domingo, 30 de janeiro de 2011

A BATERIA


No início do século XX, as bandas e orquestras tinham duas ou três pessoas responsáveis pela percussão. Geralmente era uma na caixa, outra no bumbo e uma terceira que tocava blocos de madeira ou pratos de metal para amplificar a gama de efeitos sonoros. Para tentar visualizar melhor, basta imaginar o funcionamento de uma “fanfarra” daquelas que tocam no desfile de sete de Setembro. Tem um sujeito com o bumbo marcando o tempo, outro fazendo firulas com a caixa e um que de repente nos brinda com uma bela “pratada” ensurdecedora!!!

Enfim, fato é que alguém inventou uma peça que permitia a mesma pessoa tocar a caixa com as mãos e o bumbo com os pés. Essa peça é o PEDAL. Inicialmente feito de madeira, ele foi aperfeiçoado tempos depois e passou a ser feito de aço para que possibilitasse sua comercialização a um preço acessível.
Para facilitar ainda mais a vida do baterista, surgiu a ESTANTE DA CAIXA, que possibilitou o seu apoio direto ao chão, deixando ainda mais ágil as mãos de seu condutor, que passou a poder se arriscar mais e a criar melhor.
Essa estante deu origem à idéia do SUPORTE DOS PRATOS, permitindo assim que o músico conseguisse acioná-los (os pratos) com auxílio de sua baqueta.
Tudo isso possibilitou que uma pessoa realizasse o serviço de três, o que facilitava a presença da banda ou orquestra nos palcos e teatros que foram se tornando cada vez menores.

A partir daí, o instrumento ficou em constante evolução e a cada dia surgem peças e engenhocas com timbres e funções diferentes que vem complementar a sonoridade deste potente instrumento. Além disso, a técnica de execução desenvolvida pelos músicos também apresentam constante evolução.
Nomes como BILLY COBHAM, CARL PALMER, STEWART COPELAND, ajudaram a difundir o instrumento se utilizando de técnica mais apurada e a frente de seu tempo. No mundo do rock temos um sem número de exímios bateristas, mas podemos colocar o nome de NEIL PEART do RUSH como uma referência em técnica, inovação e precisão durante os anos 70, além do lendário JOHN BONHAM, do Zeppelin, que iniciou suas atividades na banda a partir da segunda metade da década de 60.
Nos anos 60, KEITH MOON (THE WHO) rouba a cena e mostra toda sua versatilidade e agressividade com performances arrasadoras e atléticas. Ele sempre se disse muito influenciado por GENE KRUPA (1909 – 1973), um espetacular baterista de JAZZ, que foi o pioneiro na utilização do pedal de bumbo, sendo o primeiro a fazer gravações com um kit de bateria completo em 1927. Ele também foi professor de PETER CRISS (do KISS).

Outro que marcou época ainda nos anos 60 foi MITCH MITCHELL, que tocava com JIMI HENDRIX. Muito influenciado pelo JAZZ FUSION, ele criou um estilo próprio para acompanhar toda a genialidade de Hendrix e o fez com muita personalidade. Um baterista a frente de seu tempo.
Os anos 80 e 90 nos trouxeram uma infinidade de excelentes músicos, como TOMMY ALDRIDGE e sua técnica de solos “sem baqueta”, COZY POWELL, que começou com o RAINBOW ainda nos anos 70 e veio a participar das maiores bandas a partir de então. Além desses, nomes como LARS ULRICH, NICKO MCBRIAN, entre outros, ajudaram a caracterizar o HEAVY METAL da época, servindo como influencia para importantes músicos que surgiram posteriormente.

Com certeza muitos nomes importantes ficaram de fora e espero que vocês me perdoem por isso (a intenção era falar um pouco do instrumento exemplificando com alguns de seus maiores representantes), mas todos eles merecem nosso respeito e admiração, afinal a bateria é o que dá corpo e pulsação a qualquer estilo musical, além de sugar seu condutor antes, durante e depois do show ........

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