domingo, 22 de outubro de 2017

The LAMB 1974

texto de: AMYR VON BATHEL CANTUSIO JR ALPHA III PROJECT

GENESIS - THE LAMB LIES DOWN ON BROADWAY (Album Duplo 1974).

OBRA MÁXIMA DO ROCK PROGRESSIVO anos 70.


Os problemas da BANDA em seus EGOS de não considerar o maravilhoso trabalho cênico e vocal + letras de PETER GABRIEL foi o motivo para a DISSOLUÇÂO da formação épica, central e mais maravilhosa da banda.


A FOTO abaixo é a última que tiraram JUNTOS.

Poderiam gravar mais um DISCO para a história, mas Peter se foi ...
Segue abaixo um comentario sobre 1974:


Os atritos começaram quando Peter recebeu um telefonema do diretor William Friedkin, responsável pelo filme O Exorcista. Friedkin tinha adorado a história que Peter havia escrito na contra-capa do disco Genesis Live e procurava alguém para escrever um roteiro de ficção científica, mas que não fosse do ramo. Resolveu então convidar Peter Gabriel, que logo aceitou o convite.
Peter perguntou se a banda se incomodava em parar por algum tempo a confecção do novo disco enquanto ele escrevia o roteiro; e a banda disse que sim, que não desejavam parar por nada. "Bem, eu quero fazer o filme, então deixarei o Genesis".

A primeira reação da banda foi "ok, temos bastante material instrumental, vá em frente", mas logo viram que era uma loucura.

Mike disse .... "Eu sempre gostei de trabalhar com Peter e senti que o grupo precisava de toda a energia que tivesse para terminar o projeto. Mas Peter continuava dizendo que se a oferta fosse realmente séria ele deixaria o grupo, o que considerei um absurdo. E ele realmente saiu um tempo para escrever o roteiro, mas não deu muito certo e ele acabou voltando e se comprometeu que acabaria o disco antes de fazer qualquer outra coisa. Porém, aquilo foi um sinal de que ele estava ficando cheio daquela vida."

Peter se sentiu muito contrariado e resolveu voltar para Bath (UK) até porque sua esposa estava grávida e deixou a parte de composição das melodias com o restante da banda. Ele já havia tido um pequeno atrito com Mike Rutherford que queria fazer o disco em cima do livro O Pequeno Príncipe, o que não aconteceu.

Mike: "Quanto mais você pressiona Peter, mais ele fica no canto. Nós o puxávamos para o grupo, ele ficava vago até que ele foi para Bath (UK) e nós ficamos com todo o trabalho por fazer. 
Sabíamos que não iríamos durar muito tempo", conta o baixista.
O convite do cineasta causou uma briga da banda com a gravadora Charisma e pouco-a-pouco o projeto do filme foi ficando mais difícil e Peter aceitou retornar ao trabalho após um telefonema de Michael. 
O vocalista disse que não queria ser pressionado e Michael pediu apenas para que ele adiasse por uns tempos seus projetos pessoais para se dedicar ao novo disco. 
Acordo fechado. 
Phil Collins acha que Peter voltou também porque Friedkin ficou muito assustado ao saber que poderia estar rachando o grupo e pediu desculpas pelo ocorrido.

Com o vocalista de volta, todo o conceito começou a ser montado. 
O disco possui uma longa história introdutória contada por um narrador. 
Rael faria uma viagem ao seu subconsciente e se confrontaria com a morte - caso de "The Supernatural Anaesthetist"; com o amor - "The Lamia" - e Peter povoaria tudo com seu grande conhecimento de mitologia.

Mas as gravações foram tensas e os músicos se revezavam em turnos no estúdio. 
Phil Collins trabalhava de madrugada no Island Studios, em Notting Hill, enquanto o restante trabalhava pela manhã. 
Para piorar, Gabriel ficava revisando as letras várias vezes, atrasando ainda mais o projeto. 
Quando resolveu gravar seus vocais, os demais foram expulsos do local. 
A tensão era tão grande que o guitarrista Steve Hackett acabou machucando um tendão e um nervo do seu dedo ao se cortar com um copo de vinho, o que adiou em três semanas a excursão britânica, sendo jogada para depois da parte norte-americana. 
O disco ainda teve a colaboração de Brian Eno, que fez algumas ambientações.

O disco foi lançado em Novembro de 1974 e no mês seguinte iniciava-se a turnê pelos Estados Unidos.

Peter adotou o personagem Rael, usando em boa parte uma jaqueta de couro e calça jeans, o que era diferente para quem costumava usar máscaras e mais máscaras nos shows em anos anteriores.
Entretanto, ele logo começou a usar criações assustadores no palco e o show logo deixaria os demais integrantes irritados, pois Peter Gabriel parecia ser a grande estrela central e não o Genesis. 
Claramente os demais membros ficavam escondidos ou em segundo plano.

The Lamb Lies Down on Broadway não foi um sucesso comercial, na verdade foi um tremendo fiasco. Alcançou apenas a 41ª posição na parada norte-americana, apesar de ser disco de ouro no Reino Unido em fevereiro de 1975, onde chegou ao 10º posto na parada, apesar de ter deixado talvez o maior clássico do grupo até hoje, "Carpet Crawlers". 
Para se ter uma idéia o disco demorou 16 anos para conquistar o almejado Disco de Ouro, na América, ou seja, 500 mil cópias.

Quando a banda começou a turnê pelo Reino Unido, Gabriel já tinha resolvido deixar o Genesis, mas só anunciou o fato em agosto do mesmo ano, causando choque entre os fãs, embora seus companheiros soubessem que isso ocorreria logo.

O cantor mostrava todo seu abatimento ao sair chorando dos palcos a cada apresentação, misto de tristeza por deixar o Genesis e pelas letras. Sem ele, a história e continuidade do grupo seria outra e Gabriel partiria em carreira-solo fazendo discos excepcionais porém numa outra área musical.

















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