sexta-feira, 28 de outubro de 2016

RAINBOW (banda)

Resenha de Marcio Abbes:

1975. Ainda me lembro do primeiro contato que tive com o primeiro disco do Rainbow. 
Vi a capa com o castelo e o arco-íris e logo tentei descartar a possibilidade do Blackmore realizar um som à altura do Purple. 
Coisa de torcedor (Fã doente) do Purple. 
Nunca tinha escutado falar no nome do Dio. 
Fiquei chapado com a entrada da primeira música, " The Man on the Silver Mountain", que começa com um belo riff de intro! e a voz divina do mago Dio.

Difícil até hoje lembrar da severa crítica do André Forastieri, que estampou como título do seu artigo na época do falecimento do cantor: "Ronnie James Dio, o deus ridículo do rock". ???

Dio é o maior cantor de rock pesado (hard Rock ou Classic Rock) de todos os tempos. Não há como negar isso. 
A sua extensão vocal incorpora a música com uma vibração que nenhum outro vocalista conseguiu atingir. 
Qualidade extraordinária que aparece logo na primeira música. 
Senti que a banda entrou no mercado para ficar. 
Não poderia faltar o matador solo de Blackmore, para que ficasse bem claro que era o dono da nova potência do rock mundial. 
A poderosa "Self Portrait", que só vem confirmar o potencial vocal de Dio e a maravilhosa levada que iria perpetuar pelos outros discos posteriores da banda.
Detalhe: Dio trouxe praticante todos os musicos do ELF que assim toparam o desafio de encarar o temperamento intempestivo de Mr. Blackmore. E tudo deu certo!

Mas na época, (fazendo um paralelo) tive a mesma sensação de raiva e fascinação quando o álbum "Burn" foi lançado. 
Será que o Purple iria conseguir lançar algo de bom com a nova formação? 

A pergunta já era outra: será que Blackmore será capaz de formar uma banda tão especial como o Purple? 

A resposta era sim! 

Estava entusiasmado com a pegada da versão de "Black Sheep of the Family", do Quatermass, mas a confirmação categórica da minha pergunta veio com a entrada de "Catch the Rainbow". 
O vocal de Dio quase num lindo lamento emocionante, bem amparado por um teclado de forma alucinante meio à penumbra, e a entrada gloriosa de um solo melódico simplesmente vindo lá do céu e os backings vocals de shoshanna uma japoneizinha desconhecida das GIGs de studio!

Dio volta a cantar com o coração e trazer de volta as notas sublimes da guitarra do Blackmore. 

Música perfeita e que coloca a banda como algo importante que estava chegando no mundo do rock. 

Depois de outro ótimo rock, "Snake Charmer", começa a desenrolar a magnífica "Temple of the King", nada mais poderia tirar o título de Deus do Rock do mestre Dio. 
Acho que ele divide o olimpo do rock com ian Gillan.

O disco ainda traz o belo e balançante rock "If You Don't Like Rock 'n' Roll", a bem marcada "Sixteenth Century Greensleeves" e o solo avassalador de Blackmore e fecha com a ótima versão de "Still I'm Sad", dos Yardbirds, onde abre uma onda para o Blackmore surfar com um solo maravilhoso da sua inigualável sonoridade de guitarra. 
Nada melhor para terminar a primeira grande pérola do Rainbow e demonstrar que a banda veio para ficar e ganhar. 

Disco de cabeceira!

  • Ronnie James Dio - vocal (1975-1978)
  • Craig Gruber - baixo (1975)
  • Mickey Lee Soule - teclado (1975)
  • Gary Driscoll - bateria (1975)



FOTOSSSSSSSSS











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