando facilitar ao estudante memorizar as datas dos acontecimentos de maior expressão e as descobertas de cada reinado do país. Publicou diversas obras sobre Educação.

Das mesas girantes à Codificação

Conforme o seu próprio depoimento, publicado em Obras Póstumas, foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das "mesas girantes", bastante difundido à época, através do seu amigo Fortier, um magnetizador de longa data. Sem dar muita atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, só em maio de 1855 sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a freqüentar reuniões em que tais fenômenos se produziam.

Convencendo-se de que o movimento e as respostas complexas das mesas deviam-se à intervenção de espíritos, Rivail dedicou-se à estruturação de uma proposta de compreensão da realidade baseada na necessidade de integração entre os conhecimentos científico, filosófico e religioso, com o objetivo de lançar sobre o real um olhar que não negligenciasse nem o imperativo da investigação empírica na construção do conhecimento, nem a dimensão espiritual e interior do Homem. Adotou, nessa tarefa, o pseudônimo que o tornaria conhecido – Allan Kardec – nome esse, segundo o que teria lhe dito um espírito, que teria utilizado em uma encarnação anterior como Druida.

Tendo iniciado a publicação das obras da Codificação em 18 de abril de 1857, quando veio à luz O Livro dos Espíritos, considerado como o marco de fundação do Espiritismo, após o lançamento da Revista Espírita (1 de janeiro de 1858), fundou, nesse mesmo ano, a primeira sociedade espírita regularmente constituída, com o nome de Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores. Faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos (65 anos incompletos) de idade, em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de trabalho. Está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Junto ao túmulo, erguido como os dólmens druídicos, Acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei", em francês.

Em seu sepultamento, o astrônomo francês e amigo pessoal de Kardec, Camille Flammarion, proferiu o seguinte discurso, ressaltando a sua admiração por aquele que ali baixava ao túmulo:

Voltaste a esse mundo donde viemos e colhes o fruto de teus estudos terrestres. Aos nossos pés dorme o teu envoltório, extinguiu-se o teu cérebro, fecharam-se-te os olhos para não mais se abrirem, não mais ouvida será a tua palavra... Sabemos que todos havemos de mergulhar nesse mesmo último sono, de volver a essa mesma inércia, a esse mesmo pó. Mas, não é nesse envoltório que pomos a nossa glória e a nossa esperança. Tomba o corpo, a alma permanece e retorna ao Espaço. Encontrar-nos-emos num mundo melhor e no céu imenso onde usaremos das nossas mais preciosas faculdades, onde continuaremos os estudos para cujo desenvolvimento a Terra é teatro por demais acanhado. (...) Até à vista, meu caro Allan Kardec, até à vista! - Camille Flammarion

O professor Rivail escreveu diversos livros pedagógicos, dentre os quais destacam-se:
• 1824 - Curso prático e teórico de Aritmética, segundo o método de Pestalozzi, para uso dos professores e mães de família
• 1828 - Plano proposto para melhoramento da Instrução Pública
• 1831 - Gramática Francesa Clássica
• 1846 - Manual dos exames para os títulos de capacidade
• 1846 - Soluções racionais das questões e problemas da Aritmética e da Geometria
• 1848 - Catecismo gramatical da língua francesa
• 1849 - Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Sorbona
• 1849 - Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas

As cinco obras fundamentais que versam sobre o Espiritismo, sob o pseudônimo Allan Kardec, são:
• O Livro dos Espíritos, Princípios da Doutrina Espírita, publicado em 18 de abril de 1857;
• O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores, em janeiro de 1861;
• O Evangelho segundo o Espiritismo, em abril de 1864;
• O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, em agosto de 1865;
• A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, em janeiro de 1868.

Além delas, como Kardec, publicou mais cinco obras complementares:

• Revista Espírita (periódico de estudos psicológicos), publicada mensalmente de 1 de janeiro de 1858 a 1869;
• O que é o Espiritismo (resumo sob a forma de perguntas e respostas), em 1859;
• Instrução prática sobre as manifestações espíritas (substituída pelo Livro dos Médiuns; publicada no Brasil pela editora O Pensamento)
• O Espiritismo em sua expressão mais simples, em 1862;
• Viagem Espírita de 1862 (publicada no Brasil pela editora O Clarim).
Após o seu falecimento, viria à luz:
• Obras Póstumas, em 1890.
Outras obras menos conhecidas foram também publicadas no Brasil:
• O principiante espírita (pela editora O Pensamento)
• A Obsessão (pela editora O Clarim)

Citações
• "A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação." (O Céu e o Inferno, Primeira Parte, cap. 2)

• "Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as conseqüências e busca as aplicações úteis. Não estabeleceu nenhuma teoria preconcebida; assim, não apresentou como hipóteses a existência e a intervenção dos Espíritos, nem o perispírito, nem a reencarnação, nem qualquer dos princípios da doutrina; concluiu pela existência dos Espíritos, quando essa existência ressaltou evidente da observação dos fatos, procedendo de igual maneira quanto aos outros princípios. Não foram os fatos que vieram a posteriori confirmar a teoria: a teoria é que veio subseqüentemente explicar e resumir os fatos. É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas." (A Gênese, Capítulo I, item 14)

"(...) o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, apaga naturalmente todas as distinções estabelecidas entre os homens segundo as vantagens corpóreas e mundanas, sobre as quais o orgulho fundou castas e os estúpidos preconceitos de cor. O Espiritismo, alargando o círculo da família pela pluralidade das existências, estabelece entre os homens uma fraternidade mais racional do que aquela que não tem por base senão os frágeis laços da matéria, porque esses laços são perecíveis, ao passo que os do Espírito são eterno. Esses laços, uma vez bem compreendidos, influirão pela força das coisas, sobre as relações sociais, e mais tarde sobre a Legislação social, que tomará por base as leis imutáveis do amor e da caridade; então ver-se-á desaparecerem essa anomalias que chocam os homens de bom senso, como as leis da Idade Média chocam os homens de hoje..." (Revista Espírita 1861, pág. 297-298)

Missão de Allan Kardec - "A missão dos reformadores está cheia de escolhos e de perigos e a tua é rude, disso te previno, porque é o mundo inteiro que se trata de agitar e de transformar." - Espírito Verdade (Obras Póstumas)

“Escrevo esta nota no dia 1º de janeiro de 1867, dez anos e meio depois que esta comunicação me foi dada, e verifico que ela se realizou em todos os pontos, porque experimentei todas as vicissitudes que nela me foram anunciadas. Tenho sido alvo do ódio de implacáveis inimigos, da injúria, da calúnia, da inveja e do ciúme; têm sido publicados contra mim infames libelos; as minhas melhores instruções têm sido desnaturadas; tenho sido traído por aqueles em quem depositara confiança, e pago com a ingratidão por aqueles a quem tinha prestado serviços. A Sociedade de Paris tem sido um contínuo foco de intrigas, urdidas por aqueles que se diziam a meu favor, e que, mostrando-se amáveis em minha presença, me detratavam na ausência.

Disseram que aqueles que adotavam o meu partido eram assalariados por mim com o dinheiro que eu arrecadava do Espiritismo. Não mais tenho conhecido o repouso; mais de uma vez, sucumbi; sob o excesso do trabalho, tem-se-me alterado a saúde e comprometido a vida.

“Entretanto, graças à proteção e à assistência dos bons Espíritos, que sem cessar me têm dado provas manifestas de sua solicitude, sou feliz em reconhecer que não tenho experimentado um único instante de desfalecimento nem de desânimo, e que tenho constantemente prosseguido na minha tarefa com o mesmo ardor, sem me preocupar com a malevolência de que era alvo. Segundo a comunicação do Espírito Verdade, eu devia contar com tudo isso, e tudo se verificou.” - Allan Kardec

O que é Espiritismo? Kardecismo...
A maioria das pessoas, quando ouve ou lê a palavra Espiritismo vincula a idéia, automaticamente, a mais uma religião, entre as milhares que existem no mundo.

Há os que confundem o Espiritismo com práticas de umbanda, quimbanda e candomblé, por total ignorância, pois não tiveram oportunidade de tomar conhecimento da absoluta diferença. Mas, há, também, os que sabem dessa diferença; porém, levados pelo radicalismo e pela intolerância, insistem em pregar a vinculação.

Afinal de contas, o que é o Espiritismo?

Leiamos Kardec: O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os espíritos; como filosofia, ele compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.

Embora a maioria dos praticantes espiritistas não trabalhem seu aspecto científico, este é o que dá segurança e firmeza a fé dos espíritas, pois, a Doutrina ensina que “Fé inabalável só é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade“.

Não admite fé cega, aquela que é baseada na doutrina do “porque sim”, e orienta a fé raciocinada.

Mas há quem afirme, equivocadamente, que a Ciência não aceita o Espiritismo e até que o Espiritismo vai de encontro a Ciência. É um absurdo. O respeito do Espiritismo para com a Ciência é tão grande que quando a Doutrina veio ao mundo, por obra dos Espíritos, o seu codificador, altamente inspirado, afirmou, com o aval dos próprios Espíritos Superiores: “Se algum dia a Ciência comprovar que a Doutrina está errada em algum ponto, cumpre ao espírita abandonar esse ponto equivocado e seguir a orientação da Ciência“.

É importante frisar, também, que a presunção de muitos homens (que se dizem de ciência) quer impôr ao mundo que as propriedades da matéria são apenas aquelas que eles conhecem.

Mas, talvez você, assim como outras pessoas, afirme: “Eu já freqüentei a casa da dona Fulana e não vi nada que pudesse ser chamado de ciência”. Claro, você tem razão. O Espiritismo não são essas coisas que se pratica na casa da dona Fulana, da “mãe” Ciclana ou do “pai” Beltrano, apesar dessas pessoas fazerem questão de denominarem suas práticas como sendo espiritas.

Conheço muita gente que se diz conhecedora do Espiritismo afirmando coisas assim: “Eu já freqüentei, por muito tempo, o Centro tal…”mas ainda usa expressões do tipo “mesa branca, linha branca, etc…”, o que prova total desconhecimento da doutrina, uma vez que esse negócio de mesa branca é coisa que nunca existiu no Espiritismo. Existem pessoas que dizem conhecer o Espiritismo, ou até que se dizem espiritas, mas morrem de medo de defunto, visitam cemitérios nos dias de finados, como se os seus entes desencarnados estivessem ali; acendem velas, etc… É engraçado, mas, também, é uma prova de que nada sabem sobre o assunto.

É importante esclarecer essa questão: considerando que a mediunidade é uma faculdade humana e não uma propriedade do Espiritismo, muita gente se aproveita dela, ou finge possuí-la, para praticar, em sua residência, sessões de “atendimento” a pessoas, na maioria das vezes cobrando, direta ou indiretamente, dizendo-se espírita, porém, propondo fazer pelas pessoas o que elas querem e não o que elas precisam. Propõe ajuda para conseguir emprego, mesmo sem essa pessoa ter afinidade com o trabalho, ajuda para conseguir namorados, passar em concursos, livrar-se de enfermidades, ganhar em loterias, etc…

O pior é que alguns chamados líderes religiosos, ou “defensores” do religiosismo tradicional quando querem atacar o Espiritismo, preocupados em exibir uma cultura que não tem, citam supostas experiências próprias, que nada mais são que algum tempo vivido em algumas dessas casas, na convivências com essas “mães” ou “pais”, que sempre terminam decepcionando.

O Espiritismo é uma Doutrina baseada nos ensinamentos de Jesus (o maior exemplo de coerência e Amor do qual o mundo já teve conhecimento), que respeita a liberdade das pessoas, que não cerceia a liberdade de pensar de ninguém, que não aponta dedo para ninguém, que não julga e não diz ser dona exclusiva da verdade.

O Espiritismo tem o maior respeito por todos os segmentos religiosos, principalmente pelos grandes vultos da humanidade que foram, ou que são, membros de outras religiões, como o Francisco de Assis, Antônio de Pádua, Madre Teresa de Calcutá, Teresa DÁvila, Irmã Dulce, o pastor protestante Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Buda e muitos outros servidores da humanidade, independente da crença que professam.

O Espiritismo não faz proselitismo e jamais dirá que um católico está errado, porque está na igreja católica, ou que um protestante está errado, por seguir uma das centenas de ramificações do protestantismo.

O Espiritismo não obriga ninguém a absolutamente nada, nem mesmo a frequentar Centros ou a participar de reuniões espiritas.

Não adota quaisquer rituais, não admite velas, incensos, altares, paramentos, dízimos ou qualquer espécie de pagamento, direto ou indireto, por uma orientação espiritual. Não discrimina ninguém.

A sua concepção de Deus é totalmente diferente da convencional: Deus é soberanamente bom, justo, misericordioso e não pode ser nivelado a inferioridade humana. Portanto, não admite qualquer conceito que define Deus como violento, cruel, sanguinário, vingativo, discriminador, incoerente e inconsequente.

A Justiça de Deus não pode ser comparada com a justiça dos homens, pois a lógica Espírita admite que “Deus não castiga e não perdoa ninguém”, já que, para castigar estaria sendo intolerante com as falhas de “crianças” ignorantes e atrasadas; para perdoar, implicaria que tivesse sido ofendido antes. Admitir Deus ofendido é algo que contraria o bom senso.

Eis o verdadeiro e único Espiritismo.

O que é e o que não é Espiritismo? Kardecismo!
Este texto, elaborado pelo Grupo Espírita Apóstolo Paulo, é uma extensão do artigo O que é Espiritismo?

Existe uma confusão muito grande a respeito do que é ou não é Doutrina Espírita ou Espiritismo. Isto porque há pessoas que não sabem que as palavras “espírita” e “espiritismo” foram criadas em 1857, na França, pelo codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec. Somente deveriam utilizarem-se destes termos os locais religiosos ou pessoas que seguissem os postulados desta doutrina.

Assim, cultos e religiões que de alguma forma têm em suas práticas a comunicação de Espíritos e a crença na reencarnação são confundidas erroneamente com o Espiritismo. Na verdade, embora mereçam todo o respeito dos espíritas verdadeiros, estas seitas são adeptas do espiritualismo ou esoterismo, e não do Espiritismo. Todos aqueles que acreditam na existência do Espírito são espiritualistas. Mas nem todos os espiritualistas são espíritas, praticantes do Espiritismo.

Para que uma casa religiosa seja espírita, ela deve seguir os ensinamentos contidos nas Obras Básicas da Doutrina Espírita e no Evangelho de Jesus. Geralmente, os locais espíritas recebem o nome de: Centro, Grupo, Casa, Sociedade, Instituição ou Núcleo Espírita. Deve ser legalmente constituído, de acordo com as leis vigentes no país em que está instalado. Mesmo ostentando este nome, quem os visita necessita estar atento para quais as atividades e as formas como as mesmas são praticadas por seus dirigentes e auxiliares. Visando ajudar àqueles que não conhecem o Espiritismo, mostraremos abaixo o que se encontra e o que não deve ser encontrado em uma casa espírita verdadeira.

Palestras: todo centro espírita tem o seu momento de esclarecimento doutrinário. As exposições geralmente são sobre a Codificação espírita e o Evangelho de Jesus, em uma ligação direta com nosso cotidiano. Não há nenhum ritual antes dos trabalhos, a não ser uma prece evocando a proteção de Jesus e dos bons Espíritos (geralmente, a oração é feita em pensamento). Em algumas oportunidades, antes ou no final das palestras, alguns grupos fazem a apresentação de corais musicais, quase sempre formados por grupos de jovens. Porém, este tipo de procedimento não é aconselhável, sendo indicado que seja praticado em datas e horários diferentes dos trabalhos espirituais e de esclarecimento ao público, exatamente para se evitar confusões e mal-entendidos.

Explanações e orações ao som de músicas, batuques, atabaques: o Espiritismo não utiliza instrumentos musicais para exortar o público ou evocar Espíritos. Não há o uso de qualquer instrumento durante os trabalhos.

Trajes normais: os trabalhadores de uma casa espírita trajam-se normalmente, de forma simples. A discrição deve fazer parte dos que trabalham no local, pois ali estão para auxiliar as pessoas que buscam orientação para seus problemas materiais e espirituais.

Trajes especiais: o Espiritismo não tem roupas especiais para os dias de trabalhos ou mesmo no dia-a-dia dos seus adeptos. Enfeites, amuletos, colares, vestimentas com cores que significariam o bem (branca) ou o mal (negra, vermelha) não têm fundamento para o espírita.

Inexistência de rituais, amuletos e imagens: o verdadeiro centro espírita não pratica em suas atividades nenhum tipo de ritual. A Doutrina Espírita segue o que o Mestre Jesus ensinou: que Deus é Espírito, e deve ser adorado em espírito e verdade. Portanto, sem a necessidade de nada material para contatarmos com a espiritualidade.

Presença de rituais como: ajoelhar-se frente a algo ou alguém, beijar a mão ou louvar os responsáveis pela casa, benzer-se, sentar-se no chão ou ficar levantando e sentando durante os trabalhos, proferir determinadas palavras (mantras) para evocar os Espíritos. Nas sedes dos verdadeiros centros espíritas nada disso é cultivado, como também imagens de santos ou personalidades do movimento espírita, amuletos de sorte, figuras que afastam ou atraem maus Espíritos, incensos, velas e tudo o mais que seja material e que teoricamente serviria de ligação com o mundo espiritual.

Animais para sacrifício: o local que possui este tipo de prática ou decoração não é espírita. O Espiritismo é contrário a qualquer tipo de sacrifício animal. Espíritos que pedem este tipo de atividade são Espíritos atrasados, ignorantes da Lei de Deus e muitas vezes maléficos, que podem prejudicar a vida de quem dá ouvidos aos seus baixos desejos.

Comunicação particular com os Espíritos: os grupos espíritas têm reuniões específicas e íntimas para que os trabalhadores da casa, aptos e preparados durante longos estudos para tal, possam comunicar-se com os Espíritos. E através deles, obter informações do mundo espiritual, orientações e mesmo ajudar no afastamento de perturbações espirituais que porventura estejam prejudicando alguém. Todo este cuidado baseia-se na orientação dos próprios Espíritos superiores, responsáveis pela elaboração do Espiritismo, como também no alerta de João, o Evangelista, que em sua 1ª Epístola, capítulo IV, versículo 1, diz: “Amados, não creiais em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus”. Agindo assim, o centro espírita evita o máximo possível a influência de Espíritos zombeteiros e maldosos, que muitas vezes vêem neste contato com os encarnados a oportunidade de tecer comentários mentirosos e doutrinas esdrúxulas. A seriedade de reuniões fechadas os intimida, favorecendo a presença dos Espíritos esclarecidos.

Há alguns tipos de trabalhos mediúnicos, principalmente de psicografia (escrita dos Espíritos através de médiuns), onde pessoas levam até lá o nome de entes desencarnados para tentarem a comunicação dos mesmos através da mediunidade, e ficam observando a manifestação. O médium Francisco Cândido Xavier, da cidade mineira de Uberaba, é um destes exemplos. Porém, nestes casos, o Espírito não se comunica diretamente com seu parente. Apenas influencia o médium, que escreverá, de forma discreta e ordenada, a mensagem do além.

Comunicação de Espíritos em público: a Doutrina Espírita é contrária a este tipo de manifestação, cercada geralmente de curiosidades e interesses materiais, ao invés do bom senso que deve permear toda comunicação espiritual. Há locais em que os médiuns recebem seus “guias” ou “Espíritos protetores”, teoricamente responsáveis pelo funcionamento da casa, e orientam os consulentes sobre qualquer tipo de dúvida. Muitas vezes, as respostas dadas por este tipo de Espírito não têm base científica ou doutrinária alguma, seguindo apenas seu próprio conhecimento, que pode ser limitado. Em vários destes lugares em que há a manifestação pública, as entidades espirituais são servidas de fumo, bebida, comida, ingeridas pelo médium incorporado. Com isso, mostram a limitação destes Espíritos, ainda muito apegados aos vícios e prazeres materiais.

Desenvolvimento cauteloso da mediunidade: a Doutrina Espírita explica que todo ser vivo tem mediunidade, pois é através dela que os encarnados recebem influências boas e más do mundo espiritual, que servirão de ajuda ou aprendizado no decorrer de suas existências terrenas. São chamados de médiuns aqueles capazes de proporcionar a manifestação dos espíritos. O Espiritismo adverte que para poder ampliar esta ligação com o mundo espiritual, é necessário que o médium passe por uma série de preparativos.

Anos de estudo, maturidade, modificação moral constante, vida regrada, abstendo-se dos vícios mais grosseiros, como o fumo e a bebida, são algumas das regras básicas para que o indivíduo possa vir a desenvolver sua mediunidade, e estão contidas em “O Livro dos Médiuns” . Os centros espíritas verdadeiros não aconselham a pessoa a trabalhar mediunicamente sem antes passar por este período e preparação citados. Muito menos diz que alguém “precisa” desenvolver a mediunidade. Ninguém é obrigado a nada, afirma a Doutrina. Todos têm seu livre-arbítrio, e mesmo que o ser tenha um canal mediúnico amplo, próprio para o desenvolvimento da mediunidade, e não quiser desenvolvê-lo, não há problema. Tudo o que é forçado é prejudicial ao homem.

Desenvolvimento mediúnico forçado: se ao chegar em um ambiente espiritualista alguém afirmar que sua mediunidade “precisa” ser desenvolvida, caso contrário você sofrerá as conseqüências materiais e espirituais; que sua vida será um transtorno; que os Espíritos estão lhe chamando para o trabalho; que esta é a sua missão; com certeza este não é um local que segue a Doutrina Espírita. Há seitas e religiões afro-brasileiras que obrigam a pessoa a desenvolver-se mediunicamente e depois as ameaçam com terríveis problemas futuros se elas deixarem de “trabalhar”. Isto gera angústia, medo e desespero nos envolvidos, que geralmente acabam vítimas de graves obsessões (influência maléfica persistente de um Espírito atrasado sobre outro ser). Cuidado!

Não há promessas de curas: o verdadeiro centro espírita não promete a cura para quem o procura. A Doutrina afirma que a cura de uma influência espiritual ou doença material depende de uma série de fatores, entre os quais a modificação moral do enfermo, sua necessidade, seus problemas relacionados com encarnações anteriores e acima de tudo, se há ou não a permissão de Deus para que haja a solução da dificuldade. Muitas vezes, o sofrimento é um período necessário para o ser refletir sobre sua existência, e o único que sabe quando é a hora disso terminar é o Criador. O que o centro espírita faz é um pronto-socorro aos necessitados de amparo e esclarecimento, é de todas as formas possíveis (orações, tratamentos espirituais, passes, orientações morais e materiais) tenta minimizar o sofrimento alheio, rogando a Jesus que se o Pai permitir, que interceda junto ao indivíduo.

Promessas de cura: qualquer lugar que prometa a cura de problemas espirituais ou materiais, sem levar em consideração os fatores já citados, não é um local espírita. Condicionar uma cura à frequência exclusiva naquele ambiente, ao pagamento de dinheiro ou bens materiais, ou mesmo à “força da casa” não tem base no Espiritismo e foge do bom senso que regula as leis de Deus. Estas, não podem ser modificadas de acordo com nossa vontade. Por isso, prometer algo que não depende apenas de nós mesmos beira a irresponsabilidade e pode levar a pessoa desesperada ao desequilíbrio total ou à descrença em Deus.

Passes simples: o passe é um método utilizado dentro dos centros espíritas. Nada mais é do que a simples imposição das mãos de médiuns sobre a fronte de outras pessoas, transmitindo-lhes fluidos magnéticos e espirituais (energias positivas do próprio médium e de bons Espíritos), no intuito de fortalecer-lhes o corpo e a parte espiritual. Tem duração em média de 30 segundos a 01 minuto. Geralmente, é aplicado dentro de salas específicas, após a palestra, individual ou coletivamente, com o público sentado e o passista de pé. Apenas são feitas orações, em pensamento, pelos médiuns, rogando o amparo de Jesus àqueles que estão recebendo os fluidos. Os passistas não ficam incorporados pelos Espíritos, apenas recebem sua influência mental e fluídica. Importante: nunca há necessidade do passista tocar a pessoa que recebe o passe. Toques, apertos, carícias têm grandes possibilidades de serem mal-interpretados, gerando confusões, e por isso são dispensados no centro espírita.

Passes com movimentos: locais em que os passes são aplicados com movimentos bruscos, utilizando objetos, baforadas de cigarro ou charuto, estalando-se os dedos, repetindo mantras e cânticos, tocando várias partes do corpo do receptor não são centros espíritas. Passistas que transmitem os passes incorporados por entidades, fazendo orientações ou conversando normalmente, não são médiuns espíritas.

Todo o serviço espiritual é gratuito: o verdadeiro centro espírita não cobra nenhuma orientação ou ajuda espiritual de seu público, nem condiciona o recebimento de curas ou salvação às doações. Dar de graça o que de graça receber, ensinou Jesus, em alusão aos conhecimentos espirituais. Não aceita dinheiro por serviços prestados mediunicamente. Seus dirigentes e trabalhadores têm profissões próprias, que lhes dão o sustento financeiro necessário para suas vidas. Quem sustenta materialmente a casa espírita são seus trabalhadores, através de doações mensais, destinadas ao pagamento de aluguéis, manutenção, divulgação doutrinária e aquisição de alimentos, roupas e demais objetos a serem distribuídos às famílias carentes ou instituições filantrópicas que sejam assistidas pelo grupo. Todo valor arrecadado será exposto em balanços mensais, para que tanto trabalhadores como frequentadores tenham acesso sobre onde é investido o dinheiro do centro espírita. Caso algum frequentador da casa queira doar algo ao núcleo, é preferível que a doação seja feita em gêneros alimentícios, roupas, materiais de construção e afins, que poderão ser destinados aos carentes ou mesmo utilizados na manutenção da casa. Se houver por algum motivo uma doação em dinheiro, o centro espírita deverá fornecer um recibo ao doador e inscrever esta doação no balanço mensal do grupo.

Cobrança pela ajuda espiritual: todo local que cobra dinheiro, favores ou exige qualquer coisa ou favor material devido à ajuda espiritual prestada não é um centro espírita. A cobrança financeira é própria de pessoas que vivem da exploração da crença alheia, contrariando os ensinos de Jesus. Há seitas que pedem dinheiro aos seus assistidos afirmando que será usado para o feitio de trabalhos espirituais, como a compra de velas, comida, roupas e coisas do gênero. Isso não é Espiritismo. Espíritos que se prestam a fazer serviços espirituais em troca de coisas materiais são entidades atrasadas, que nada de bom podem trazer aos que os procuram.

Não podemos comprar a paz de espírito e tranquilidade que buscamos, é isto que prega a Doutrina Espírita. Se não for esta a orientação do local, com certeza não é um ambiente espírita.

GRANDIOSIDADE (por Tulio Fuzato)

Quero expressar a GRANDIOSIDADE e PROFUNDIDADE desta Santa Doutrina, ainda Tabú para muitos irmãos nosso que NÃO ENTENDEM ou NÃO ACEITAM O FUNDAMENTO LÓGICO DA RE-ENCARNAÇÃO, coisa bem simples de se entender!!! (Foi extraído das sagradas escrituras)!!!
imaginem Amigos se Deus que é todo Amor e Justiça fornecesse apenas uma única vida para cada ser humano???? imaginem??? um nasce rico lindo de olhos azuis, cresce em berço de ouro, casa-se com uma Loira maravillhosa e tem uma vida cheia de vitórias e alegrias. o outro, nasce pobre, segregado, na favela ..... vira Marginal e morre num confronto com a Polícia depois de matar uns 10 pelo menos. O Primeiro foi pro "Céu" e o segundo pro "inferno" um viverá pra sempre a glória, o outro o fogo eterno??? SERIA DEUS TÃO INJUSTO E IMBECIL que pelas Leis de ação e reação, causa e efeito (Leis que ele mesmo criou e que são Universais e imutáveis), NÃO HAVERIA UMA CHANCE??? UMA NOVA OPORTUNIDADE??? o que são 1000 anos para o Espírito???? uma vida carnal é apenas um capítulo na GRANDIOSA ESTEIRA de muitas etapas que já foram vividas ....... somos Artistas envergando corpos físicos e incumbidos de determinados "papéis" que assumimos ou não em nosso planejamento de vida quando "Deus" nos plasmou ...... igrejas, templos, cléricos, bispos, padres, pastores são apenas simples VAZOS da expressão Divina, nem eles mesmos sabem que RE-ENCARNAM até mesmo porque o corpo Físico é uma barreira e nosso cérebro funciona com 20% apenas do que se chama RACIONAL ....... Deus é tão misericordioso tão bom, tão perfeito que NÓS NEM SONHAMOS DE LEVE O QUE FOMOS EM NOSSAS VIDAS ANTERIORES ....... e se soubéssemos TERÍAMOS VERGONHA porque como diz Chico Xavier: "contra minutos de Luz temos milênios de sombra"
SENHOR!!! AFASTA-ME DE TUDO QUE NÃO PROVÉM DE TI ....
AFASTA-ME DE TUDO QUE NÃO É LUZ .....
abçs à todos os irmãos independente de dogma Religioso
mas a crença é uma só .........
Deus o Pai
Jesus o enviado, nosso irmão maior!!! nosso Salvador
e todas a legiões do Bem .......
no plano terra e em todo Universo!!!
GRAÇAS À DEUS!!!
Amém ....

domingo, 17 de outubro de 2010

O AMOR

O Amor deve ser a base de tudo .....
Amigos, inimigos, parentes que já se foram, entes queridos, idosos, def. físicos, doentes, mendigos, animais, etc....
TODOS CARECEM DE NOSSO AMOR.
Num mundo louco e desumano em que vivemos isso ainda é escasso.
O sistema Sócio-Econômico-político, o poder, as autarquias ...... e o MUNDÃO, desejam o contrário.
Nunca seria demais lembrar esses valores em todos os lugares: em casa, na escola, no trabalho, nas empresas, e pricipalmente nas ingrejas, seitas, seja lá o que for.
A inversão de valores desse mundo distorcido, contorceu o significado da palavra AMOR!
É abstrato falar e definir Amor, mas ele é como Deus. E Deus não se explica; Deus se sente!

O Amor não é um bem material. Ele não pode ser comprado, vendido, alugado; é como a Saúde .... algo saudável ..... maravilhoso e que parte de dentro pra fora! Quem Ama é sudável. E quem não Ama pode estar doente ou poderá ficar ...... O Amor e a compaixão já dizia o Dalai Lama: são lubrificantes pra alma!
Amor se dá, não se pede ou se cobra!
Aquele que barganhar qualquer coisa por uma suposta quantidade de amor, estará certamente no erro.
Vemos casamentos em que se diz haver Amor, mas alguns interesses estão claramente encabeçados na frente; e sabemos que isso não irá longe, ou seja: não é perene, duradouro. Não é verdadeiro!
Tudo nessa vida passa! tudo pode ser efêmero e impermanente como o nosso corpo físico, nossas dores etc.... mas nossas obras e boas ações dentro do Amor, ficam gravadas pelas sagradas Leis Universais ("Deus") de ação e reação!
Recebemos da vida aquilo que damos!!!
Não é papo de Político, ou Francisco de Assis; não é barganha (troca); é uma posição altruísta, destituída de recompensa, até porque a simples gratidão da parte oposta, gera em nós uma vibração altamente salutar, de bem-estar, (refrigério d`alma), contagiando tudo e todos à nossa volta ..... são os dividendos que o Amor vai gerando ....
No mundo da meta-física e da meta-psíquica, fica provado cientificamente que essas energias superiores podem reverter até células mortas, cancerosas, tumoríficas, etc... etc....
Daí o princípio de cura espiritual que o nosso mestre Jesus aplicava largamente aos doentes e desesperados.
Uma grande dose da poderosa vibração de um incomensurável AMOR ESPIRITUAL .....
Se até os animais sabem e sentem isso, porque vc está aí parado???
Vamos à luta ..... estamos no plano terra: O PLANETA ESCOLA ....

A Paz do Senhor,
Tulio

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

GRUPOS DE LOUVOR

Trazendo unidade ao grupo de Louvor!

Ramon Tessmann

Criar um grupo de louvor na igreja é tarefa relativamente fácil. 
No inicio todos apóiam, todos participam e parece que vai dar tudo certo, porém, a medida que o tempo passa, permanecer firme é na realidade um grande problema para o grupo. 
Muitos dizem que este problema está diretamente ligado a falta de consagração dos componentes, outros afirmam que os componentes estão em pecado, por sua vez muitos irmãos que tinham grupos de louvor se queixam da perseguição na igreja pelos próprios irmãos e obreiros do ministério. 
Na sua opnião qual o grande problema dos grupos de louvor que não permanecem na obra? 
E qual a principal dificuldade que um grupo enfrenta?

Um assunto de suma importância dentro de qualquer ministério é a unidade que deve haver entre as pessoas.
Vemos muitos grupos por aí buscando unção de Deus, procurando ser abençoados, etc.
Mas alguns destes grupos têm um problema que vai estar sempre os atrapalhando: a falta de união entre os levitas!
A desunião de um grupo pode ser causada por milhares de motivos.
Dentre os mais conhecidos citaremos alguns que talvez o seu grupo se identifique: 
Pessoa magoada; Falta de humildade (soberba); Fofoca (contendas); Falta de amor pelos membros do grupo; Irmãos com pensamentos e idéias diferentes; Falta de respeito uns pelos outros.
Talvez você pudesse acrescentar mais motivos pelos quais o seu grupo tem vivido, mas deixaremos esta parte de lado e seguirmos em frente falando um pouco das soluções para este problema. 
Uma delas que o nosso grupo encontrou foi a palavra honrar.
As Escrituras Sagradas dizem que devemos honrar e amar uns aos outros. 
Quero que fique bem claro que honrar o próximo não é ser um "puxa-saco" dele.
É bem diferente do que honrar. É bom criarmos o hábito de dizermos uns aos outros: Foi bom ter cantado com você! Foi uma honra estar ministrando contigo!
Foi uma honra estarmos louvando a Deus juntos! Foi uma bênção para mim ter tocado teclado com vocês! Você é um servo de Deus! Isto é honrar o próximo!
Este tipo de atitude melhora em muito o relacionamento de um grupo de louvor. Por outro lado, há levitas que fazem exatamente o contrário, e é aqui que se acha um dos motivos da falta de unidade de um grupo. Após o período de louvor, evite estes comentários: Hoje você não deveria ter cantado! Hoje você estava péssimo! Parece que você está desaprendendo! Você precisa ensaiar mais...! Você nos atrapalhou em tal cântico! Você errou demais esta noite!
Estes comentários não ajudam em nada, e muitas vezes acabam machucando alguém. Se você tem algum comentário ou exortação a fazer, faça depois na reunião de louvor, e mesmo assim com bastante "jeitinho". Faça tudo isto visando a unidade, e para quebrar qualquer motivo de barreira que poderia criar-se entre um levita e outro. Para finalizar, gostariamos de convidar você a levar unidade para o seu grupo. Se você tem sonhos e objetivos com relação a sua equipe, primeiramente você deve ver se há unidade naquele meio. Os levitas devem se honrar, respeitar, ter o mesmo sentimento uns para com os outros e amar o próximo como a si mesmo, como Jesus enfatizou!

Louvar o nome do Senhor é desafiar Satanás frente a frente, pois ele perdeu este ministério quando de sua queda do céu. O querubim ungido que comandava e regia os coros celestes se corrompeu e perdeu seu dom precioso de louvar. Deus, porém, abençoa seus filhos com este dom maravilhoso, o que deixa Satanás muito irado. Estar cara a cara com o nosso inimigo exige de nós uma preparação muito maior do que em outras posições no campo de batalha espiritual.
Um soldado de frente de guerra deve estar atento e vigilante as ciladas do inimigo, que pode atingi-lo a qualquer momento. O fato de grupos de louvor não durar muito tempo esta diretamente ligada a falta de vigilância espiritual e preparação deste batalhão de soldados,  que estão em frente de guerra no campo de batalha. Um grupo que vigia e se consagra vence as batalhas e ganha almas para o Reino de Deus, pois está cara-cara com o inimigo.
E a vitória é mais certa ainda, quando o pelotão se encontra preparado em combate.
Pense nisso ... E que Deus te abençoe!!!

Equipes de Louvor, ouçam!

A alguns meses senti o desejo de estudar os principais problemas enfrentados por uma equipe de louvor, disponibilizando soluções e palavras de ânimo aos meus amados irmãos. Foi com esta motivação que decidi escrever este artigo, sem a pretensão de ser a palavra final no assunto.
Mas por favor leia o que eu tenho a dizer a você!

Uma das coisas que o Diabo mais tem raiva é ver o nosso Senhor recebendo louvor e adoração. Realmente, ele não gosta ao ver os filhos de Deus se prostrando, cantando, batendo palmas, sorrindo, tendo unidade, erguendo as mãos, fazendo gestos e além de tudo, prestando adoração a Deus!
Uma das coisas que ele pediu que Jesus fizesse foi "... se prostrado me adorares ...".

É por esta razão que muitas lutas e tribulações batem a porta de uma "equipe de louvor", pois os músicos cristãos são separados para propiciar estes momentos de adoração e louvor direto a Deus, nos cultos. Os músicos são unicamente separados para dirigir o povo no período de louvor congregacional. Assim, o Diabo tenta muitas vezes fazer um caos dentro de um grupo. Ele põe empecilhos, traz desânimo, cria pequenas confusões, tudo para haja um mal relacionamento entre os membros do ministério e conseqüentemente afetar o período de louvor e adoração congregacional. Querido leitor, preste atenção nas explicações abaixo:

Alguns problemas e soluções

Pecado - Um grave problema é haver pecado oculto dentro do grupo de louvor. Seja ele mágoa, rancor, raiz de amargura, pecado não confessado, etc. Quem está nesta situação corre o risco de ser acusado pelo Diabo e estar com a consciência pesada, além de prejudicar também o restante do grupo.
Solução: Tudo deve ser confessado: seja ao irmão ou seja a Deus! É importante não deixar o pecado criar raiz dentro do coração para não haver piores conseqüências. Todos devem ter humildade para reconhecer que erraram diante de Deus, e se for necessário, diante do grupo!

Corações que precisam ser transformados - Já encontrei vários músicos que reclamaram de seus companheiros de grupo dizendo: "Fulano de tal não é convertido" , "o nosso baterista só quer saber de bateria" , "o nosso guitarrista não tem coração de adorador". Solução: Primeiramente, você tem que aprender a agradecer a Deus por aqueles músicos que Ele tem te dado. Depois você tem que aprender a orar por eles, ao invés de ficar reclamando! Você sempre deve lembrar: Uns adquirem maturidade espiritual mais cedo, e outros mais tarde. Aí é que entra a paciência e o esperar em Deus...

Tradicionalismo - O tradicionalismo tem sido um grande problema para muitas equipes de louvor, assim como já foi para a nossa. Ex: em nossa igreja já tivemos preconceitos contra a instrumentos (bateria), estilos musicais, expressões de louvor (como palmas e gestos), etc. O tradicionalismo nos faz, muitas vezes, seguirmos à risca ritos e práticas nunca encontrados na Bíblia, mas que são seguidos para honrar e lembrar da tradição e não de DEUS! Solução: Nestes casos, a equipe de louvor deve esperar pacientemente no Senhor, orando e jejuando, para que Deus liberte sua igreja de todo preconceito, ritos e práticas que não são bíblicos, assim como idéias e pensamentos sem fundamento!

Falta de músicos - muitos irmãos desanimam ao ver que um músico de sua equipe saiu da igreja, se "desviou", ou largou o ministério de música. Bem, esta é a fase que eu chamo de "deserto" e é difícil de explicar em poucas palavras. Ás vezes, Deus permite que enfrentemos um deserto em nosso grupo, para que Ele veja até aonde vai nossa fé e perseverança, assim como fez com Abraão e Jó. Para sermos ungidos temos que aprender a pagar o preço. E foi exatamente isto que aconteceu com o pessoal do Ministério Vida Nova, que passou por períodos delicados, mas Deus foi fiel, e foi acrescentando, acrescentando,... Solução: Nunca desanime! Lembre-se que, muitas vezes Deus permite que nós passemos pelo deserto, assim como fez com Abraão e Isaque, Daniel na cova dos leões, O povo hebreu no deserto, Davi e Saul, e todos os outros. "Não se constrói uma equipe de louvor abençoada sem sofrimento, sem luta!".

Atrito - É comum encontrarmos por aí, músicos com o coração cheio de orgulho, soberba e inveja, não mantendo um bom relacionamento com o restante do seu grupo. Não é difícil ouvirmos: "Eu toco melhor do que você", "Era eu que deveria ter cantado hoje", "Você está apenas aprendendo", etc. Uma equipe que não vive em comunhão, não pode cantar comunhão!!! Acho importante ressaltar que a nossa língua tem poder para destruir um grupo, portanto, cuidado com as fofocas, mentiras, falatórios, etc. Solução: Trate seus irmãos como se eles fossem mais do que você. Elogie o seu companheiro de grupo, dizendo: "Você é um sacerdote de Deus", "Deus te separou para esta obra", "Você é uma bênção!", etc. Não dê brecha para o inimigo atuar na área do relacionamento dentro do seu grupo. Exorte os seus companheiros quando eles tiverem cometendo algum erro contra o próximo, e igualmente aprenda a honrá-los como filhos de Deus!

Insubmissão - Um dos erros fatais dentro de uma equipe é a insubmissão ao "líder de louvor" ou até mesmo ao Pastor, o que acaba se transformando em rebeldia. Bem, não temos muito o que comentar sobre este item, é só ler a Palavra de Deus para observarmos que Deus se agrada de coração submisso. Solução: o líder de louvor deve pedir direção a Deus para tratar da ovelha insubmissa com amor e muitas vezes com dureza! É como diz a Bíblia: "Obedeceis os vossos mestres...". Muitas vezes o músico insubmisso pode até ficar um tempo sem tocar ou cantar (em disciplina), até entender que deve obedecer uma autoridade estipulada por Deus!

Espero que você tenha aprendido um pouquinho mais sobre este tema. Não esqueça que Deus é fiel, e nunca desanime. Apesar de todas as lutas e problemas, trabalhar com Ministério de música é uma honra, pois estamos levando pessoas a adorarem a Deus... e isto é a sua vontade!
Nas Escrituras Sagradas, santidade tem o sentido de purificação e direção do homem pela obra do Espírito Santo. Muitas expressões são usadas com mesmo significado. Observe:
   

- Santificação é "andar na luz":

"...mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado" (1 Jo 1:7).

- Santificação é "guardar os mandamentos" de Deus:

"E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos" (1 Jo 2:3).

- Santificação é "viver de modo digno do Senhor":

"para que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus,..." (Cl 1.10).

Sem dúvida alguma, a santidade é essencial para que o homem possa viver uma vida cristã e ser usado na obra de Deus. Os músicos cristãos, por exemplo, começam a receber unção para ministrar exatamente quando começam a viver em santidade e comunhão com Deus. Assim funciona em toda obra espiritual.

As Armadilhas na Área da Música

É fácil perceber que alguns pecados têm acompanhado a vida de muitos músicos e cantores cristãos, prejudicando a santidade e a comunhão com Deus.

Os primeiros passos para uma vida de santidade podem ser dados fugindo das obras da carne, reveladas em Gálatas 5.19,20 e 21: "... a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias...", e outras impurezas relatadas em 2 Co 12:20: "... contendas, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos..".

Apesar desta grande variedade de obras da carne, quero focar nosso estudo em cima do orgulho, da soberba e da idolatria, e de outras armadilhas que veremos a seguir. Vejo que tais erros têm prejudicado em muito a vida espiritual dos músicos e cantores cristãos, o que um dia já aconteceu comigo. Observe:

1 - O Orgulho:

O orgulho é o elevado conceito que alguém faz de si próprio ou amor-próprio exagerado. Este é um sentimento que todo ser humano muitas vezes esconde no coração. Dentro do ambiente da música evangélica, por exemplo, é muito fácil encontrar cristãos envaidecidos pelo conhecimento de louvor, espiritualidade, experiência musical ou por qualquer outra qualidade que possuem. Por esta razão, o pecado do orgulho é o primeiro problema que decidi pôr em pauta neste capítulo.

Quando a palavra orgulho é mencionada neste estudo, sua citação inclui todas as suas palavras relacionadas e sinônimas: vanglória, soberba, vaidade, presunção infundada e outras. Para iniciar esta parte, vamos partir de alguns trechos fundamentais da Palavra de Deus, seguindo suas explicações:

1.1 - Cuidado com a Vanglória: Gálatas 5:25,26: "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros".

Quando o levita se deixa possuir de vanglória, ele está cometendo dois erros básicos: roubando a glória de Deus e quebrando a comunhão com os irmãos do grupo.
O texto acima deixa claro que quando a pessoa deseja glória para si, ela provoca as pessoas que a rodeiam, o que acaba criando barreiras entre os membros do grupo.

No trecho acima, a Bíblia ordena que nós não nos deixemos possuir de vanglória. Podemos perceber facilmente que uma palavra está intimamente associada a este assunto: os elogios. Tenho visto que muitos músicos cristãos sobem a plataforma para ministrar, esperando ansiosamente por elogios de homens. Este sentimento de ansiosidade ataca os levitas geralmente em eventos onde um grande número de pessoas está envolvido. Todos devem esperar pelo elogio que vem do Senhor, e Ele honrará conforme o seu tempo.

1.2 - A Importância da Humildade no Corpo: Romanos 12.16: "Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos".
condescender = concordar, aceitar, transigir.

A Bíblia deixa claro que os cristãos não devem tratar uma pessoa diferentemente da outra, mas devem ter o mesmo sentimentos uns para com os outros.
Nesta parte do livro quero abrir parênteses ressaltando a importância da humildade no corpo de Cristo. Em 1 Coríntios, o apóstolo Paulo compara a Igreja aos nossos corpos físicos, onde cada membro tem uma função especial, mas todos trabalham juntos. Ele diz: "O corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser corpo. ... Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve".
Paulo continua: "Há muitos membros, mas um só corpo. Não podem os olhos dizer a mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés" (1 Cor. 12:14-21). Paulo ainda acrescenta que até os membros do corpo que pareçam ser os mais fracos ou os menos úteis são necessários para que o corpo seja perfeito.
Portanto, ninguém pode se orgulhar por algum motivo especial, porque a Palavra diz: "... condescendei com o que é humilde".

Em Romanos 12:3 a 5, a Bíblia diz: "Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,...".

1.3 - Ninguém Julgue Ser Alguma Coisa: Gálatas 6:3: "Porque, se alguém julga ser alguma cousa, não sendo nada, a si mesmo se engana".

Dentro da área musical das igrejas, muitos cristãos têm sido cegados pelo orgulho musical ou espiritual. Isto acaba atrapalhando a obra de Deus. Ao contrário do que vemos por aí, ninguém deve se julgar um bom músico ou um músico espiritual, e se orgulhar nisso. A Bíblia é clara: quem alimenta este sentimento, a si mesmo se engana.

Algum tempo atrás, ouvi um testemunho à respeito de um músico recém convertido numa igreja evangélica na cidade de Nova York. Sua história relata que ele foi tomado por um sentimento de orgulho no início de sua caminhada cristã. Como bom cantor e pianista que era, ele pensou que logo após ter aceitado Jesus, seria chamado para cantar e tocar na igreja. Passando-se algum tempo, vendo ele que isto não acontecia, disse ao seu pastor: "Eu quero trabalhar na obra de Deus! O que eu posso fazer na igreja?". O pastor sabiamente respondeu: "Peque este desintupidor de pia e comece a trabalhar!".

A história acima serve de grande exemplo para nós. Quando uma pessoa é tomada pelo sentimento do orgulho, Deus a coloca lá embaixo. Porém quando a pessoa vive em humildade, Deus a seu tempo a honrará, como já mencionei anteriormente. Ele começa a trabalhar na vida de uma pessoa quando ele encontrar humildade no coração dela.

Todos as pessoas que desejam ser usados por Deus, devem estar constantemente orando para que pensamentos e sentimentos soberbos não entrem em seus corações. Acredito que humildade é uma virtude agradável aos olhos de Deus e um bom início para aqueles que desejam trabalhar nesta área ministerial.

2 - O Show:

Por causa do grande crescimento da música gospel nestes últimos tempos, alguns pensamentos "extra bíblicos" têm afetado o verdadeiro propósito de louvor e adoração para o povo de Deus revelados nas Escrituras. É fácil perceber em muitos lugares, que o louvor a Deus está sendo transformado em show, com a finalidade de trazer prazer e entretenimento ao homem. Muitos músicos têm levado na mente um conceito errôneo da palavra inglesa gospel e tem influenciado os jovens a pensar do mesmo modo.
gospel = god + spell = Palavra de Deus = Evangelho

Antes de mais a explicações sobre o tema quero que o leitor entenda o significado da palavra show quando ela for citada nesta parte deste estudo:

1 - A palavra show deriva da língua inglesa significando apresentação. O verbo to show significa mostrar, apresentar, revelar, expor, etc. No dicionário Silveira Bueno de língua portuguesa show se define como espetáculo; apresentação musical ou teatral.

2 - Quando a palavra show for citada neste livro, ela abrangerá a apresentação musical em si e outras palavras relacionadas, tais como: contrato profissional, cachê, empresários, cobrança de ingressos, dinheiro, etc.

Creio que a música utilizada como veículo de louvor a Deus não deve ser utilizada da mesma forma que a música secular. Este é um problema que facilmente encontramos atualmente. Muitos cristãos têm profissionalizado a música evangélica atual, ganhando rios de dinheiro com isto. Por este motivo, devemos ter cuidado para não trocar gato por lebre, relembrando a parábola do joio e do trigo.

Há músicos cristãos, hoje em dia, que mudam de igreja ou equipe musical quando começam a achar que não vão ter um "futuro promissor" nela. Eu, pessoalmente, creio que a música cristã deve almejar diferentes propósitos e ter diferentes visões. Eu não posso acreditar que ela deva visar dinheiro, lucro, fama, ou qualquer outro motivo nunca citado nas Escrituras.

Algum tempo atrás, um grupo musical cristão muito conhecido foi convidado para vir a Criciúma - SC, com o fim de apresentar o seu trabalho às igrejas locais. A estadia deste grupo foi bastante divulgada em pequenos panfletos distribuídos dias antes do "show". Reflita no anúncio publicado:

GRANDE SHOW:

VENHA LOUVAR AO SENHOR COM A BANDA XXXXX !!!
Venha participar deste grande evento onde o pastor XXXXX estará orando por todos!!!
DIA: XX / XX / XX
VALOR DO INGRESSO: R$ 15,00

Ao ler este anúncio, comecei a me indagar sobre o primeiro problema que percebi: "Se algum irmão não tiver condições financeiras para adquirir o ingresso, ele não poderá louvar a Deus ou receber oração como os demais?".

Um outro problema é que o envolvimento com shows pode prejudicar gravemente as pessoas. Alguns anos atrás, um pastor de uma cidade vizinha contratou um famoso cantor para ele estar no estádio de futebol da cidade ministrando. O valor do cachê foi fechado em R$ 20.000,00. No dia do evento caiu uma forte chuva e pouquíssimas pessoas compareceram ao local da apresentação. No final da história este pastor teve que vender a casa para pagar o empresário do cantor. Este fato serve de exemplo para todos aqueles que estão envolvidos com a música cristã. Na hora de contatar um grupo para ministrar, questione em pensamento: "Se nós dissermos que não temos condições financeiras para pagar o cachê ao grupo, será que eles virão louvar do mesmo jeito?".

É importante que os músicos cristãos criem uma posição crítica sobre tudo o que acontece ao redor no ambiente cristão. Há muitos músicos e cantores "disfarçados" que se dizem de Deus, mas possuem alvos e propósitos extra bíblicos. A própria Bíblia nos manda vigiar, isto para que não sejamos confundidos. Em nenhuma parte das Escrituras nos deparamos com situações onde os levitas cantavam e faziam apresentações para o povo. A verdade é que todo o povo louvava a cantava ao Senhor juntamente com os diretores de música e cantores.

Podemos perceber que nos shows, as atenções não são voltadas à Deus, mas são geralmente direcionadas à banda que está no palco. Muitos ainda, vão a shows para buscar prazer ao corpo ou um divertimento diferente. Este é outro problema. No livro dos Salmos, Davi enfatiza inúmeras vezes a ordem de louvor direcionada a Deus (Sl 9.11, 18.3, 21.13, 27.6,...). "Louvai ao Senhor", "Salmodiarei ao Senhor", "Cantai ao Senhor", "Engrandecei o Seu Nome", "Celebrai com júbilo ao Senhor", etc. Percebemos que havia uma certa preocupação de Davi em conduzir o seu louvor direcionado a Deus e agradá-lo com suas músicas e poesias. Davi entendia o que era louvar a Deus e o fazia bem feito. Este é o propósito da música!

Ouvimos muitos irmãos dando "desculpas" para tocarem shows dizendo que foram chamados para trabalhar com música evangelística. Nada contra isto, mas observamos facilmente que o verdadeiro propósito de muitos é ser reconhecido pelas pessoas e não ganhar almas para Cristo. Algumas bandas procuram cantar em festas mundanas, concursos musicais e quermesses, dizendo que vão testemunhar de Jesus, porém, muitas vezes isto não acontece. Nestes casos o estilo de vida dos músicos cristãos começa a passar uma imagem ruim para a sociedade.

As pessoas devem ter em mente que, num período de louvor, todos somos o palco e Deus é o auditório. Ele está sabe tudo o que fazemos em cima do palco e sabe se estamos cantando com sinceridade ou não.

3 - A Idolatria:

Ao iniciar esta parte quero dar algumas explicações essenciais sobre a pessoa idólatra e a idolatria. Observe:

Idólatra = é o adorador de ídolos.
Idolatria = é o culto que é prestado aos ídolos.

Idolatrar é prestar culto a algum deus ou ídolo. Porém este deus ou ídolo não precisa necessariamente ter a forma de uma pessoa ou divindade. Algumas pessoas, por exemplo, podem tratar o dinheiro como um deus, tornando-o um objeto de culto e adoração. Outras podem colocar líderes religiosos acima de Deus, oferecendo a vida por eles. Sabendo o conceito de idolatria, muitos deverão se perguntar: O que a idolatria tem a ver com a música cristã? Vejamos abaixo:

Como todos sabem, a música cristã têm enfrentado um espantoso processo de crescimento nestes últimos anos. Podemos perceber que cantores evangélicos têm sido reconhecidos, músicas lindíssimas têm sido compostas, novos grupos de louvor têm se formado, etc. É uma verdadeira revolução! No entanto, apesar desta rápida expansão, muitos problemas têm se infiltrado na área musical das igrejas. Um destes problemas é a idolatria musical, como estudaremos a seguir.

A idolatria musical é um pecado escondido, nos corações de muitos músicos e cantores cristãos. No entanto, é extremamente fácil encontrar pessoas que são apaixonadas pela música, por instrumentos musicais ou são fãs de cantores evangélicos conhecidos.

Dependendo do caso, a idolatria musical de um levita pode abalar profundamente uma equipe de louvor, criando uma série de problemas. Quando um cristão coloca a música acima de Deus, podemos ter certeza que todo o seu grupo corre o risco de ser prejudicado. Você pode estar se perguntando como isto pode ocorrer.

Eu, pessoalmente, conheço músicos que só participam dos cultos quando sabem que vão ministrar. Há alguns que se forem impedidos de tocar ou cantar, largam a igreja e saem dos caminhos do Senhor. A pessoa com idolatria musical dificilmente participa de orações, vigílias ou estudos bíblicos, porém sempre tem tempo para ensaiar. Para o músico idólatra, a parte mais importante do culto é quando pega o instrumento para tocar. Muitos chegam a esperar ansiosamente por este momento. Estes são exemplos de idolatria que podem causar um efeito prejudicial na área musical.

Um problema que também observo é que o músico idólatra tem a mania de profissionalizar a música cristã, tratando dela como se estivesse no mundo dos negócios. É fácil perceber o envolvimento de contratos, cachês, shows e eventos, marketing, direitos autorais e outras características mundanas que já vimos anteriormente. Esta prática acaba fazendo com que bandas gospel, shows evangélicos e até mesmo alguns ritmos se tornem objetos de adoração das pessoas. A idolatria musical acaba realmente levando os levitas a se desviarem do propósito de Deus para música.

Um outro problema sério é que a idolatria não deixa o músico se envolver tanto com a obra de Deus, ou seja, não há tempo para o trabalho da igreja. Ele, muitas vezes, é freado por um objeto de adoração que possui, tendo a possibilidade da dar pouca atenção a Deus e muita atenção à música. Podemos constatar também que o músico idólatra é raramente uma pessoa disponível para a obra. Todo o levita que age desta maneira deve ser ensinado pacientemente pelo seu líder ou pastor.

Para finalizar esta parte quero revelar que o meu objetivo com este estudo não é condenar a pessoa que gosta de música, nem ao menos esfriar o amor que as pessoas têm por ela, mas os músicos cristãos não devem coloca-la em primeiro lugar de suas vidas. Todos podem amar a música e usá-la para o louvor e a glória de Deus, porém sem tê-la como objeto de adoração. É sugestão muito boa é que os músicos compensem o tempo dado à música, com um tempo de atenção a Deus, seja orando, jejuando, adorando, ...

4 - O Sentimentalismo:

Como já sabemos, a melodia de uma música possui um certo poder de inferência sobre a mente das pessoas. Por esta razão, o sentimentalismo é uma armadilha facilmente encontrada na arte musical. Vejamos:

Quando os músicos se deixam levar pelo lado emocional, o período de louvor da igreja pode ser prejudicado pela falta de flexibilidade dos mesmos. Isto porque o sentimentalismo leva as pessoas a dar preferência apenas às coisas que lhes agradam, seja no ministrar, na escolha dos cânticos, no estilo musical, etc. As pessoas param de consultar a vontade de Deus antes de louva-lo e não olham para o público alvo como um todo. Portanto, aqui estão dois problemas sérios:

1 - O sentimentalismo faz o grupo de louvor agradar a minoria da igreja, sendo que cantam apenas um estilo musical;

2 - Muitas vezes os músicos não pedem a direção de Deus para escolher o estilo musical compatível com determinadas reuniões especiais (evangelismo, louvor e adoração, família, etc)

O sentimentalismo não acompanha somente o grupo musical. Todos sabemos que as pessoas possuem o seu lado emocional e podemos perceber que na arte musical elas demonstram isto com mais facilidade. Observe esta frases que normalmente ouvimos e que pode expressar o sentimentalismo:

-Por favor, vamos cantar a música tal. Ela é tão linda!

Muitas vezes, a pessoa que a profere nem entendeu ou meditou na mensagem que a música traz, mas ela foi tocada pela melodia.

A questão do agradar um irmão também é um problema sério na área musical. O sentimentalismo leva as pessoas a tentarem agradar um irmão através do cântico de sua preferência. Outro dia, alguém me pediu que o grupo de louvor entoasse um cântico porque o pregador daquela noite gostava muito dela. É muito comum isto acontecer na área musical da igreja.

O gosto musical humano não deve de maneira alguma estar a frente de um ministério de louvor. É fácil percebermos que muitos músicos cristãos têm seguido a linha dos cânticos favoritos. É comum ouvirmos:

-Vamos cantar esta música porque a igreja gosta muito dela!

Acredito que Deus deve se questionado até sobre os cânticos a serem ministrados.

O sentimentalismo influencia os grupos de louvor a cantarem apenas as "músicas de sucesso" tocadas nas rádios. Muitas dessas músicas não trazem edificação, mas se tornam sucessos por terem melodias ou por serem interpretadas por cantores evangélicos conhecidos. Por outro lado, há cânticos que têm profundo conteúdo espiritual e trazem mensagens lindíssimas, mas são simples em melodia.

Como já disse anteriormente, Deus deve ser requisitado para conduzir completamente o grupo de louvor. Em outras palavras, o sentimentalismo humano não deve influenciar os músicos a ponto de atrapalhar a vontade de Deus nas situações onde Ele quer agir!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A IDADE E A MUDANÇA

Por: Lya Luft 

 Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo. 
   
  Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi. 
   
  Foi um momento inesquecível...  A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. 
   
  Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?' 
  Onde, não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo. 
   
    Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas. 
   
  Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas, mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se ‘mudança’. 
  De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. 
   
  A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas. 
   
  Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. 
   
  Mudança, o que vem a ser tal coisa? 
   
  Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. 
   
  Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu. 
   
  Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. 
   
  Rejuvenesceu. 
  Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. 
   
  Rejuvenesceu. 
  Toda mudança cobra um alto preço emocional. 
   
  Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. 
   
  Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face. 
  Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. 
   
  Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. 
   
  Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar. 
  Olhe-se no espelho...” 
                                                    
                                          Lya Luft

 FONTE: http://misturao.blogspot.com/2010/09/idade-e-mudanca.html