sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal e a História de Maria

 





















A PlayArte apresenta uma importante mensagem de fé e esperança como a Bíblia nos ensina e traz para os cinemas de todo o Brasil, uma importante produção que é uma verdadeira lição de vida para toda a família, contando a história do verdadeiro motivo do Natal: o Nascimento de Jesus." Jesus - A História do Nascimento relata a jornada do jovem casal Maria e José, e a história que definiu o nascimento de Jesus.

Numa dramática e perigosa viagem da cidade de Nazareth a Belém, cidade natal de José, por ordem do censo, realizado pelo Rei Herodes. Numa travessia de mais de 200 km, por um terreno árido, agravado pelo fato de Maria estar grávida de 9 meses. Acompanhe a jovem Maria, camponesa residente na pequena cidade de Nazaré, receber a anunciação pelo Anjo Gabriel, de que Deus a escolheu para carregar em seu ventre, seu filho, o Messias. Casada com o jovem e justo carpinteiro José e cumpridora dos votos do matrimônio, Maria, seguindo o conselho do Anjo, viaja para a residência de seus parentes Zacarias e Isabel, afim de se proteger dos guardas de Herodes e aguardar o avanço da gravidez. 

Ao regressar a Nazaré, já em adiantando estado de gestação, Maria recebe o repúdio de sua família e de seu marido diante de seu inesperado estado. Após um sonho com o Anjo Gabriel, José passa a aceitar a condição de sua esposa. Enquanto os 3 reis magos procuram nos céus e nas profecias, a estrela que indicará o local do nascimento do Messias, o rei Herodes vasculha seu império a procura do mesmo. 

Levados por força do cumprimento do censo, a viajar para Belém, o jovem casal atravessará perigos para chegar ao desfecho dessa jornada, onde aquele, considerado o rei dos reis, nascerá, e, uma manjedoura, na noite que será eternamente conhecida como Natal. Estrelado pela atriz indicada ao Oscar° Keisha Castle-Huges ("Encantadora de Baleias") como Maria, Oscar Isaac como José, Shohreh Aghdashloo ("X-Men 3:Confronto Final", "A Casa do Lago") como Isabel, Alexander Siddig ("Syriana") como o Anjo Gabriel e Ciarán Hinds ("Miami Vice", 'Munique") como o Rei Herodes. Da profecia nas estrelas a natividade no presépio, com roteiro fielmente inspirado nos textos bíblicos de Lucas e com a direção da competente Catherine Hardwicke (Aos Treze, Os Reis de Dogtown), Jesus - A História do Nascimento, é uma superprodução, com locações na Itália e no deserto do Marrocos, que irá emocionar e lembrar a todos, a verdadeira história do primeiro Natal.

Jesus – A História do Nascimento.


Mesmo não conseguindo desenvolver algo tão novo ou diferente na parte técnica, "Jesus – A História do Nascimento" consegue transformar seus personagens bíblicos em muito mais humanos, caindo um pouco o véu místico, o que faz desta produção mais interessante e bem construída.

O filme, como o nome diz, conta a história do nascimento de Jesus, sem se focar completamente a partir do chamado do anjo à Maria ou mesmo até depois desse momento. O interessante é que o filme mostra muito antes desses momentos citados acima, como, por exemplo, Maria e suas brincadeiras com seus amigos da sua idade (vale lembrar que Maria tinha apenas 15, 16 anos na época em que engravidou de Jesus), mostra também os seus pais, o casamento arranjado pelo pai com José, todos esses pequenos detalhes da história que nem todos conhecemos. Não se engane se você acha que o filme vai mostrar Jesus como foco principal, porque nesse filme ele não é a peça chave, mas sim a história de Maria.

Catherine Hardwicke, excelente diretora de "Aos 13" e "Os Reis de Dogtown", não chega a surpreender com inovações na parte técnica, mas consegue mostrar o seu cuidado e preocupação com a história desde o começo da escalação do elenco. Diferente de outras produções, ela, sim, segue a risca inclusive, quando faz referência à aparência dos personagens, que erroneamente são colocados atores e atrizes com aspecto europeus em outros filmes. Esse mero detalhe da aparência só é assim conhecido por nós porque a Igreja Católica tem sua base fundamental (o Vaticano) na Europa, então, obviamente o espelho refletido na imagem seria de pessoas com traços europeus. Quem conhece a teologia de perto sabe que pessoas com tais traços são impossíveis na terra onde a história bíblica realmente acontece. 
E é nisso em que Hardwicke ganha méritos e de sobra. Outro ponto à parte é a idade de Maria, que ela segue a risca e coloca para o papel a excelente Keisha Castle-Hughes ("Encantadora de Baleias"), que consegue passar o ar de ingenuidade no olhar e a fé cega de Maria. Também há a atenção entre a diferença de idade de Maria e José, este muito mais velho do que Maria.

O roteiro de Mike Rich, que começou a escrever a história exatamente no dia 1° de dezembro de 2005, consegue trabalhar com as nuances e recriar a história, permeando momentos desconhecidos e ficção (claro, não há como fazer um filme todo embasado no que está escrito sem que ele se torne uma adaptação fraca), com passagens da Bíblia mais do que conhecidas. 
E todas elas estão costuradas e aparecem no momento certo. O trabalho de Rich aqui era de conseguir colocar as informações em ordem e reescrever a história de forma mais real possível, onde junto com Hardwicke conseguiu tirar um pouco do véu mítico das personagens, sem afetar realmente a divindade de cada uma.

Na trilha sonora, Mychael Dana conseguiu se superar na composição, que acaba aparecendo nos momentos certos e que consegue, por fim, emocionar o público. Seus recentes trabalhos como em "Capote" não foram tão grandiosos como o trabalho feito neste projeto.

No elenco, Keisha Castle-Hughes está perfeita no papel de Maria. Ela consegue passar apenas pelo olhar e pela expressão do rosto uma idéia de uma garota que, mesmo que não entenda o que esteja acontecendo, se permite levar por sua fé na crença do que ela ouve muito falar de um salvador que irá livrar seu povo do sofrimento que está passando. O resto do elenco não consegue ter atuações tão extraordinárias, mas consegue se sair bem em seus papéis, conseguindo acertar na medida certa a dosagem das emoções.

No resultado final, "Jesus – A História do Nascimento" talvez não chame tanto a atenção como o seu predecessor "A Paixão de Cristo" (até porque se tratam de histórias diferentes), mas não deixa de ser uma bela história, e mesmo que não tenha muitos momentos que a transforme uma super-produção não deixa de ser uma belíssima história que deveria ser acompanhada pelo público.

FONTE:  
por : Leonardo Heffer

IMAGENS


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